75º Aniversário da Vitória sobre o Nazi-Fascismo – Pela paz e a verdade, contra o fascismo e a guerra

75º Aniversário da Vitória sobre o Nazi-Fascismo – Pela paz e a verdade, contra o fascismo e a guerra

Pela paz e a verdade, contra o fascismo e a guerra

O Partido Comunista Português comemora o 75.º Aniversário da Vitória, de 9 de Maio de 1945, recordando o que foi e o que representou a Segunda Guerra Mundial e a derrota do nazi-fascismo, defendendo a verdade e rejeitando as tentativas de reescrita e de falsificação da História, para que jamais a barbárie do fascismo e da guerra aconteça de novo.

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75.º Aniversário da Vitória sobre o nazi-fascismo

Declaração de Jerónimo de Sousa

Sobre os 75 anos da Vitória sobre o nazi-fascismo

Cronologia

1918

11 de Novembro

Assinatura do Armistício, após a capitulação da Alemanha.

Com o fim da guerra, uma situação revolucionaria estende-se por toda a Alemanha, O exemplo da Revolução de Outubro, está presente e os conselhos de operários e de soldados espalham-se pelo país.

Em Novembro, Guilherme II abdica e é proclamada a Repúblicada Alemanha.

Friedrich Ebert, presidente do Partido Social-Democrata, assume a responsabilidade dos assuntos correntes da governação e estabelece um pacto com o general Groener com o objectivo de «repor a ordem» e fazer face à revolução socialista.

1919

Janeiro

lnsurreição revolucionária em Berlim, dirigida pela liga Spartakista. Os dirigentes comunistas Karl Liebknecht e Rosa Luxemburg são assassinados pelos «corpos francos» do governo.

18 de Janeiro

Início da Conferência de Paz no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Paris. Reunidos 70 delegados de 27 nações, sob a presidência do Presidente do Conselho Francês Clemenceau. De facto, as decisões importantes são tomada em comité restrito por Clemenceau, pelo primeiro-ministro inglês Lloyd George e pelo presidente dos EUA, Wilson.

As potências vencidas e a jovem República Socialista Federativa Soviética Russa não são admitidas na Conferência.

Fevereiro

Na Alemanha, inicia-se o funcionamento da Assembleia Constituinte em Weimar. Friedrich Ebert, é eleito Presidente do Reich. Nasce a República Parlamentar de Weimar.

28 de Abril

É criada em Versalhes a Sociedade das Nações: o seu regulamento virá a ser parte integrante do tratado de paz de Versalhes assinado dois meses mais tarde.

7 de Junho

As condições de paz foram apresentadas à Alemanha. O ministro dos Negócios Estrangeiros Alemão tenta conseguir que algumas destas condições sejam atenuadas. Mas a 16 de Junho os Aliados apresentam um ultimato exigindo a assinatura do tratado quase sem alterações. Perante a ameaça de um novo avanço das tropas aliadas em território alemão, a Assembleia Nacional do Reich dá o seu acordo à assinatura do tratado por maioria (237 votos a favor e 138 contra).

28 de Junho

Assinatura do Tratado de Versalhes pela Alemanha.

1920

O Senado dos EUA recusa a ratificação do Tratado de Versalhes. Na Alemanha, sucedem-se as crises políticas e a situação económica degrada-se. O general Von Seeckt é nomeado chefe das forças armadas.

Até 1930, a Alemanha respeitará, no essencial as restrições impostas pelo Tratado de Versalhes no plano militar. Mas sob a direcção de Von Seeckt, criará um exército profissional altamente disciplinado e eficaz, «apolítico» mas educado firmemente no militarismo e na perspectiva da revanche nacional.

Esse exército de elite «de chefes para o povo no momento de perigo», como o definiu Von Seeckt, virá a ser o núcleo de umas forças armadas à medida das necessidades do regime nazi.

1921

Os Estados Unidos da América assinam uma paz separada com a Alemanha e, simultaneamente, recusam a adesão à Sociedade das Nações.

Durante os anos 1921 e 1922 são assinados entre as potências imperialistas os acordos de Washington que estabelecem a partilha imperialista da zona do Pacífico.

1923

Os Aliados exigem o pagamento das indemnizações de guerra. A França ocupa o Ruhr e a Lituânia ocupa Memel.

Na Alemanha, em Agosto forma-se um governo de «grande coligação» dos partidos burgueses, dirigidos por Stresemann. Em Novembro falha o «putsch nazi» de Munique. Hitler, preso durante 8 meses, começa a escrever Mein Kampf. O marco estabiliza: 1 dólar vale 4,2 marcos.

1925

Morte de Ebert. O Marechal Hindenburg é o novo presidente do Reich.

1926

A Alemanha torna-se membro da Sociedade das Nações.

1927

Fim do controlo do desarmamento.

1928

Em Maio, nas eleições para o parlamento alemão (Reichstag), êxito dos sociais-democratas e dos comunistas, que obtêm 42% dos mandatos.

As relações franco-alemãs passam por um período de desanuviamento.

1929

O crash na Bolsa de Nova Iorque, em 24 de Outubro de 1929, marca o início de uma grande depressão e crise económica em todo o mundo capitalista.

A Primeira Guerra Mundial trouxera a ruína a toda a Europa e um quase completo desmoronamento da economia mundial e do comércio internacional. A partir de 1923, inicia-se um período de recuperação. Contudo, por detrás deste desenvolvimento estão já os sinais precursores da crise: grande desemprego, estagnação dos preços, corrida na Bolsa, recuo na produção agrícola, do carvão e da indústria têxtil e excessos de produção noutros sectores.

Ao contrário da Europa arruinada, os EUA conhecem no pós-guerra um período de «prosperidade»: o big business industrial e financeiro domina, acumulando fortunas colossais.

Os EUA são também os principais credores internacionais e, na América Central e do Sul, desenvolvem já uma política «intervencionista».

A crise iniciada em 1929 provocará na produção industrial norte-americana uma baixa de 54%. O número de desempregados nos EUA atingirá 15 milhões. Durante o Verão de 1930 a crise atingirá toda a Europa: falências em série, quedas dos preços. desemprego, desmoronamento do circuito dos meios de pagamento.

1930

Na Alemanha, em Março cai o governo social-democrata de Müller.

Em Abril, os Aliados completam a evacuação das suas tropas da margem esquerda do Reno. Hindenburg dissolve o parlamento e, nas eleições, o partido nazi obtém um grande sucesso, transformando-se na segunda força política parlamentar.

Entretanto a depressão atingiu duramente a Alemanha, a produção baixa de 50% e o número de desempregados atinge os 6 milhões.

1931

O Presidente dos EUA, Herbert Hoover concede uma moratória para as dívidas de guerra dos países europeus.

1932

Na Alemanha. Hindenburg é reeleito Presidente. Nas eleições para o Reichstag, vitória relativa do partido nazi e impasse parlamentar para a formação do governo. Novas eleições em Novembro enfraquecem a posição dos nazis que continuam, porém, a ser os mais votados.

A economia mundial recupera dificilmente. As políticas deflaccionistas restritivas mostram-se incapazes de resolver a crise. Os governos começam a recorrer a programas de trabalhos públicos, à nacionalização de empresas, ao fornecimento de créditos públicos às empresas e ao controlo dos preços e dos salários. Apesar do aumento progressivo da produção industrial (que atingirá em 1936 o nível de 1913) as tendências proteccionistas e as tensões internacionais impedirão um restabelecimento completo da economia capitalista antes do início da Segunda Guerra Mundial.

1933

Janeiro

Em 30 de Janeiro, Hindenburg nomeia Hitler para o cargo de chanceler do Reich. Presta juramento como chanceler e chefia um governo de coligação e União Nacional. Von Papen e Hugenberg são vice-chanceleres.

Fevereiro

Hitler suspende o Parlamento e adopta a lei dos Plenos Poderes.

Incêndio do Reichstag. Provocação organizada pelos nazis, que pretendem atribuir a autoria do incêndio aos comunistas. Iniciam-se as prisões em massa de comunistas.

Março

Em Portugal, com Salazar Presidente do Conselho de Ministros, é aprovada uma nova Constituição: criado o «Estado Novo», segundo o modelo fascista.

A Sociedade das Nações adopta o relatório Lytton, que considera ilegal a acção do Japão na Manchúria. O Japão abandona a Sociedade das Nações.

Abril

Realiza-se uma jornada anti-semita na Alemanha. Inicia-se a perseguição aos judeus. É criada a Gestapo e são abertos campos de concentração em toda a Alemanha.

Maio

Franklin Roosevelt, eleito Presidente dos EUA em Novembro de 1932, inicia a política de New Deal que visa tirar os Estados Unidos da depressão económica.

Na Alemanha são proibidos os sindicatos operários.

Junho

A França, a Inglaterra, a Itália e a Alemanha assinam em Roma o «Pacto dos Quatro», que visa o aperfeiçoamento da colaboração entre estes países no quadro da Sociedade das Nações.

Tem lugar em Londres uma Conferência Monetária Mundial, que termina num falhanço pois permanecem as divergências entre os apoiantes e os adversários do «padrão-ouro».

1933

Julho

O regime hitleriano e a Igreja Católica assinam uma Concordata.

Ilegalizados os partidos políticos na Alemanha.

Setembro

Inicia-se em Leipzig o processo do incêndio do Reichstag. Dimitrov é o principal acusado no julgamento-farsa nazi.

Outubro

Segunda Conferência de Desarmamento Internacional. A proposta britânica de diminuição dos exércitos (a Alemanha só poderia ter 200 mil homens) é recusada. A Alemanha abandona a Sociedade das Nações.

Novembro

Os EUA reconhecem a URSS dezasseis anos depois da Revolução de Outubro.

Realiza-se na Alemanha, num clima de terror, uno plebiscito organizado pelos nazis. Hitler obtém 40 milhões de votos favoráveis e 2 milhões contrários.

