A sucessão de acontecimentos que têm vindo a público nos últimos dias, constituem motivo de preocupação e exigem esclarecimentos do Governo. Revelam também a ausência de intervenção do Governo para resolver os problemas com que o INEM se confronta.
Há muito que o INEM não dispõe dos meios adequados para assegurar a emergência pré-hospitalar e o socorro às populações. Esta situação é o resultado das opções da política de direita, de sucessivos Governos, de desinvestimento na área da saúde.
Faltam técnicos de emergência pré-hospitalar, enfermeiros, médicos. É preciso reforçar o número de trabalhadores, tal como é necessário reforçar os meios. Quanto aos meios aéreos, todos os problemas que são do conhecimento público, sobre os helicópteros, poderiam ter sido evitados, se o Estado dispusesse dos seus próprios meios.
A desvalorização das carreiras e dos salários, os elevados ritmos de trabalho, têm gerado um enorme descontentamento junto dos técnicos de emergência pré-hospitalar. Não se tem conseguido fixar técnicos de emergência pré-hospitalar no INEM e muitos têm saído antecipadamente.
Reforçar os meios do INEM, valorizar as carreiras e os salários dos seus trabalhadores, é essencial para assegurar a emergência pré-hospitalar às populações. O Governo não se pode demitir das suas responsabilidades. Tem de intervir e de tomar as medidas para garantir as condições de trabalho e de resposta do INEM às necessidades das populações.
Neste sentido, o Grupo Parlamentar do PCP requer a audição, com carácter urgente, da Ministra da Saúde na Comissão de Saúde, para prestar esclarecimentos sobre as diligências que o Governo pretende tomar para garantir os meios do INEM e o socorro das populações.