A Declaração de Pequim e a Plataforma de Ação apontaram há 30 anos uma perspectiva que deveria ter sido de avanço no caminho de concretização dos direitos das mulheres em todas as dimensões da vida em que esses direitos se expressam e se fazem sentir.
A 69ª sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Estatuto das Mulheres é uma oportunidade não apenas para avaliar o ponto de situação, mas para discutir soluções que permitam o avanço nesse caminho que até hoje ainda não foi absolutamente concretizado.
É preciso avançar nesse caminho de eliminação das desigualdades que atingem as mulheres.
A luta das mulheres pela igualdade não se desenlaça da luta contra a exploração económica e social.
E é preciso garantir condições para que as mulheres vejam na prática, no trabalho, na vida, em todas as suas dimensões garantidos o direito à habitação, ao trabalho, a uma vida sem violência, o direito ao acesso à saúde, à educação, à protecção social e para que esses direitos sejam verdadeiramente uma realidade nas suas vidas, é preciso mudar de políticas.
É lamentável que ouçamos aqui intervenções da extrema direita contrariando a luta de séculos que as mulheres têm feito pela sua igualdade.
E daremos combate também a essas concepções.