Dezembro

É aprovada na Alemanha a Lei da Unidade do Partido e do Estado. O partido nazi torna-se um partido de Estado.

1934

Janeiro

A Polónia assina um Pacto de não agressão com a Alemanha sem consultar a França, país que garantia as suas fronteiras desde 1918. Este constituiu o primeiro grande golpe na política de alianças da França.

Fevereiro

Insurreição em Viena contra a ameaça fascista («Comuna de Viena») é reprimida e instaura-se a ditadura de Dollfuss.

Os Estados Unidos e a URSS restabelecem relações diplomáticas, devido à preocupação americana com a expansão japonesa no Extremo Oriente.

Pacto Balcânico entre a Jugoslávia, Grécia, Roménia e Turquia.

A CGT francesa convoca uma greve geral «em defesa das liberdades», que é apoiada por socialistas e comunistas, facto inédito desde 1920. Queda do governo de Daladier.

Abril

Dollfuss aprova nova Constituição para a Áustria baseada nos princípios do corporativismo.

Junho

Realiza-se o Congresso europeu antifascista em Paris.

«Noite das facas longas» na Alemanha. Hitler ordena o assassinato de Röhm, o chefe das SA, e dos seus mais próximos colaboradores. Outros adversários são liquidados. É criada a Gestapo, a polícia nazi. Himmler é colocado à frente de todo o complexo repressivo nazi.

Putsch nazi na Áustria. O chanceler Dollfuss é assassinado. Sucede-lhe Schuschnigg.

Pacto de unidade entre os partidos comunista e socialista franceses.

Agosto

Morre Paul von Hindenburg. Hitler torna-se «Führer e Chanceler do Reich».

Setembro

A URSS entra na Sociedade das Nações.

Outubro

Insurreição operária nas Astúrias é reprimida por forças da Legião Estrangeira e coloniais do general Francisco Franco.

Fracasso das cinco campanhas (1930-1934) de Chang Kai-shek para submeter as forças comunistas chinesas, apesar do apoio de conselheiros militares alemães. Inicia-se a Longa Marcha (1934-1935) do exército vermelho liderado por Mao Tsé-Tung.

1934

Novembro

Os nazis vencem por maioria esmagadora as eleições em Dantzig.

E criada na Alemanha a «Frente do Trabalho, que substitui os sindicatos, já então dissolvidos.

Dezembro

Conferência em Montreux dos partidos e movimentos fascistas.

O Japão denuncia os Acordos navais de Washington (1921-1922) que lhe limitavam o seu poderio naval a 315 mil toneladas.

1935

Janeiro

Acordo italo-francês assinado em Roma por Mussolini e Laval. Mão livre à Itália para intervir na Etiópia.

Plebiscito no Sarre. 90% dos votantes pronunciam-se pela reinserção na Alemanha.

Março

A Alemanha restabelece o serviço militar obrigatório. O Exército passará a ter 12 Corpos de Exército e 36 Divisões.

Aprovada uma Constituição autoritária na Polónia que suprime o sistema democrático parlamentar.

Maio

Assinado o Tratado de Assistência Mútua Franco-Soviético. Este tratado dirigia-se contra a Alemanha e foi completado por um Tratado de Assistência entre a URSS e a Checoslováquia, que obrigava a URSS a intervir em auxílio da Checoslováquia, assim que a França o fizesse.

Junho

Acordo naval entre a Inglaterra e a Alemanha, segundo o qual a frota alemã não deverá exceder 35% da inglesa. É no entanto estabelecida a paridade e em submarinos.

Julho

Tratado comercial entre os EUA e a URSS.

Realiza-se o VII Congresso da Internacional Comunista. Participam 65 partidos entre os 76 existentes.

Aprovada a política da Frente Popular (luta contra o fascismo em colaboração com os sociais-democratas).

O New Deal entra numa nova fase. É aprovado o National Labor Relations Act que reconhece os sindicatos, o direito à greve e a liberdade para os trabalhadores se organizarem. É igualmente aprovado o Social Security Act que cria a segurança social para os desempregados, os inválidos e os velhos.

Setembro

Leis de Nuremberga: é institucionalizada a discriminação e a perseguição aos judeus e não arianos.

Outubro

Sem declaração de guerra, a Itália inicia a agressão à Etiópia. A Sociedade das Nações declara que a Itália é o agressor e decreta sanções económicas mas os EUA continuam a fornecer-lhe petróleo e a Alemanha carvão.

1935

Novembro

Insurreição no Nordeste brasileiro comandada por Luís Carlos Prestes, futuro secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro.

Dezembro

A Argentina, o Brasil e o Uruguai assinam um Pacto Anti-Komintern.

Armistício entre o Kuomintang (Chiang Kai-shek) e o Japão, que consegue direitos especiais sobre a Mongólia interior.

1936

Fevereiro

Vitória eleitoral da Frente Popular em Espanha. Manuel Azaña torna-se Presidente da República.

Março

Hitler ocupa a Renânia.

A Alemanha denuncia o Pacto de Locarno

Tratado naval anglo-franco-americano.

Abril

Guerra civil na Palestina entre árabes e judeus.

Salazar cria o campo do Tarrafal.

Maio

Mussolini proclama o Império.

Vittorio Emmanuel torna-se imperador da Etiópia.

Vitória eleitoral da Frente Popular em França (386 lugares para a Frente Popular e 22 para a Direita)

O socialista Léon Blum forma governo com o apoio, mas sem a participação dos comunistas.

Julho

Acordo entre a Áustria e a Alemanha de colaboração recíproca.

A Sociedade das Nações revoga as sanções impostas a Itália a propósito da invasão da Etiópia.

O assassinato do deputado monárquico Calvo Sotelo marca o início da contra-revolução em Espanha. Os generais Franco, Sanjurjo, Mola e Queipo de Llano revoltam-se contra o governo da República. Início da guerra civil. Franco é nomeado Presidente da Junta de Defesa Nacional fascista.

Salazar declara apoiar Franco. Revolta dos Marinheiros em Lisboa: 10 marinheiros mortos, 60 marinheiros são condenados a 600 anos de prisão.

Agosto

O governo Léon Blum propõe uma política de «não intervenção» na guerra civil espanhola.

Realizam-se os Jogos Olímpicos de Berlim. O negro norte-americano Owens vence várias provas de atletismo, desmistificando as teorias racistas de Hitler.

Golpe de estado e ditadura do general Metaxas na Grécia.

1936

As tropas marroquinas espanholas (afectas aos fascistas) passam o estreito de Gibraltar com o apoio da aviação italiana.

O Egipto torna-se independente, mas as tropas inglesas permanecerão durante vinte anos na zona do canal do Suez, segundo os termos do tratado anglo-egípcio.

Outubro

Franco proclama em Burgos a formação de um Estado nacionalista, corporativo e católico.

O governo republicano espanhol denuncia à Sociedade das Nações a intervenção armada da Itália e da Alemanha na guerra civil espanhola, ao lado dos fascistas. Formam-se as primeiras Brigadas Internacionais, constituídas por internacionalistas de todo o mundo, que vão combater em Espanha ao lado do governo legal da República.

Pacto de colaboração entre a Alemanha e a Itália.

Chegam ao Tarrafal os primeiros 150 presos políticos, entre eles Bento Gonçalves.

Novembro

A Itália e a Alemanha reconhecem o governo fascista de Franco.

Roosevelt é reeleito presidente dos EUA.

Pacto Anti-Komintern entre o Japão e a Alemanha.

Dezembro

Conferência interamericana de Buenos Aires. É assinado um tratado entre os 21 Estados americanos segundo o modelo do Pacto Briand-Kellog (não recurso à guerra para resolver os conflitos entre os Estados).

A URSS aprova uma nova Constituição.

Os comunistas franceses abstêm-se numa moção de confiança ao governo de Blum, pois não aprovam a sua política de «não intervenção», na guerra civil espanhola.

Chiang Kai-shek é capturado pelas forças do Tung Pei. Cessam as campanhas anticomunistas do Kuomintang. Reinicia-se a colaboração entre o Kuomintang e o Partido Comunista Chinês contra o Japão.

1937

Janeiro

O Gentlemen's Agreement italo-britânico sobre o statu quo no Mediterrâneo.

Atentado à bomba contra Salazar.

Março

Batalha de Guadalajara. Vitória das forças republicanas sobre os fascistas.

Em Portugal, grande campanha de protesto contra a intervenção fascista em Espanha. Vaga repressiva contra o PCP.

Encíclicas do Papa Pio Xl contra o nacional-socialismo e o comunismo.

Abril

O Partido do Congresso (Gandhi e Nehru) vence as eleições na Índia.

Maio

Neville Chamberlain sucede a Baldwin na presidência do governo inglês.

Junho

Depuração no comando do Exército Vermelho.

Inicia-se a guerra entre a China e Japão.

Julho

O Kuomintang e o PCC constituem uma Frente Única contra o Japão.

Agosto

Pacto de não agressão entre a URSS e a China.

Outubro

Roosevelt profere um discurso em Chicago em que afirma que perante a ameaça das ditaduras não é possível nenhuma neutralidade («Política de Quarentena»).

Novembro

Hitler desenvolve a tese da «conquista de um novo espaço vital por meio da força».

A Itália adere ao Pacto Anti-Komintern.

Xangai cai em poder dos japoneses.

«Estado Novo» no Brasil. Golpe de Estado de Getúlio Vargas. Constituição autoritária e legislação corporativa.

O Japão reconhece o governo do general Franco.

1937

Dezembro

Os japoneses tomam Nanquim e massacram 100 mil chineses.

A Itália sai da Sociedade das Nações.

Os japoneses tomam Pequim e instalam um governo fantoche da República chinesa.

