Esta Resolução tem vários aspectos positivos, designadamente quando insiste nos objectivos da política de coesão, que visa reduzir as disparidades entre os níveis de desenvolvimento das regiões europeias e mobilizar o potencial de crescimento para atingir a coesão económica, social e territorial.
Esta é uma área que facilita a procura da modernização e do crescimento sustentável e demonstra alguma solidariedade. Por isso, era importante que fosse reforçada. É fundamental ter em conta a dimensão regional na proposta de revisão do orçamento da UE e no futuro quadro financeiro, sem o que é difícil a realização da coesão social, económica e territorial.
A política de coesão deve ser adaptada às regiões ultraperiféricas referidas no artigo 349 do TFUE, através da adopção de medidas específicas. A Comissão deve propor medidas de forma permanente e com financiamento adequado, capaz de se adaptar às necessidades de cada região ultraperiférica, ajudando-as a enfrentar os constrangimentos permanentes.
Também as regiões fronteiriças, as regiões com características geográficas específicas e as outras regiões que enfrentam desafios específicos de desenvolvimento devem continuar a beneficiar de disposições específicas. Mas não queremos que a política de coesão esteja subordinado às prioridades da estratégia UE 2020 que coloca a ênfase na "competitividade", na "desregulamentação", "adaptabilidade" e "empreendedorismo", sempre em detrimento da coesão e da convergência.