Ao mesmo tempo que patrocinam guerras em outros continentes, os países europeus tornam mais restritivas suas regras para concessão de refúgio. Como cortina de fumo, os líderes da UE promovem operações destinadas a desviar as atenções para os traficantes de pessoas que são majoritariamente africanos e tomar as devidas providências para que a travessia não seja feita, em nenhuma circunstância. O governo italiano proibiu os barcos de pescadores da Sicília de prestar ajuda a qualquer tipo de embarcação em situação de risco, sob risco de serem acusados de “cumplicidade com a imigração ilegal”.
Depois desta catástrofe humanitária, os chefes de Estado e governo da UE preparam-se para uma eventual acção militar no Mediterrâneo. Caso as Nações Unidas e os governos rivais na Líbia estejam de acordo, a UE começaria já em junho com a formação de uma flotilha com o fim de afundar os barcos dos contrabandistas em águas nacionais líbias, ou localizá-los já em terra e destruí-los.
Pergunto à Comissão Europeia se avaliou o impacto desta medida ao nível dos milhões de refugiados que continuam a fugir da guerra que não dá sinais de abrandar e que permitirr prever inclusivamente um aumento deste fluxo.