1938

Fevereiro

Hitler concentra todos os poderes nas suas mãos e cria o Comando Supremo da Wehrmacht (OKW), que substitui o antigo Estado-Maior.

Salazar reconhece oficialmente o governo de Franco.

O chanceler austríaco Schuschnigg encontra-se com Hitler na Alemanha. Os nacionais-socialistas austríacos são amnistiados e o seu líder, Arthur Seyss-Inquart, torna-se ministro do Interior.

Eden demite-se do governo inglês por não concordar com a política de «apaziguamento» em relação à Alemanha e à Itália.

Schuschnigg anuncia um referendo mas o Reich alemão faz um ultimato, Schuschnigg demite-se e forma-se um governo chefiado pelos nazi Seyss-Inquart.

Março

As tropas alemãs anexam a Áustria (Anschluss).

Abril

Cai o governo da Frente Popular em França. Daladier forma governo.

Junho

O governo checoslovaco aceita discutir a questão dos Sudetas com a minoria alemã liderada pelo pró-nazi Henlein.

Julho

Incidente de Changkufeng. Combate-se durante um mês na fronteira entre a Manchúria e a União Soviética.

Setembro

Pacto de Munique em 30-9-1938. Hitler, Mussolini, Daladier e Chamberlain decidem do futuro da Checoslováquia. Resultado: cedência dos Sudetas à Alemanha e desmembramento da Checoslováquia como Estado.

Novembro

Em 9-10 de Novembro realiza-se um pogrom anti-semita em toda a Alemanha (Noite de Cristal): 30 000 judeus são enviados para os campos de Buchenwald, Dachau e Sachsenhausen.

Reivindicações italianas sobre a Tunísia, o Djibuti e a Córsega. Tensão com a França.

Dezembro

Inicia-se a ofensiva franquista contra a Catalunha.

1939

Janeiro

Encontro entre Hitler e Beck, o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco.

Barcelona é ocupada pelas forças franquistas.

Fevereiro

Morte de Pio XI. Sucede-lhe Pio XII.

A Inglaterra e a França reconhecem o governo do general Franco.

Março

Entrada das tropas alemãs na Checoslováquia e criação do Protectorado da Boémia-Morávia.

O Tratado de não agressão entre Portugal e Espanha.

A Alemanha ocupa Memel, na Lituânia.

A Espanha adere ao Pacto Anti-Komintern. O mesmo acontece com a Hungria e a Manchúria.

Abril

Fim da guerra civil espanhola.

Vitória dos fascistas.

A Itália ocupa a Albânia.

A Alemanha formula as suas exigências em relação à Polónia: incorporação de Dantzig na Alemanha e passagem com direitos de extraterritorialidade entre a Prússia Oriental e o resto do Reich. A Polónia recusa e rompe as negociações.

A Inglaterra e a França apoiam a Polónia.

Hitler denuncia o Tratado de Amizade com a Polónia e o Acordo Naval com a Inglaterra.

Maio

Litvinov é substituído por Molotov na chefia das Relações Externas da URSS.

A Espanha abandona a Sociedade das Nações.

«Guerra Secreta» no Extremo Oriente. Ataque japonês à Mongólia. Os combates entre os soviéticos e os japoneses prolongam-se até Agosto.

Molotov pede aos países ocidentais que passem das negociações comerciais às negociações políticas.

«Pacto de Aço» entre a Itália e a Alemanha

Na Alemanha, primeiro comboio de mulheres para o campo de Ravensbrück.

A Dinamarca assina um pacto de não agressão com a Alemanha.

1939

Junho

A URSS propõe à França e Inglaterra um pacto de garantia automática para os países bálticos, a Polónia, a Turquia, a Grécia, a Holanda, a Bélgica e a Suíça. Os ingleses opõem-se.

O embaixador da URSS em Londres,Maisky, convida o ministro dos Negócios Estrangeiros inglês a visitar Moscovo. O convite é aceite.

Julho

Retomadas as negociações anglo-franco-soviéticas, após a suspensão de 7 Junho.

Definição do acordo político anglo-franco-soviético. A URSS requer a negociação imediata de um acordo militar.

Os EUA denunciam o Acordo comercial com o Japão.

Acordo comercial entre a Alemanha e o Japão.

Agosto

Início das negociações militares anglo-franco-soviéticas. A missão militar inglesa é pouco representativa. As negociações falham no que respeita ao trânsito soviético em território polaco.

Acordo comercial entre a Alemanha a URSS.

Os franceses e ingleses dão garantias indirectas a Moscovo sobre o trânsito dos soviéticos na Polónia e Roménia. Molotov requer o assentimento claro desses países. A Polónia recusa.

Assinado o Tratado de Não Agressão Germano-Soviético.

A imprensa comunista é proibida em França.

A Inglaterra propõe à Alemanha negociações directas com a Polónia.

Derrota japonesa na batalha de Khalkhin Gol no Extremo Oriente Soviético.

Setembro

A 1 de Setembro, a Alemanha invade a Polónia, sem declaração de guerra. Inicia-se a Segunda Guerra Mundial.

A Inglaterra e a França declaram guerra à Alemanha.

A Holanda, a Bélgica e a Suíça declaram-se neutros. O mesmo acontece com os EUA e o Japão.

O grande Conselho fascista proclama a «não beligerância da Itália».

A Áustria e a Nova Zelândia declaram guerra à Alemanha. O mesmo acontece com o Canadá e com a África do Sul, apesar da oposição da minoria nacionalista bóer, que é pró-nazi.

O governo britânico declara a Índia «país beligerante», apesar da oposição do Partido do Congresso.

1939

A China declara a neutralidade.

O Canadá declara guerra à Alemanha.

Salazar declara a «neutralidade» na guerra entre «duas nações amigas», uma delas aliada.

Ofensiva japonesa na China. Derrota dos nacionalistas chineses na batalha de Changsha.

Acordo entre a URSS, o Japão e a Mongólia põe termo ao conflito de Khalkhin Gol.

Conferência pan-americana do Panamá. Neutralidade das repúblicas americanas e instituição de um «cordão de segurança» no hemisfério ocidental (300 milhas da costa).

Ilegalização do Partido Comunista Francês.

Capitulação de Varsóvia.

(27-9-1939)

Acordo germano-soviético sobre a demarcação das novas fronteiras.

Novembro

Os japoneses completam o bloqueio à China, ocupando o último porto em poder dos nacionalistas no golfo de Tonquim.

Dezembro

Inicia-se o conflito soviético-finlandês.

Projecto franco-inglês de enviar um corpo expedicionário para a Finlândia.

1940

23 de Fevereiro-19 de Março

Missão de Sumner Welles na Europa. A tentativa de Roosevelt para uma mediação falha.

12 de Março

Tratado de paz sino-soviético

9 de Abril

Ataque nazi à Dinamarca e à Noruega.

10 de Maio

Ofensiva nazi na frente ocidental. Invasão da Holanda, Bélgica, Luxemburgo e ataque à França.

/ Churchill nomeado primeiro-ministro 16 de Maio

Roosevelt pede ao Congresso 800 milhões de dólares para as Forças Armadas.

20 de Maio-3 de Junho

Evacuação de Dunquerque, 235 mil ingleses e 115 mil franceses fogem ao cerco nazi e retiram para Inglaterra.

28 de Maio

Capitulação do exército belga.

5-12 de Junho

Batalha de França. Os alemães ocupam todo o território compreendido entre a Mancha e a Linha Maginot.

6 de Junho

Os comunistas franceses apelam ao governo para distribuir armas ao povo para a defesa do país.

7-9 de Junho

Capitulação da Noruega.

10 de Junho

Itália entra na guerra.

13 de Junho

A Espanha transforma a sua «neutralidade» em «não beligerância».

14 de Junho

Paris é ocupada pelos nazis. / Primeiro comboio de polacos para o campo de Auschwitz.

15 de Junho

Roosevelt decide a construção da bomba atómica.

16 de Junho

Churchill propõe uma aliança orgânica entre a França e a Inglaterra.

1940

17-21 de Junho

A França aceita o armistício: o marechal Pétain forma governo. / Formação nas repúblicas bálticas de governos populares de esquerda.

18 de Junho

Apelo de De Gaulle aos franceses. Constitui-se o movimento França Livre, como primeiro passo para a Resistência na Europa.

22 de Junho

Armistício franco-alemão.

22-25 de Junho

A Alemanha ocupa as regiões costeiras da França, até aos Pirenéus.

1 de Julho

Pétain em Vichy. Início do regime colaboracionista. Plenos poderes a Pétain, com uma nova Constituição (10 de Julho).

16 de Julho

Hitler aprova o plano Leão Marinho para a invasão da Inglaterra.

31 de Julho

Cimeira nazi sobre os «planos de guerra» na frente oriental. Aumento do exército em 180 divisões.

3-6 de Agosto

Lituânia, Letónia e Estónia entram como repúblicas socialistas na URSS.

3-19 de Agosto

Tropas italianas ocupam a Somália inglesa.

Agosto-Outubro

Batalha de Inglaterra. A Luftwaffe não consegue vencer a resistência inglesa.

17 de Agosto

Bloqueio global alemão às Ilhas britânicas.

20 de Agosto

Estado de sítio na Inglaterra.

25-26 de Agosto

Primeiro bombardeamento inglês sobre Berlim.

30 de Agosto

O governo de Vichy autoriza o Japão a instalar-se na Indochina

3 de Setembro

Decreto anti-semita do governo Pétain.

17 de Setembro

Hitler adia o desembarque em Inglaterra.

1940

18 de Setembro

Último grande ataque aéreo a Londres.

27 de Setembro

Pacto tripartido entre a Alemanha, a Itália e o Japão.

8 de Outubro

Churchill anuncia a conclusão) vitoriosa da batalha aérea sobre a Inglaterra.

12 de Outubro

As tropas alemãs entram na Roménia.

22 de Outubro

Encontro Hitler-Franco.

