Este relatório confirma várias críticas que temos feito, designadamente:
- o falhanço do projecto europeu na convergência para padrões mais elevados na educação bem como do próprio sistema educativo em diversos países;
- a crise da actividade produtiva do actual do actual tecido económico e social que se reflecte no emprego e se repercute em pressões insensatas sobre o desempenho no sistema de ensino.
Preconiza algumas medidas positivas, designadamente, " assegurar um aumento de 15 % no número de diplomados dos sectores científicos até ao ano de 2010", o que importa ter em conta em Portugal.
Igualmente, insiste na necessidade de os Estados-Membros "aumentarem o número de docentes e criarem uma formação de docentes inicial e contínua, de qualidade", o que é positivo.
Também assinala o estrangulamento financeiro sentido na maioria dos países, o que é importante, sobretudo tendo em conta a situação em Portugal.
Insiste na necessidade de a UE " garantir modalidades cabais de financiamento do novo programa integrado de acção nos domínios da educação e da formação ao longo da vida" e salienta a necessidade de assegurar que o Fundo Social Europeu continue disponível, após 2006, em todos os Estados-Membros.
No entanto, preconiza a via neoliberal, prevista na Estratégia de Lisboa, com todas as consequências negativas já conhecidas, designadamente na educação e formação profissional.
Daí a nossa abstenção.