Expressando a sua preocupação com o agravamento da situação no Médio Oriente, o PCP condena veementemente a escalada de guerra promovida por Israel, nomeadamente com a nova agressão contra o Líbano, que confirma a intenção de Israel de alargar o conflito a toda a região.
Um ano de genocídio contra o povo palestiniano e de sucessivas provocações e ataques a vários países demonstram que o governo sionista de Israel não está interessado na paz no Médio Oriente.
A responsabilidade principal pela grave e perigosa situação no Médio Oriente é de Israel, inseparável da impunidade e do apoio militar e político que os Estados Unidos da América e as potências da NATO e da União Europeia lhe continuam a garantir, não obstante a sua criminosa política e reiterada rejeição dos apelos para um cessar-fogo imediato e permanente.
Ao alargar a guerra ao Líbano e à Síria, ao intensificar os ataques contra o Iémen e ao provocar o confronto com o Irão, Israel conta com a protecção e um envolvimento ainda mais directo dos EUA e com a cumplicidade das restantes potências imperialistas, numa tentativa de impor a ocupação de toda a Palestina e o seu domínio na região.
Os mais recentes desenvolvimentos são ainda inseparáveis da política israelita de assassinatos de dirigentes políticos, através da qual procura dificultar e inviabilizar a solução política para um conflito, que tem na Palestina a sua questão central.
Israel age em directo e explícito confronto com os princípios da Carta das Nações Unidas e o direito internacional, como mais uma vez é demonstrado na forma como encara a Organização das Nações Unidas, incluindo o seu Secretário-Geral.
São urgentes medidas que forcem Israel a abandonar a sua política de escalada de morte e agressão, a aceitar um cessar-fogo imediato e permanente nos territórios palestinianos e no Líbano e a pôr fim às suas acções agressivas contra países da região.
O PCP reafirma a sua solidariedade com os povos do Médio Oriente, nomeadamente com os povos palestiniano, sírio e libanês, e a sua resistência perante os ataques e crimes israelitas. Reafirma que uma paz justa e duradoura no Médio Oriente exige o fim da agressão, da ocupação, dos crimes contra o povo palestiniano e o reconhecimento dos seus direitos nacionais, designadamente do direito ao Estado da Palestina, nas fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém, de acordo com as relevantes resoluções da ONU.
A solidariedade com o povo palestiniano, o povo libanês, com os povos do Médio Oriente, ganha redobrado significado como contributo para travar a escalada de confrontação e guerra promovida pelo imperialismo, que ameaça envolver a Humanidade numa tragédia de grandes proporções.
O PCP apela à participação na Jornada Nacional de solidariedade com o povo palestiniano e pela paz no Médio Oriente, que tem lugar de 2 a 12 de Outubro em múltiplas localidades do País, e a que se associaram dezenas de organizações.