28 de Outubro

Agressão italiana à Grécia.

5 de Novembro

Roosevelt é reeleito pela terceira vez. As eleições americanas evidenciam uma forte corrente neutralista.

11 de Novembro

Manifestação antinazi em Paris.

20-24 de Novembro

Adesão da Hungria, Roménia e Checoslováquia ao Pacto Tripartido.

23 de Novembro

Insurreição popular no Vietname contra a ocupação japonesa.

8 de Dezembro

Contra-ofensiva inglesa na África Setentrional.

18 de Dezembro

Hitler aprova o Operação Barbarossa (invasão da União Soviética).

1941

19 de Janeiro

Campanha inglesa contra a África Oriental italiana.

21 de Janeiro

Proibição em Inglaterra do jornal comunista Daily Worker.

9 de Fevereiro

A Alemanha anexa o Luxemburgo.

18 de Fevereiro

Acordo do monopólio IG-Farben com a direcção do campo de Auschwitz para a construção de fábricas com trabalho escravo.

11 de Fevereiro

Manifestação antinazi na Holanda.

1 de Março

A Bulgária associa-se ao Pacto Tripartido.

25-26 de Março

O governo reaccionário da Jugoslávia adere ao Eixo.

27 de Março

Conversações militares secretas entre os EUA e a Inglaterra.

Março-Abril

Vitórias do «Afrika Korps» de Rommel na África do Norte.

6 de Abril

Ataque alemão à Grécia.

9 de Abril-11 de Abril

Os EUA ocupam a Gronelândia sul-ocidental e alargam a sua faixa de segurança no Atlântico.

13 de Abril

Pacto de não agressão entre a URSS e o Japão com a duração de cinco anos.

17 de Abril

Capitulou o exército jugoslavo e começou a resistência popular, dirigida pelo partido comunista.

17-19 de Abril

O Corpo Expedicionário britânico na Grécia inicia a retirada.

21 de Abril

Capitulação do exército grego.

5 de Maio

O Comité Central do PC Jugoslavo decide a insurreição armada.

1941

10 de Maio

Greve na zona industrial de Liége. Rudolph Hess, um dos líderes nazis, foge para Inglaterra.

15 de Maio

Apelo dos comunistas franceses para uma Frente de Libertação Nacional.

19 de Maio

Na Indochina, fusão dos grupos nacionalistas e comunistas na Liga para a Independência do Vietname.

20 de Maio-1 de Junho

Batalha pela conquista de Creta. Desembarque dos pára-quedistas alemães e evacuação dos ingleses.

26 de Maio-6 de Junho

Greve operária no Norte de França.

27-28 de Maio

Acordo de Paris entre a França de Vichy e a Alemanha nazi para a colaboração militar.

8 de Junho-24 de Julho

As forças da França Livre, com o apoio inglês, ocupam a Síria e o Líbano.

18 de Junho

Pacto de não-agressão entre a Alemanha e a Turquia.

22 de Junho

Agressão nazi à URSS. A Itália e a Roménia apoiam Hitler Declaração de apoio de Churchill à URSS na guerra contra a Alemanha.

22 de Junho

Batalha de fronteira. As forças alemãs ocupam um vasto território de Riga a Leopoli. Resistência soviética em Brest-Litovsk.

23 de Junho

Os EUA declaram o seu apoio à URSS.

26 de Junho

A Finlândia retoma a guerra contra a URSS.

27 de Junho

A Hungria declara guerra à URSS. / A França de Víchy rompe as relações diplomáticas com a URSS. / Início de resistência na Bulgária.

1 de Julho-21 de Agosto

Ataque à Linha Stáline. O exército nazi avança até à Linha Leninegrado — Região de Moscovo-Ucrânia-Crimeia.

1941

7-13 de Julho

Insurreição na Jugoslávia, encabeçada por Tito.

10 de Julho-l0 de Setembro

Batalha pela defesa de Smolensk.

12 de Julho

Acordo anglo-soviético de colaboração.

13 de Julho

Grande rebelião antinazi-fascista na Sérvia e Montenegro, ferozmente reprimida.

18 de Julho

O CC do PCUS decide organizar a resistência armada na retaguarda nazi (em territórios soviéticos ocupados)

22 de Julho

Bombardeamento nazi sobre Moscovo.

24-27 de Julho

O Japão ocupa a Indochina Meridional.

29 de Julho-1 de Agosto

Missão Hopkins, é enviada por Roosevelt a Moscovo.

30 de Julho

Acordo soviético-polaco. É assinado com o governo polaco no exílio, na Inglaterra, um acordo para a reconstituição das forças armadas polacas em território russo.

4 de Agosto-16 de Setembro

Defesa de Odessa.

14 de Agosto

E assinada entre Churchill e Roosevelt a Carta Atlântica.

16 de Agosto

Acordo anglo-soviético de comércio e crédito.

29 de Agosto

Declaração italo-germânica sobre «A Nova Ordem» na Europa.

3 de Setembro

Primeiro extermínio em massa nas câmaras de gás de Auschwitz.

8 de Setembro

Cerco de Leninegrado. Prolonga-se até ao fim de 1943.

1941

8-14 de Setembro

Unificam-se os grupos combatentes albaneses.

16 de Setembro

Trezentos oficiais soviéticos, prisioneiros de guerra, são massacrados em Buchenwald.

17 de Setembro

Instrução militar generalizada na URSS.

24 de Setembro

Conferência interaliada em Londres. A URSS aprova a Carta Atlântica.

27 de Setembro

A URSS reconhece o movimento França livre

29 de Setembro-1 de Outubro

Conferência de Moscovo entre a URSS, os EUA e a Inglaterra para discutir os fornecimentos militares recíprocos.

6 de Outubro

Manifestação anti-fascista em Budapeste.

17 de Outubro

Greve operária em Praga.

19 de Outubro

Estado de sítio em Moscovo.

25 de Outubro

Karkov é ocupado pelas tropas nazis

30 de Outubro

Cerco de Sebastopol (até 4 de Julho de 1942). Apelo para a união do povo italiano contra o fascismo lançado pelos partidos de esquerda.

7 de Novembro

A lei de «prestação e troca de serviços e assistência» dos EUA é alargada à URSS.

9 de Novembro

Conclui-se a evacuação da indústria soviética para a zona dos Urais.

16 de Novembro-5 de Dezembro

Batalha nos arredores de Moscovo. A luta resolve-se com a vitória dos soviéticos, que afastam o exército nazi.

29 de Novembro

As tropas soviéticas retomam Rostov.

1941

7 de Dezembro

O Japão ataca os EUA, em Pearl Harbour.

8 de Dezembro

O exército nazi na URSS (frente sul) passa à defensiva no Inverno. Vários países da América Latina rompem relações com o Japão.

11 de Dezembro

A Alemanha e a Itália declaram guerra aos EUA.

16-17 de Dezembro

Missão de Eden (ministro dos Negócios Estrangeiros de Inglaterra) a Moscovo.

17 de Dezembro

Austrália e Nova Zelândia ocupam a zona portuguesa de Timor.

29 de Dezembro

Decisão de utilizar os detidos dos campos de concentração para experiências sobre o tifo.

1942

1 de Janeiro

Declaração de Washington das Nações Unidas. Luta contra os estados fascistas (26 Estados aderem).

13 de Janeiro

Deliberação em Londres dos governos antifascistas: punição dos criminosos de guerra.

21 de Janeiro-l0 de Fevereiro

Ofensiva italo-alemã na África do Norte. Rommel reconquista a Cirenaica. As forças britânicas resistem em Tobruk.

Janeiro

Ofensiva geral do Japão no Sudeste asiático.

15 de Março

Manifestação antifascista em Budapeste.

5 de Abril

Ordem de Hitler para a acção contra Stalinegrado.

12 de Abril

Greve em Atenas e no Pireu.

18 de Abril

Os EUA bombardeiam Tóquio e outras cidades industriais do Japão.

30 de Abril

Definição legal do papel económico dos campos de concentração (exterminação pelo trabalho).

27 de Maio

Na Checoslováquia é assassinado o representante nazi Heydrich. Os nazis, como represália, destroem Lídice e massacram toda sua população.

30 de Maio

É constituído o estado-maior do movimento de resistência russo.

30-31 de Maio

Bombardeamento de Colónia. Começa a ofensiva aérea inglesa contra o Reich.

4-7 de Junho

Batalha de Midway, primeira derrota frota japonesa.

11 de Junho

Tratado de assistência militar em Washington entre os EUA e a URSS.

2 de Julho

Queda de Sebastopol.

1942

18-25 de Julho

Os anglo-americanos adiam o desembarque na Europa. É decidido o desembarque na África Setentrional.

17 de Julho

Começa a Batalha de Stalinegrado. A luta trava-se na cidade. Em 19 de Novembro começou a contra-ofensiva soviética.

22 de Julho-13 de Setembro

Deportação dos judeus do gueto de Varsóvia.

23 de Julho

Começa a funcionar o campo de extermínio de Treblinka.

24 de Julho

Os alemães ocupam Rostov.

25 de Julho-31 de Dezembro

Ataque alemão e batalha defensiva soviética, na frente do Cáucaso.

28 de Julho

Na URSS ordem de suspender a retirada. É denunciada a ameaça na parte sul da frente.

Julho

Retomada, em Itália, a publicação do Unitá, órgão do PCI.

7 de Agosto

Desembarque americano em Guadalcanal.

12-15 de Agosto

Conferência de Moscovo entre Churchill e Stáline.

19 de Agosto

Fracasso do desembarque anglo-canadiano cm Dieppe.

23 de Agosto

Bombardeamento aéreo maciço sobre Stalinegrado.

21-27 de Setembro

Missão americana em Moscovo. Colocada de novo a questão da «segunda frente».

