É importante que o Parlamento tenha expresso a sua inquietação relativamente à violência contra as mulheres, fenómeno que afecta mulheres de qualquer idade, independentemente da educação, estrato e origem social, embora haja certas formas de violência que estão profundamente ligadas à pobreza e exclusão social.
Apoiamos a recomendação aos Estados-Membros que adoptem uma atitude de "tolerância zero" em relação a todas as formas de violência contra as mulheres defendendo métodos eficazes de prevenção e repressão, incluindo medidas para aumentar a consciencialização e combater este problema.
Não se pode esquecer que a violência dos homens contra as mulheres é um fenómeno associado à desigualdade na distribuição do poder entre os géneros, sendo também uma das razões por que este tipo de crime não tem sido suficientemente denunciado e condenado.
Congratulo-me com a aprovação, mesmo que parcial, de algumas propostas que apresentámos, designadamente do reconhecimento de que a pobreza e a marginalização são causas fundamentais do aumento do tráfico de mulheres e da prostituição e que a prostituição não se equipara a um trabalho.
Lamento, no entanto, a não aprovação, da proposta que visava a criação dos meios necessários para desenvolver programas efectivos de inserção das mulheres que se prostituem visando a progressiva diminuição e final desaparecimento da prostituição.