Em Portugal, o Governo PSD-CDS decidiu limitar o acesso das grávidas aos hospitais públicos.
Os partidos do governo e o próprio governo, que aqui no Parlamento Europeu e nas instituições europeias, dizem que Portugal é o bom aluno da União Europeia, Portugal é um bom exemplo do cumprimento de todas as regras orçamentais, todas as metas que nos são impostas, em Portugal neste momento fecha as portas dos hospitais públicos às grávidas, para cumprir essas regras que lhe permitem fazer boa figura perante a União Europeia.
O que se passa em relação à obstetrícia é o exemplo daquilo que se passa em muitas outras áreas.
O governo não contrata profissionais, não valoriza as suas carreiras, deixa na exaustão os poucos profissionais de saúde que sobram, reduz ou limita o acesso dos utentes aos centros de saúde, empurra-os para as urgências hospitalares e no fim diz que estão a criar uma pressão demasiada e que as equipas de profissionais não aguentam tanta pressão.
Senhoras e senhores Deputados, os serviços públicos são essenciais para garantir os direitos dos cidadãos e o SNS é absolutamente
indispensável para garantir o direito à saúde.
Quando aqui valorizarem as restrições orçamentais, lembre-se que em Portugal são as grávidas que pagam os custos dessas políticas.