22 de Outubro-5 de Novembro

Batalha de El-Alamein. As forças do Eixo, são derrotadas e começam a retirada.

1942

Outubro

Greve ferroviária no Quénia, organizada pelos sindicatos africanos.

6 de Novembro

Stáline denuncia publicamente a não abertura da segunda frente pelos Aliados ocidentais.

9-12 de Novembro

As tropas alemãs e italianas invadem a França de Vichy e a Tunísia.

19-23 de Novembro

O Exército Vermelho cerca a força alemã a sul do Volga.

25 de Novembro

Acordo PCF-De Gaulle: programa comum para a insurreição nacional.

27 de Novembro

Início das experiências sobre detidos em Auschwitz.

11 de Novembro

Ofensiva soviética na região do Don.

1943

13 de Janeiro

Mobilização total na Alemanha.

18 de Janeiro

Os soviéticos rompem o cerco a Leninegrado.

2 de Fevereiro

Vitória de Stalinegrado. Rendição do exército de Von Paulus.

8-14 de Fevereiro

Avanço soviético na frente sul, de Kursk a Rostov.

5 de Março

Manifestação de 250 mil pessoas em Atenas contra o serviço obrigatório do trabalho imposto pelos alemães.

Março

Greve no triângulo industrial, na Itália.

14 de Março

Contra-ofensiva alemã na bacia do Donetz. Von Manstein reconquista Karkov.

19 de Abril

Insurreição no Gueto de Varsóvia.

25 de Abril

Ruptura de relações entre a URSS e o governo polaco no exílio.

11-19 de Maio

Encontro Roosevelt-Churchill, em Washington.

15 de Maio

Conselho Nacional da Resistência, em França.

10 de Junho

Dissolução da Internacional Comunista.

10 de Julho

Desembarque anglo-americano na Sicília.

12 de Julho

Reinício da ofensiva soviética. O avanço, atravessando várias fases, só terminará em Berlim.

12-13 de Julho

Comité Nacional Alemanha Livre constituído em Moscovo por Von Paulus.

22 de Julho

Constituição do Comité Popular Polaco de Libertação que assume funções de governo.

24 de Julho

Desagregação do regime fascista em Itália.

25 de Julho

Queda de Mussolini.

25 de Julho-3 de Agosto

Bombardeamento de Hamburgo. Começa a maciça presença anglo-americana nos céus da Alemanha.

1943

12-24 de Agosto

Conferência de Quebeque. Churchill defende a abertura de uma frente nos Balcãs. Acordo para a produção da bomba atómica.

23 de Agosto

Os soviéticos libertam Karkov.

29 de Agosto

Greve geral na Dinamarca contra o estado de sítio proclamado pelos nazis.

8 de Setembro

Armistício de Itália. Reacção da Alemanha que ocupa o país até Roma. Desembarque anglo-americano na Itália do Sul.

9 de Setembro

Constitui-se o Comité de Libertação Nacional da Itália.

16 de Setembro

Constitui-se o Conselho de Liberdade na Dinamarca.

23 de Setembro

Mussolini e os fascistas organizam na Itália Central e do Norte a «República Social (Saló)».

23 de Setembro

O Exército Vermelho liberta Smolensk.

13 de Outubro

A Itália declara guerra à Alemanha.

19-30 de Outubro

Conferência tripartida anglo-americano-soviética em Moscovo.

28 de Novembro-1 de Dezembro

Conferência de Teerão: EUA, URSS e Inglaterra.

É decidido o desembarque em França.

Novembro-Dezembro

Continua o avanço soviético do Báltico ao mar Negro. Bombardeamentos maciços anglo-americanos sobre a Alemanha.

24 de Dezembro

Início da ofensiva soviética da Ucrânia.

1944

14-27 de Janeiro

Ofensiva soviética na frente norte, de Leninegrado a Novgorod.

24 de Janeiro-12 de Maio

Ofensiva soviética na frente sul. Libertada a Ucrânia Ocidental e a Crimeia.

Janeiro

O governo alemão deliberou empregar 4 milhões de trabalhadores estrangeiros na indústria bélica.

1 de Março

Greve geral antifascista na Itália do Norte.

26 de Março

As tropas soviéticas atingem a fronteira com a Roménia.

4 de Abril

O PCF entra no Comité de Libertação Nacional.

8 de Abril

As tropas soviéticas chegam à fronteira da Checoslováquia.

21 de Abril

Governo de coligação antifascista na Itália: o primeiro na Europa com participação comunista.

6 de Junho

Desembarque anglo-americano na Normandia.

20 de Junho

Bloco Democrático Nacional na Roménia, com a participação do Partido Comunista.

22 de Junho

Manifestação e greves antifascistas na Dinamarca.

23 de Junho-5 de Julho

Avanço soviético na Bielorrússia. Libertação de Minsk.

10 de Julho-22 de Outubro

Ofensiva soviética nos países bálticos.

20 de Julho

Atentado do coronel Von Stauffenberg contra Hitler.

O Exército Vermelho entra na Polónia

21-22 de Julho

Comité popular polaco de libertação, com funções de governo.

1944

22 de Julho

Acordo de Bretton-Woods. As Nações Unidas promovem a criação do FMI e do BIRD.

31 de Julho-8 de Agosto

A força de invasão aliada ultrapassa a linha de resistência nazi, em França.

13 de Agosto-7 de Outubro

Ofensiva soviética contra a Roménia e os Balcãs.

16 de Agosto

Tratado entre a Finlândia e a URSS.

18 de Agosto

Insurreição de Paris. Assassinato de Ernst Thälman, dirigente do Partido Comunista Alemão, em Buchenwald.

26 de Agosto

EUA e Inglaterra reconhecem o governo de De Gaulle como único governo francês.

29 de Agosto

Insurreição na Eslováquia.

30 de Agosto

O Exército Vermelho entra em Bucareste.

3 de Setembro

Os ingleses entram em Bruxelas.

6 de Setembro

Decreto sobre a reforma agrária na Polónia.

9-11 de Setembro

Insurreição em Sófia, Governo de frente patriótica.

16 de Setembro

As tropas soviéticas encontram-se com o exército de libertação jugoslavo.

9-20 de Setembro

Conferência tripartida de Moscovo sobre a questão da Polónia e das suas fronteiras.

Outubro

Revolução democrática na Guatemala.

31 de Outubro

Greve geral na Argentina.

7 de Novembro

Roosevelt reeleito presidente.

10 de Dezembro

Tratado de aliança entre a URSS e a França.

1945

12 de Janeiro

Proclamação da República Popular Albanesa.

12 de Janeiro-7 de Fevereiro

O Exército Vermelho liberta Varsóvia e fica a 80km de Berlim.

27 de Janeiro

O Exército Vermelho liberta oo campo de concentração Auschwitz-Birkenau.

Janeiro

Greve geral e insurreição contra o domínio britânico no Uganda.

4-11 de Fevereiro

Conferência de Yalta. Acordo entre Stáline. Roosevelt e Churchill sobre a organização das Nações Unidas, sobre a Alemanha e a Polónia e sobre a intervenção soviética contra o Japão.

Fevereiro

Conferência mundial dos sindicatos, em Londres.

10 de Março

Negociações com Moscovo sobre a Polónia, entre o comité de libertação, o Governo de Londres e a URSS

27 de Março

Insurreição popular na Birmânia contra a ocupação japonesa.

1 de Abril

Batalha pela conquista de Okinawa. Grande resistência japonesa ao desembarque americano.

11 de Abril

Revolta dos prisioneiros no campo de concentração de Buchenwald.

16 de Abril

Ofensiva soviética sobre Berlim.

23-25 de Abril

Insurreição na Itália do Norte.

25 de Abril-16 de Junho

Conferência de São Francisco. Carta e estatuto das Nações Unidas aprovados por 50 países.

28 de Abril

Mussolini é preso e fuzilado por guerrilheiros antifascistas.

30 de Abril

Suicídio de Hitler, em Berlim.

2 de Maio

O Exército Vermelho toma Berlim.

1945

5-9 de Maio

Libertação de Praga.

7-9 de Maio

Capitulação da Alemanha. Fim da guerra na Europa.

17 de Julho-2 de Agosto

Conferência de Potsdam. Acordo entre Truman, Churchill e Stáline sobre a linha de demarcação entre a Alemanha e a Polónia e intimação de rendição ao Japão.

6-9 de Agosto

Bombardeamento atómico de Hiroxima e Nagasáqui.

8 de Agosto

Declaração de guerra da URSS ao Japão nos termos do acordo de Yalta.

9-22 de Agosto

Ocupação soviética da Manchúria.

14 de Agosto

Capitulação do Japão.

2 de Setembro

Fim da Segunda Guerra Mundial.

25 de Setembro-8 de Outubro

Federação Sindical Mundial: constitui-se na Conferência de Paris. Aderem os sindicatos ingleses, soviéticos, da Europa Ocidental, da América do Norte, da China e da América Latina.

20 de Outubro

Processo de Nuremberga contra os criminosos nazis.

25 de Outubro

Revolução na Venezuela. Vitória da Acção Democrática. Início de um período de reformas.

29 de Outubro

Queda de Getúlio Vargas no Brasil

6 de Novembro

Recontros na Indonésia entre tropas nacionalistas e as tropas ocupantes britânicas.

13 de Novembro

Declaração anglo-americana sobre o segredo atómico.

29 de Novembro

Proclamação da República Federativa da Jugoslávia.

10 de Dezembro

Após a queda do governo Pani, em Itália, De Gasperi assume a direcção do governo.

15 de Dezembro

Missão do general Marshall na China.

21 de Dezembro

Os ingleses confiscam as minas do Rur.

1946

10 de Janeiro

Primeira Assembleia Geral da ONU em Londres. Spaak é o presidente.

20 de Janeiro

O general De Gaulle abandona o governo.

1 de Fevereiro

Proclamação da República da Hungria.

