Há mais de 20 anos que se repete a mesma encenação neste Parlamento Europeu.
São mais de duas décadas de ingerência, destabilização e guerra económica contra a Venezuela, sempre acompanhados de entusiasmos democráticos, entre aspas, dissimulados e efêmeros.
São muitos os que apregoam a democracia, mas foram responsáveis, cúmplices ou coniventes com as várias tentativas de golpe de Estado, de descredibilização de processos eleitorais por parte da extrema-direita fascista, de imposição de um cruel bloqueio económico e financeiro contra a Venezuela.
A concepção de democracia que aqui é defendida para a Venezuela teve uma expressão directa no ataque ao consulado venezuelano em Lisboa nos últimos dias.
O povo venezuelano não precisa de lições sobre o que deve fazer.
Precisa de respeito pelas suas decisões soberanas e do fim da ingerência externa e das agressões de que tem sido vítima.
Precisa do fim do bloqueio e das sanções que têm imposto, a partir de fora, a degradação das condições de vida.
É do lado do respeito pelo povo venezuelano que devem estar os democratas e é desse lado que continuaremos a estar.