Proposta de alteração

Reposição do tempo de trabalho para progressão na carreira dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos

Reposição do tempo de trabalho para progressão na carreira dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos

Proposta de Aditamento

TÍTULO III

Disposições relativas a entidades do setor público empresarial e entidades reclassificadas Capítulo I Disposições sobre empresas públicas Artigo 30.º-A [NOVO] Reposição do tempo de trabalho para progressão na carreira dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos Durante o ano de 2026 o Governo, através do Ministério das Finanças, determina a adoção das medidas necessárias à contagem de todo o tempo de serviço relativo aos anos de 2013 a 2016 dos trabalhadores das empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos para efeitos de progressão na carreira e da correspondente valorização remuneratória, em termos a negociar com os sindicatos e organizações representativas dos trabalhadores.

Assembleia da República, 5 de novembro de 2025 Paulo Raimundo; Paula Santos; Alfredo Maia682C


Nota justificativa:

Os trabalhadores das empresas do Grupo CGD viram o seu tempo de serviço relativo aos anos de 2013 a 2016 serem ignorados para efeitos de progressão na carreira, apesar do que ficou inscrito no Orçamento do Estado para 2017 e apesar da Assembleia da República já se ter pronunciado sobre esta injustiça.

Os Governos do PSD/CDS e do PS recusaram sempre a assumir o papel de acionista único da Caixa Geral de Depósitos, recusando sempre intervir, dando orientações às Administrações por si nomeadas, no sentido de procurar ouvir e valorizar os trabalhadores das empresas do Grupo Caixa.

Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos são os prestadores de um importantíssimo serviço público e têm sido confrontados com um conjunto de decisões da Administração da Caixa, com a cumplicidade dos sucessivos governos, que visam destruir o carácter público e universal do serviço bancário. O encerramento de balcões e agências, a insistência em comportar-se no mercado bancário como um banco privado, isolando populações, excluindo clientes e desrespeitando os seus próprios trabalhadores, são exemplos de uma gestão do banco público que precisa de ser corrigida.

A Caixa Geral de Depósitos, sendo o maior banco de Portugal, pode e deve ter uma função de regulador do mercado bancário, seja pela justa remuneração dos depósitos, seja pelo acesso de toda a população a todos os serviços da CDG em todo o território, seja pelas condições específicas dos serviços que presta (juros, spreads, etc), tem obrigação de ser um bom exemplo e não apenas mais um banco que se norteia pela acumulação de lucro.

Assim, o PCP apresenta esta proposta para que, no respeito pela negociação e contratação coletiva, se possa inverter o rumo de desvalorização pelos direitos dos trabalhadores da CGD.

  • Assembleia da República