24 de Fevereiro

Peron é eleito presidente da Argentina.

5 de Março

Discurso de Fulton. Pronunciado por W. Churchill na presença de H. Truman. Assinala o início da «guerra-fria» e da política da «cortina de ferro» contra a URSS e o comunismo.

16 de Março

O governo trabalhista inglês reconhece o direito da Índia à independência.

22 de Março

Independência da Transjordânia.

Junho

Guerra civil na China.

2 de Junho

A monarquia cai em Itália, por referendo popular.

4 de Julho

Independência das Filipinas. Os EUA conservam 26 bases navais.

15 de Setembro

Proclamação da República Popular da Bulgária.

27 de Setembro

Inicia-se a guerra civil na Grécia.

1 de Outubro

Sentenças do Tribunal de Nuremberga.

23 de Novembro

Inicia-se a guerra de Libertação da Indochina, após o bombardeamento francês de Hai Phong.

Dimitrov dirige o governo búlgaro.

25 de Dezembro

O Exército Vermelho chinês passa à ofensiva.

1947

17 de Janeiro

Governo da coligação dos comunistas e socialistas na Polónia.

4 de Março

Tratado de Dunquerque: aliança franco-inglesa.

12 de Março

Truman promete ajuda e protecção à Grécia e à Turquia numa perspectiva anti-soviética e «ocidental».

30 de Março

Revolta nacional em Madagáscar. Os colonialistas franceses massacram 70 mil pessoas.

7 de Abril

O Estado de Nova Iorque ilegaliza o Partido Comunista.

10-24 de Abril

Conferência de Moscovo. Ruptura definitiva entre a URSS e as potências ocidentais a propósito do tratado de paz com a Alemanha.

3 de Maio

Nova Constituição no Japão, segundo o modelo da americana.

5 de Maio

Os comunistas saem do governo francês.

13 de Maio

Os comunistas e os socialistas saem do governo italiano.

5 de Junho

Plano Marshall. Proposta do secretário de Estado dos EUA para a reconstrução da Europa.

Agosto

Desenvolvimento da guerrilha comunista na Grécia e primeiros recontros com as tropas inglesas e governamentais.

15 de Agosto

Independência da Índia. Nehru é primeiro-ministro.

30 de Setembro

Fundação do Komintern.

Novembro

Conflito entre a Índia e Paquistão, por causa de Caxemira.

19 de Dezembro

Cisão sindical em França

24 de Dezembro

Governo revolucionário na Grécia, dirigido por Marcos Vapliadis.

25 de Dezembro

Reforma Agrária na China vermelha. Mao Tsé-tung prevê a vitória para 1949.

1948

4 de Janeiro

Independência da Bírmânia.

30 de Janeiro

Assassínio de Gandhi.

20-26 Fevereiro

Revolução na Checoslováquia. Movimento de massas em Praga e constituição de um governo de socialistas e comunistas.

28 de Fevereiro

Massacre de Acra (Gana). Repressão britânica sobre populares. Nkrumah assume a direcção do movimento independentista.

9 de Abril

Insurreição na Colômbia. Guerra civil entre as forças democráticas e a oligarquia.

30 de Abril

Carta de Organização dos Estados Americanos.

9 de Maio

A Checoslováquia aprova uma nova Constituição, que a transforma em democracia popular.

14 de Maio

Nasce o Estado de Israel.

28 de Junho

A Jugoslávia abandona o Kominform.

14 de Julho

Atentado contra Togliatti em Roma. Greve geral nacional com aspectos insurreccionais.

20 de Julho

Perseguições anticomunistas nos EUA.

26 de Julho

Cisão sindical em Itália.

15 de Agosto

Independência da Coreia do Sul, zona ocupada pelos americanos

12 de Setembro

Independência da Coreia do Norte.

2 de Novembro

Truman reeleito presidente dos EUA.

9 de Novembro

O Exército Vermelho chinês ultrapassa a Grande Muralha e avança para Pequim.

12 Dezembro

O Partido Operário Unificado Polaco surge da fusão dos partidos comunistas e socialistas.

1949

22 de Janeiro

O Exército Vermelho chinês toma Pequim.

24 de Janeiro

Constituição do COMECON, Conselho de Ajuda Mútua Económica entre a URSS e entre a URSS e as democracias populares.

31 de Março

Ofensiva guerrilheira na Grécia, Macedónia.

4 de Abril

Tratado do Atlântico Norte. Assinado em Washington pelos EUA, Canadá, Grã-Bretanha, Portugal, França, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Noruega e Islândia.

23 de Abril

Os comunistas chineses entram em Nanquim.

8 de Maio

Proclamação da Alemanha Federal.

13 de Julho

A Igreja Católica decreta a excomunhão dos comunistas e dos «filocomunistas», através de um decreto do Santo Ofício.

14 de Julho

Primeira explosão nuclear soviética.

15 de Setembro

Konrad Adenauer chanceler da RFA.

21 de Setembro

Proclamação da República Popular da China. Mao Tsé-tung é presidente e Chou En-lai primeiro-ministro.

11 de Outubro

Proclamação da República Democrática Alemã.

16 de Outubro

Derrota das forças guerrilheiras progressistas na Grécia.

21 de Outubro

Condenação de destacados comunistas nos EUA.

21 Novembro

A ONU vota a independência da Líbia.

28 de Novembro

Constituição da Confederação Internacional dos Sindicatos Livres.

8 de Dezembro

Chang Kai-shek refugia-se na ilha de Taiwan, sob a protecção dos EUA.

O grande capital dá a mão ao fascismo

O fascismo foi alimentado e apoiado pelos sectores mais reaccionários de um capitalismo em crise profunda, com o objectivo de salvar uma dominação de classe que se sentia ameaçada pelo ascenso do movimento operário e dos partidos comunistas e o exemplo e conquistas alcançadas pela URSS.

A Primeira Guerra Mundial termina com os trabalhadores e os povos em luta. A Alemanha é obrigada a um Armistício, no contexto da revolta dos seus soldados e operários, em Novembro de 1918. O Tratado de Versalhes (1919) impõe a este país pesadas compensações de guerra, conduzindo à hiperinflação e à ruína da pequena e média burguesia alemã.

Em 1920 é fundado o Partido Nazi – hipocritamente designado Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães –, como tropa de choque contra a luta da classe operária e o aumento da influência do Partido Comunista da Alemanha.

O fascismo chega ao poder em Itália, em 1922, e em Portugal, em 1926.

Em 1929 eclode a grande crise do capitalismo. A visão de um sistema em derrocada era generalizada, à qual se contrapunha o impetuoso crescimento económico da URSS nos anos 30.

Perante a crise do capitalismo, os avanços do movimento operário e de partidos comunistas em alguns dos países da Europa e as realizações de alcance histórico alcançadas pela URSS na edificação do socialismo, os sectores mais reaccionários do capital começaram, em conluio com as potências ocidentais, a utilizar o fascismo como instrumento para impor a exploração através de uma maior opressão.

A ameaça para a classe dominante era real.

A 6 de Novembro de 1932 realizam-se eleições federais na Alemanha, o Partido Nazi, depois de uma trajectória de crescimento eleitoral, perde 2 milhões de votos e mergulha numa profunda crise. O Partido Comunista da Alemanha havia reforçado a sua influência de forma manifesta. A luta crescia, como traduz a grandiosa greve dos transportes públicos em Berlim.

O grande capital precisava urgentemente de uma força que representasse os seus interesses de classe. O Partido Nazi com Hitler era essa força.

Perante o impasse governativo na Alemanha, a 19 de Novembro de 1932, banqueiros, grandes industriais e grandes proprietários de terras endereçaram uma petição ao Presidente von Hindenburg solicitando-lhe, com insistência, que nomeasse Hitler como Chanceler.

A 4 de Janeiro de 1933 tem lugar o célebre encontro na casa de Colónia do banqueiro Kurt von Schröder, entre von Papen e Hitler. Aí seriam selados os principais arranjos que levaram, a 30 de Janeiro de 1933, o Presidente von Hindenburg a nomear Hitler para o posto de Chanceler.

Sem a mão dada pelos monopólios alemães a Hitler, e ao seu Partido Nazi, não lhe teria sido possível chegar ao poder e impor aos trabalhadores e povos alemão e aos povos da Europa o horror nazi-fascista.

Emil Kirdorf era detentor de: 263 milhões do capital da Gelsenkirchener Bergewerksgesellschaft (sociedade mineira) 120 milhões em acções da União das Siderugias detidos pela Gelsenkirchener Bergewerksgesellschaft 7,5 milhões do capital do cartel do carvão da região renana-vestfaliana. foi condecorado com a mais alta distinção nazi pelo apoio dado à ascensão do nazismo nos anos 20.

«Quem quer que tenha tido o prazer de participar nessa reunião não pode, (…) deixar de reconhecer a importância do vosso movimento para a estabilização da nossa pátria e desejar-lhe o maior sucesso.»

Emil Kirdorf, grande capitalista alemão, carta de agradecimento a Hitler pelo seu convite para o congresso do partido nazi, reproduzida pelo Völkischer Beobachter, 27 de Agosto de 1929

«É necessário encontrar um ditador que tenha o poder de fazer tudo o que é necessário. (…) temos esse homem. (…) A sua chegada significará antes de mais o início de um combate contra o comunismo.»

Hugo Stinnes dirigente da indústria pesada do Ruhr em encontro com embaixador norte-americano em 1923

«As aspirações comuns dos círculos económicos eram ver ascender ao poder na Alemanha um Führer forte, capaz de formar um governo destinado a permanecer muito tempo no poder.»

declarações de Kurt von Schröder, banqueiro alemão, no Tribunal de Nuremberga em 1947

«Quando, a 6 de Novembro de 1932, o NSDAP [partido nazi] registou o primeiro revés, o tempo do seu apogeu havia terminado, e um golpe de mão dos círculos económicos mostrou-se particularmente urgente.»

