Embora tenha havido alguns progressos nas negociações com o
Conselho, há ainda aspectos que importa clarificar, pormenorizar e
reforçar. É o caso da prioridade "Alterações globais e ecossistemas",
tendo em conta que o sector das pescas sofreu um corte orçamental muito
forte no sexto programa-quadro de investigação, tendo passado de 880
milhões de euros no anterior programa para somente 570 milhões.
Mas
é igualmente importante dar toda a atenção aos solos, também componente
dos ecossistemas terrestres e suporte do seu desenvolvimento
sustentável. O solo é igualmente o maior reservatório planetário de
biomassa, e, como tal, a sua protecção é importante para a retenção do
CO2 e mesmo para o seu sequestro duradouro. Daí a importância de
apostar na investigação visando um melhor conhecimento do funcionamento
dos ecossistemas terrestres e marinhos.
Por outro lado, nota-se
que há pressões poderosas das indústrias químico-farmacêuticas e que
estas áreas procuram reforçar as suas influências no programa, o que
pode desequilibrar a versão final.