Senhor Presidente,
Esta discussão sobre o Semestre Europeu demonstra que as necessidades dos povos estão em segundo lugar face à opção por uma economia de guerra e ao desvio de fundos para os lucros e para a acumulação de capital.
Sobretudo num momento de estagnação económica, as prioridades na discussão de políticas económicas, sociais e orçamentais deviam ser as do reforço dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, do aumento de salários e de pensões, de investimento na habitação, de recuperação do controlo público de setores estratégicos da economia.
O investimento público poderia servir o desenvolvimento económico e social, mas essa, infelizmente, não é a opção que aqui é feita.
O Semestre Europeu e as recomendações específicas por país continuam centrados na liberalização e privatização de setores económicos, na liquidação de direitos laborais, na contenção e redução salarial, na diminuição da despesa com a proteção social, com apoios sociais, com a saúde e a educação.
Para o militarismo, o aumento das despesas militares e a corrida aos armamentos, estende-se a passadeira vermelha com o anúncio do programa Rearmar a Europa, deixando para trás, infelizmente, essas importantes prioridades sociais.