Intervenção de Bruno Dias na Assembleia de República

O País precisa de um operador público rodoviário para acabar com o abandono do interior

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Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados,
Senhores membros do Governo,
Senhora Ministra da Coesão Territorial,

A toque de caixa de Bruxelas, lá caíram do PRR abaixo as diversas estradas nacionais e ICs que tanta falta fazem às populações. Já sabemos que irá falar da Resolução do Conselho de Ministros deste mês [RCM 46-A/2021] – para cinco estradas…

Mas há um vasto conjunto de investimentos na Rede Rodoviária Nacional que estão há muitos anos a ser adiados, e sobre os quais o Governo nada diz.

E a questão que se coloca não é de intervenções pontuais em pequenas extensões. Coloca-se o problema da conclusão integral de eixos estruturantes do território. O IC8 entre Pombal e Ansião. O IP2 ou o IP8 no Alentejo – em toda a sua extensão! Ou a EN 225 (Castro Daire / Arouca / Vila Nova de Paiva). Ou o a ligação do IC9 à A1.

E de resto a coesão territorial também passa por investimentos para promover o desenvolvimento dos sectores produtivos. Veja-se o caso da variante à EN 378 ao Porto de Sesimbra, que marca passo há quase duas décadas!

Que resposta tem o Governo para as populações que há tanto tempo reclamam estes investimentos?

E em matérias de transportes públicos, que resposta tem o Governo para a situação inaceitável e cada vez pior que se vive, incluindo no serviço expresso – também fruto do Governo nessa matéria?

O país precisa mesmo de um operador público rodoviário nacional para acabar de vez neste sector com este abandono das populações do interior!

Mesmo a terminar, Sra. Ministra, voltamos mais uma vez à questão da NUT 3 Península de Setúbal. Qual é a dificuldade, Senhora Ministra?! Porque é que passamos tanto tempo sem nada de concreto do Governo nesta questão?

Quer para repor a NUT 3 que o PSD no Governo eliminou, quer para promover o acesso de forma justa desta região aos fundos estruturais e ao investimento público, que medidas concretas estão a ser tomadas? E vai acabar ou não com a chantagem da saída da AML?

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