Declarações de Kurt von Schröder, banqueiro alemão, no Tribunal de Nuremberga em 1947

Hjalmar Schacht, Barão von Schröder, Fritz Thyssen, conde von Kalckreuth (presidente da União Agrícola), Friedrich Rheinhart (Commerz und Privatbank), Kurt Woermann (companhia de transportes Woermann), Fritz Beindorf (grupo de seguros Gerling), Kurt von Eichborn, Emil Helfferich (HAPAG), Ewald Hecker (Ilseder Hütte), Carl Vincent Krogmann (Câmara de Comércio de Hamburgo), Erich Lübert (presidente do comité director da Verkehrswesen AG), Erwin Merck, Joachim von Oppen (grande proprietário de terras), Rudolf Ventsky (Esslingen), Franz Heinrich Witthoeff, August Rostberg (grupo Wintershall), conde Robert von Keyserlingk (grande propietário de terras, membro do Herrenklub), Kurt Gustav Ernst von Rohr-Manze (grande proprietário de terras), e Engelbert Beckmann (Hengstey)

dirigiram uma Petição ao Presidente da Alemanha, Hindenburg, solicitando-lhe com insistência que nomeasse Hitler para a chanceler

«Enquanto democrata e partidário de um regime democrático e parlamentar, pareceu-me inevitável confiar a esse homem (Hitler) a tarefa de formar um governo, após o NSDAP [partido nazi] ter alcançado 40% dos votos nas eleições de Julho de 1932»

Hjalmar Schacht, Presidente do Banco Nacional alemão, no tribunal de Nuremberga

«Hitler e Schacht [o seu homólogo alemão] são na Alemanha bastiões da civilização. São os únicos amigos que temos naquele país. Defendem o nosso tipo de ordem social contra o comunismo»

Norman Montagu, Governador do Banco de Inglaterra, 1934, em Nova Iorque

Citado em Jacques Pauwels, Big Business avec Hitler, Ed Aden, 2013, p. 162

Destruição da URSS – o objectivo principal

A redivisão do mundo entre potências imperialistas, o projecto alternativo de sociedade e exemplo para os trabalhadores e povos do mundo que a URSS representava, sempre fizeram dela um objectivo a destruir.

Desde a Revolução de Outubro, passando pela criação da URSS em 1922, que o primeiro Estado socialista no mundo se torna num alvo a abater pelas grandes potências imperialistas. Intervenções externas, guerra civil, bloqueios, tudo serviu para procurar derrotar o primeiro processo de construção de uma sociedade socialista, de uma sociedade liberta da exploração do homem pelo homem.

A vastidão territorial e a enorme riqueza em matérias-primas, tornavam-na também apetecível à voracidade das potências imperialistas.

Hitler nunca escondeu a sua ambição de colonizar o Leste da Europa, para assegurar o ‘Lebensraum’, o ‘espaço vital’ alemão.

Quando em Janeiro de 1933 os nazis tomaram o poder na Alemanha, formaram-se dois grupos de potências no mundo capitalista: o primeiro, composto pela Alemanha, Itália e Japão, e unido no Pacto Anti-Comintern, colocou abertamente o problema da redivisão do mundo; o segundo grupo, composto por Reino Unido, França e Estados Unidos da América, detentores da maioria das riquezas mundiais, tomou partido pelo ‘status quo’. Esforçando-se por ultrapassar a divisão, os dirigentes das potências capitalistas, particularmente do Reino Unido e da França, procuraram dirimir as contradições à custa da destruição da URSS. Esse sempre foi o objectivo principal. Os homens de Estado de Londres, Paris e Washington deram a entender a Hitler e ao nazi-fascismo, que por todas as formas, poderia procurar o seu ‘espaço vital’ a Leste da Europa.

Foi para o Leste da Europa, e principalmente contra a URSS, que, a partir de 22 de Junho de 1941, a esmagadora maioria da força militar nazi-fascista foi mobilizada.

Massacres de populações inteiras, assassinato em massa nos campos de concentração, trabalho escravo, o povo soviético enfrentou os mais duros sofrimentos e os mais cruéis crimes, minuciosamente planeados pela besta nazi-fascista.

Ocultar, menorizar, deturpar, desvalorizar este facto histórico, é procurar reescrever a História, negando o conhecimento da verdade.

«se fosse italiano, estou seguro de que teria estado ao vosso lado, de alma e coração, do princípio até ao fim, na vossa luta triunfante contra as paixões e apetites animalescos do Leninismo »

Declarações de Churchill, em 1927, na Itália, após encontrar-se com Mussolini

Clive Ponting, Churchill, Sinclair-Stevenson, 1994, p. 350

«[a conquista de novos territórios] apenas é possível a Leste… essencialmente à custa da Rússia»

Mein Kampf, Hitler

«O alargamento do espaço alemão em direcção ao Leste e ao Sudeste da Europa não me parece hoje possível afastando as fronteiras mas antes apagando-as consideravelmente...Todavia, para ser bem sucedida, qualquer solução do problema de Leste necessita do acordo de Londres e de Washington.»

Carta de Edmund Stinnes (industrial alemão) a Hitler, 9 de Julho de 1931

«O grande objectivo do governo hitleriano é a luta contra o socialismo, quer dizer, contra o marxismo»

C.F. von Siemens a convite da General Electric Company para falar perante os altos representantes da finança americana, 27 de Outubro de 1931

«Se não enchermos nossos campos de trabalhadores escravos – neste recinto me permito definir as coisas de modo nítido e claro –, de operários-escravos que construam as nossas cidades, nossas vilas, nossas fábricas, a despeito de quaisquer perdas”, o programa de colonização e germanização dos territórios conquistados na Europa oriental não poderá ser realizado»

Cf. Heinrich Himmler, alto responsável nazi, citado em Bradley F. Smithe e Agnes F. Peterson, Geheimreden 1933 bis 1945 (Berlim, Propyläen, 1974), p. 156 e 159.

«o ataque lançado pela Wehrmacht [contra a URSS] em 22 de Junho de 1941 foi a maior operação militar única de que há registo histórico. Uma força não inferior a 3 050 000 homens participou na assalto […]. Nunca, nem antes nem depois, se travou batalha com tanta ferocidade, por tantos homens, numa frente de batalha tão extensa»

Adam Tooze, Professor de História Económica nas Universidades de Cambridge e Yale

Entre 22 de Junho de 1941, data da invasão da URSS pelas tropas nazis, e 9 de Maio de 1945, em média, perderam diariamente a vida mais de 14 mil soviéticos. Na Bielorrússia, um em cada quatro habitantes morreu durante a ocupação nazi.

22 de Março 1943 - Massacre de Katine (Bielorrússia)

Os nazis fecham num barracão de madeira os 149 habitantes da aldeia, incluindo velhos, mulheres e 75 crianças. Regam o edifício com gasolina e largam-lhe fogo. Os que tentaram fugir do barracão em chamas foram abatidos a tiro de metralhadora.

600

Aldeias da Bielorrússia soviética incendiadas com os seus habitantes.

2230000

Pessoas exterminadas pelo nazi-fascismo em três anos de ocupação só na Bielorrússia soviética. Na Bielorrússia, um em cada quatro habitantes morreu durante a ocupação nazi.

Devemos ser honestos, decentes, leais e bons camaradas para os membros do mesmo sangue que o nosso, mas só para com eles. O que acontece aos Russos e aos Checos, é-me completamente indiferente [...] O facto de as populações prosperarem ou morrerem à fome apenas me interessa na medida em que pudermos precisar delas, como escravos da nossa Kultur...

Himmler - Discurso de Posen citado por Didier Lazard, O Processo de Nuremberga

Não devemos germanizar o Leste da Europa no antigo sentido da palavra, isto é, ensinar à população a língua ou o direito alemães. Temos é de conseguir que seja apenas habitada por povos de puro sangue alemão.

Himmler

2000000

O número de homens e mulheres das regiões ocupadas do Leste enviados pelos nazis para Alemanha para trabalharem como escravos em 1942. em declaração oficial do Gauletier Fritz Sauckel, comissário do Reich para a Unificação do Poder do Trabalho

12000000

O número de escravos que havia na Alemanha, no ano de 1943, a trabalhar para os «senhores» alemães. em declaração oficial do Gauletier Fritz Sauckel, comissário do Reich para a Unificação do Poder do Trabalho

O contributo determinante da URSS

Foi a URSS, o povo soviético e o seu Exército Vermelho que – com grandes sacrifícios e enorme heroísmo – deu o maior e mais decisivo contributo para a Vitória sobre a poderosa máquina de guerra nazi-fascista e o desfecho da Segunda Guerra Mundial.

Moscovo, Leninegrado, Estalinegrado, Kursk, são batalhas que – pela sua duração e quantidade de tropas e de material bélico que envolveram – foram determinantes para o desfecho da Segunda Guerra Mundial. Batalhas em que as vitórias alcançadas pelo Exército Vermelho contribuíram de forma decisiva para a derrota do nazi-fascismo.

Dos cerca de 75 milhões de pessoas que perderam a vida na Segunda Guerra Mundial, cerca de 27 milhões eram cidadãos soviéticos.

Em 1942, o Exército Soviético combatia contra 98% do exército alemão operacional – 178 divisões concentradas na Frente Leste; na batalha de Estalinegrado, entre 17 Julho 1942 e 2 Fevereiro 1943, os exércitos do bloco nazi-fascista perderam cerca dum quarto das forças; quando o Exército Soviético rompe o cerco a Leninegrado, na defesa da segunda cidade da URSS tinham sido perdidas mais vidas do que o total de baixas dos EUA e Reino Unido na Segunda Guerra Mundial.

