Na intervenção proferida em sessão plenária apontámos as razões pelas
quais discordamos de conteúdos substanciais que integram a resolução
comum sobre Timor-Leste hoje adoptada - não os repetiremos.

Apenas reafirmamos que, depois de uma luta heróica do seu povo,
Timor-Leste é um Estado internacionalmente reconhecido, membro das
Nações Unidas, tendo inclusive sido apontado pela ONU como um exemplo
de sucesso de instauração de um Estado soberano, independente e
democrático.

Que caberá às forças políticas e às entidades timorenses continuar a
encetar esforços com vista a encontrar as soluções para ultrapassar e
resolver a actual situação.

Que as potências regionais - nomeadamente a Austrália -, se devem
abster de ingerências nos assuntos internos de Timor-Leste,
contribuindo assim para a estabilidade política consentânea com os
interesses do povo timorense e o pleno respeito da independência e
soberania deste país.

E que, neste sentido, as forças militares estrangeiras presentes em
Timor-Leste devem actuar no estrito respeito dos órgãos de soberania e
instituições de Timor-Leste, do quadro constitucional e legal do país e
das normas do direito internacional.