O PCP tinha razão quando advertiu para os efeitos negativos do desmantelamento das Direcções Regionais de Agricultura e Pescas e respetivos núcleos de atendimento.
Por todo o país, há um clamor de protesto contra o inaceitável recuo nos já débeis serviços de extensão rural e a drástica redução da capacidade de acompanhamento até de projectos financiados.
O PCP apresentou uma iniciativa com o objectivo de impulsionar a correcção urgente da situação gerada com o desmantelamento daqueles e de outros serviços e a sua transferência para as comissões de coordenação e de desenvolvimento regional que, em péssima hora, o governo do PS decidiu fazer.
Seria expectável que o PSD cumprisse a promessa eleitoral de reverter uma decisão que prejudica claramente os agricultores, sobretudo a pequena e média agricultura e a agricultura familiar.
Mas o PSD manteve, nesta discussão, uma flagrante atitude de fuga às suas responsabilidades, estribada – mas mal! – na expectativa de que o Governo conclua a famigerada “reponderação” deste assunto.
Talvez a razão se encontre no facto de serem essencialmente os pequenos e médios agricultores quem recorre aos Balcões das DRAP, porque o grande agronegócio avia-se directamente, a partir dos gabinetes de consultadoria.
A partir de hoje, os agricultores e os homens da pesca continuam a contar com o PCP a seu lado, sabendo que o PS e o PSD – e também o CDS – lhes negam instrumentos essenciais de acompanhamento e aconselhamento e permanecem distantes dos seus problemas.
O mesmo se diga aliás em relação aos baldios, cujos problemas a Direita não quer resolver.
Disse.