Senhor Deputado Bruno Gonçalves,
Este plano de acção para preços de energia acessíveis anuncia a intenção de desacoplar o preço da energia do preço do gás, como, de resto, referiu na sua intervenção, mas faz esse anúncio de forma muito tímida e não introduz nenhuma alteração de fundo ao mecanismo de formação de preços.
E, portanto, o que isso significa é que a energia produzida a partir de fontes renováveis — e mais barata — continua a ser paga aos preços, mais altos e voláteis, do gás.
E a pergunta que lhe faço, por isso, é se é possível, nestas condições, esperar mesmo que os preços da energia baixem para as famílias e para as empresas ou se, pelo contrário, vão continuar elevados, a alimentar os lucros dos grupos económicos do sector energético.