Começo por saudar a Sra. Provedora Europeia e o relatório que nos apresentou sobre o trabalho realizado em 2023, que é um belíssimo retrato daquilo que é a realidade hoje na União Europeia, daqueles a quem se permite que tudo façam e àqueles que são duramente prejudicados pela União Europeia e pelas suas políticas.
E destaco dois aspectos do relatório apresentado pela Sra. Provedora, um relativo aos escândalos bancários e outro relativo às migrações.
A forma como a Provedora Europeia interveio nas queixas feitas sobre a actuação de autoridades bancárias e financeiras, incluindo o impacto dos escândalos financeiros como o do Banco Popular ou o escândalo das taxas LIBOR, mostram como a banca pode fazer tudo aquilo que entende em prejuízo dos cidadãos, com os cidadãos a assumirem essas consequências e com grandes dificuldades as autoridades para impedirem esse tipo de práticas.
Simultaneamente, a intervenção da Provedora Europeia em matéria de migrações, em relação a violências e abusos contra migrantes e refugiados, em relação a práticas ilegais de devoluções forçadas ou outras práticas da FRONTEX que são criticadas pela Provedoria Europeia, essas inevitavelmente fazem a marca na vida dos migrantes.
Esta é uma marca de desigualdade da União Europeia.