Senhor Comissário Tzitzicostas,
Nós devíamos estar a fazer, de facto, esta discussão a propósito das redes de transportes não em função da guerra e das questões da segurança, mas do contributo que as redes de transportes têm que dar para a coesão territorial, económica e social dentro do espaço da União Europeia, para garantir a mobilidade das populações, o apoio à atividade económica.
Que apoio deve a União Europeia dar a políticas nacionais de investimento em infraestruturas de transportes que permitam corrigir essas assimetrias?
Que apoio deve dar ao investimento na mobilidade das populações e ao apoio à atividade económica a partir do investimento que tem de ser feito nas redes nacionais, para estruturar no plano nacional o transporte ferroviário, o transporte marítimo e fluvial, articulando a oferta de transporte público com as infraestruturas existentes?
Que apoio deve dar a União Europeia, por exemplo, a países como Portugal, em que é preciso esse investimento para não ficarmos a ver apenas passar os comboios nas delegações transeuropeias, sem que eles sirvam as populações, o desenvolvimento nacional e a coesão regional que precisamos que eles assegurem?
E é preciso, já agora, que a União Europeia abandone as opções de liberalização, como foi o caso da implementação do agente único em Portugal.
