Intervenção de Kaôe Rodrigues, Secretariado e do Executivo da Direcção da Organização Regional de Coimbra, XXII Congresso do PCP

A Organização Regional de Coimbra

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Começo com uma merecida homenagem: No ano de 2025 a DORC assinalará o centenário do nascimento um ilustre filho de Coimbra - Carlos Paredes  - Músico virtuoso, artista, humanista, resistente antifascista e militante comunista que se centrou na luta em defesa de uma cultura e de um país com direitos e futuro.

Camaradas

Entre congressos realizou-se a X Assembleia da Organização Regional de Coimbra do PCP que espelhou a diversidade de intervenção do PCP no distrito. As dificuldades dos pescadores, em que a ausência de medidas de apoio à pequena pesca e a perigosidade da barra da Figueira da Foz, foram expostas na primeira pessoa, por quem tem marcada na pele as agruras da vida do mar. Os problemas dos investigadores científicos ditos por quem já comprovou que é mais fácil ter o nome atribuído a um astro que ter um contrato efectivo de trabalho. A persistência da intervenção sindical na indústria farmacêutica ou no grande comércio, na voz de quem já experimentou a perseguição e as tentativas de condicionamento. A luta contra o divisionismo sindical, denunciada por quem enfrenta pseudo-organizações dos trabalhadores.  A luta dos trabalhadores da cultura trazida por quem recusa a inevitabilidade da intermitência ou na limitação da cultura a alguns.

Entre congressos realizaram-se ainda 11 Assembleias de Organizações Concelhias, 2 de sectores profissionais, e 8 de organizações de Freguesia. Recrutámos desde o XXI Congresso 109 novos camaradas e responsabilizámos por tarefas concretas 120 quadros entre 2023 e 2024. Num contexto difícil tentou-se assim responder a insuficiências orgânicas de estruturação da organização. Esforço que importa aprofundar.

nto da acção dos 5 mil contactos, foram criadas células e foram  responsabilizados camaradas por estas organizações de base. No distrito criaram-se 5 novas células, adicionadas às 7 que já existiam, e identificaram-se 7 possibilidades de novas células.

Foram editados boletins da célula do conservatório e da célula da Universidade de Coimbra. Foram editados folhetos sobre os problemas gerais ou mais específicos com que os trabalhadores se confrontam empresas como a Ansell, Dancake, a Aquinos, a Cimpor, a Cofisa, a Acorfato, entre outras. Valorizando a luta organizada em várias destas empresas e os avanços logrados, em todo o lado expressaram o caminho alternativo às políticas de baixos salários, de empobrecimento e precariedade, afirmando a necessidade de aumentos salariais, do controlo e fixação de preços, contrariando o aumento do custo de vida.

Uniram-se vontades para recuperar o centro de trabalho do Partido em Vila Nova de Poiares e da Figueira da Foz. Inaugurou-se o “Espaço 25”, no CT de Coimbra que, desde a sua inauguração, em Junho de 2022, e fruto de um empenhado grupo de trabalho que tem vindo a garantir a programação e manutenção do espaço, assim como a construção e divulgação deste conjunto muito diversificado de iniciativas políticas e culturais.

Num distrito muito heterogéneo o Partido tem intervenção desde a Pampilhosa da Serra, concelho com uma baixa densidade populacional, assim como intervenção em Santo António dos Olivais, a freguesia mais populosa do distrito. As propostas do Partido refletem-se na candidatura de Conímbriga a património da humanidade, que agregou vontades e se transformou em movimento, até à exigência de conclusão da obra hidroagrícola do Baixo Mondego passando pela imediata reparação das comportas do rio Pranto, com compensações aos produtores pelos prejuízos havidos. Da defesa da propriedade comunitária dos baldios, à exigência de meios para as áreas protegidas e matas nacionais. Da luta das populações de Soure e da Figueira contra a exploração de Caulinos à denúncia da célula dos HUC dos salários de miséria e das condições de trabalho extenuantes, à importância da luta unitária contra o aumento do custo de vida e pelo direito à habitação, ao movimento de utentes.  Do trabalho de reforço das organizações de massas, aos passos que ainda são necessários dar no conhecimento e intervenção no movimento associativo popular. Da presença no dia a dia de muitos dos trabalhadores, identificando elementos que visam atrasar ou impedir a tomada de consciência e a luta organizada dos trabalhadores e das suas organizações de classe, à intervenção que alerta que a missão do Partido é procurar unir os trabalhadores e o povo, professem ou não uma religião, trazendo-os para a luta por uma democracia e uma sociedade mais avançadas, para a luta pelo socialismo.

Viva o XXII Congresso do PCP
Viva a JCP
Viva o PCP

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