As respostas da União Europeia à crise económica da zona do Euro não resolveram nenhuma das contradições que lhe estão subjacentes, antes as agravaram. Mantêm-se e aprofundam-se as dinâmicas de tensão e de confronto inerentes à imposição de uma moeda única a situações assimétricas.
Os Estados da periferia da Zona Euro, privados de instrumentos soberanos de política económica e monetária, encontram-se desprotegidos para lidar com os variados factores de risco e instabilidade económica e financeira e são sujeitos a constrangimentos e limitações inaceitáveis.
O Euro e a UEM não são um mero problema económico e técnico. São um projecto político que choca com direitos fundamentais dos povos, incompatível com o desenvolvimento económico e social, com a defesa dos direitos dos trabalhadores dos povos, com a criação de emprego e com a afirmação da soberania e a democracia.
A questão da libertação da submissão ao Euro adquire uma importância central, a par com a renegociação da dívida e o controlo público da banca - questões centrais para a afirmação de uma alternativa patriótica e de esquerda e para a construção de uma outra Europa.