Em três anos, entre Junho 1941 e Maio 1944, a taxa média de baixas da Wehrmacht na Frente Leste foi de quase 60 000 mortos por mês. Média que aumentou significativamente nos últimos doze meses da guerra. O Exército Vermelho foi responsável por 90% das perdas alemãs na Segunda Guerra Mundial.

Foi com uma coragem inabalável, com enorme heroísmo, que o Estado soviético e o povo soviético, sob a direcção do Partido Comunista, travou a maior batalha da sua história, resistiu às maiores adversidades, alcançou a libertação da sua pátria e libertou outros povos da Europa do jugo nazi-fascista.

Negar este facto é falsificar a verdade histórica.

90%

O Exército Vermelho foi responsável por 90% dos soldados alemães mortos na II GM.

Jacques Pauwels, The myth of the Good War, James Laurimer & Company Publishers, Toronto, 2015 (ed. Revista), p.73

«Enquanto no Ocidente e na campanha da Polónia as forças do inimigo cercadas se rendiam quase a 100 por cento, aqui [na URSS] as coisas passam-se de maneira diferente. (…) As informações vindas da frente confirmavam que os russos combatem em toda a parte até ao último homem.»

Estado-Maior Alemão

3000000

Dos mais de 3 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos, 2 milhões foram assassinados à fome, ao frio, por fuzilamento ou sob a tortura pelos nazis.

1942

«o exército soviético combatia contra 98% do exército alemão operacional – 178 divisões concentradas na frente leste – enquanto que os britânicos combatiam contra 4 no Norte de África»

Clive Ponting, Churchill, Sinclair-Stevenson, 1994, p. 566

60000

Entre Junho 1941 e Maio 1944, a taxa média de baixas da Wehrmacht na Frente Leste foi de quase 60 000 mortos por mês.

Clive Ponting, Churchill, Sinclair-Stevenson, 1994, p. 566

Batalha de Moscovo

Junho de 1941-Abril de 1942

O nazi-fascismo perdeu:

1500000

soldados

1300

tanques

2500

canhões

Batalha de Estalinegrado

Setembro de 1942-Fevereiro de 1943

O nazi-fascismo perdeu:

1500000

soldados

3000

tanques e canhões motorizados

12000

canhões e morteiros

4000

aviões

Batalha de Kursk

(Julho-Agosto 1943)

O nazi-fascismo perdeu:

500000

soldados

1500

tanques

3700

aviões

Cerco de Leninegrado

900

Os dias que durou o Cerco de Leninegrado. A cidade nunca foi conquistada pelo nazi-fascismo!

92%

A percentagem de todas as tropas terrestres da Alemanha nazi que combatiam contra a URSS na Frente de Leste até ao Verão de 1944 (data da abertura da segunda frente, pelas tropas anglo-americanas)

«Guerra dos caminhos-de-ferro»

No Verão de 1943 a guerrilha assume proporções gigantescas nas regiões ocupadas da URSS. 120 mil guerrilheiros soviéticos participam no descarrilamento de 11 mil comboios das forças nazis. Destroem 22 000 camiões. Dinamitam 5500 pontes.

«A guerra de emboscadas transformou-se numa verdadeira calamidade, por abalar seriamente o moral dos soldados na frente de combate.»

General nazi Guderian

Os destacamentos de guerrilheiros soviéticos que actuavam no território ocupado pelos nazis, desempenharam um importante papel na defesa de Moscovo e na contra-ofensiva que se seguiu.

74%

A percentagem de todas as tropas terrestres da Alemanha nazi que combatiam contra a URSS na Frente de Leste após a abertura da segunda frente, pelas tropas anglo-americanas.

Noruega

A 25 de Outubro de 1944 o Exército Soviético liberta a cidade norueguesa de Kirkenes contribuindo com essa acção para a libertação da Noruega do nazi-fascismo.

«jamais poderá ser vencido um povo cujos operários e camponeses, na sua maioria, compreenderam, sentiram e viram que estão a defender o seu Poder Soviético – o poder dos trabalhadores, que estão a defender a causa cuja vitória lhes há-de assegurar, a eles e aos seus filhos, a possibilidade de se servirem de todos os bens da cultura e de todos os frutos do esforço humano»

Lénine

Perdas Humanas

URSS

20000000

França

600000

Reino Unido

350000

EUA

300000

Libertação de Auschwitz pelo Exército Soviético

Salazar com o nazismo

A ditadura fascista, dirigida por Salazar, sob a máscara de uma falsa ‘neutralidade’, apoiou o nazi-fascismo, primeiro na Guerra Civil de Espanha e depois na colaboração com o fascismo italiano e o nazismo alemão durante a Segunda Guerra Mundial.

Salazar teve um importante papel no avanço do fascismo na Europa. A ditadura fascista em Portugal inspirou-se no fascismo de Mussolini e, depois, no nazismo de Hitler: partido fascista, censura, interdição dos sindicatos independentes, polícia política, repressão massiva, prisão, tortura…

O campo de concentração do Tarrafal (1936) seguia o modelo nazi.

Entre outros exemplos, Salazar ajudou activamente os franquistas na Guerra Civil de Espanha; apoiou as cedências das potências imperialistas ocidentais a Hitler e Mussolini e a sua caminhada vertiginosa para a guerra; saudou a invasão de Mussolini da Abissínia (como era conhecido então o Império da Etiópia) e a anexação da Áustria pelo nazismo; elogiou Chamberlain, Primeiro-ministro britânico, pelas cedências ao nazi-fascismo em Munique, que abriram caminho à invasão nazi da Checoslováquia; criticou a aliança dos EUA, Reino Unido e URSS face aos países do Eixo, Alemanha, Itália e Japão.

Por detrás da proclamada «neutralidade» de Salazar, que hoje continua a ser repetida até à exaustão, escondia-se o efectivo apoio a Hitler.

Lisboa transformou-se num centro de espionagem nazi. A imprensa e a rádio faziam intensa propaganda nazi. Portugal forneceu para a Alemanha produtos alimentares, tecidos, volfrâmio, tudo o que tinha e interessava a Hitler para a guerra, enquanto o povo português passava fome, vivia à míngua, fazia filas para se abastecer.

2/3

Em 1943, dois terços das conservas portuguesas foram para a Alemanha.

Telegrama de Lisboa para Berlim – 3.3.1943 – Nr. 670 de 2-3 «Contacto com o director do Instituto do Peixe deu como resultado […] que o Instituto oferecer-nos-á de novo 200 000 caixas. O instituto deu a entender ser possível a conclusão de um novo acordo. Assinado Huene»

«(…) no nosso mercado escasseiam muitos artigos de primeira necessidade necessários à vida nacional tais como a manteiga, a banha, o sulfato de cobre, o açúcar, o azeite, o café, as carnes fumadas, os metais, etc. que são enviados por caminho de ferro ou por camião para Espanha quando não seguem na maioria das vezes directamente para a fronteira franco-espanhola»

Avante, Agosto de 1941

«Por Castelo Branco e por Melgaço saem diariamente dezenas de caminhetas carregadas dos mais diversos produtos destinados à Alemanha ou aos países por ela dominados»

Avante, Agosto de 1941

«(...) o governo fascista de Salazar (...) forneceu copiosamente matérias-primas e géneros alimentícios aos países do Eixo [nazi-fascista] com evidente prejuízo da situação alimentar e sanitária do povo português»

Comunicado ao Povo Português, Conselho Nacional de Unidade Anti-Fascista, Janeiro de 1944

«A grandeza das forças que hoje enfrentam o comunismo russo não carece de colaboração nossa na frente de batalha mas devemos considerar-nos mobilizados e prontos a travar o combate, logo que seja necessário, neste extremo ocidental da Europa»

Costa Leite, chefe da Legião Nacional – 11.06.1942

«Vários refugiados alemães antifascistas têm desaparecido de Portugal, por terem sido entregues pela PIDE à Gestapo, que os tem assassinado ou enviado para campos de concentração»

Presidente do Comité Internacional de Auxílio aos refugiados em declaração lida em 1.11.1941 nos EUA.

«[…] Segundo comunicado do enviado Hewel, o general-marechal de campo Keitel apresentou ao Führer os pedidos portugueses para o envio de armas (cerca de 30 milhões de marcos) as quais devem ser fornecidas em troca de mercadorias portuguesas, sobretudo volfrâmio e sardinha em azeite. Ficou estabelecido que os desejos portugueses serão satisfeitos. Por isso o Führer decidiu que todas as armas sejam fornecidas a Portugal»

Assinado: Schuller. Informe ao ministro dos Negócios Estrangeiros do Reich. Z.Hd.V.Hen ORR Kopelmam. Secreto. Berlim 7.1.1943

«(...) o governo fascista de Salazar […] permitiu a actividade desenfreada dos espiões hitlerianos e que só agora por esperteza política , pretende desatrelar-se do carro da derrota hitleriana.»

Comunicado ao Povo Português, Conselho Nacional de Unidade Anti-Fascista, Janeiro de 1944

«A Espanha tem de corresponder ao que Portugal fez por ela em 1936.»

o comandante da Polícia Armada Espanhola vindo a Lisboa trabalhar com o ministro do Interior e a polícia Salazarista - Século, 24-01-1963

«O germano é tradicionalmente o escudo da Europa perante a pressão eslava.»

nostalgia de Salazar ao Le Figaro em 4 de Setembro de 1959 do passado em que Hitler dominava grande parte da Europa.

O PCP durante a guerra

Durante a Segunda Guerra Mundial, com o importante contributo do PCP, tiveram lugar em Portugal importantes lutas operárias pelo pão e pelos géneros que faltavam e que eram canalizados para a Alemanha.

Os anti-fascistas portugueses, e em primeiro lugar os comunistas, apesar da consolidação do fascismo na Europa e em Portugal, das duras condições em que travavam a luta, não desistem da sua luta. Apoiam os republicanos espanhóis e denunciam a preparação da guerra. Desmascaram a falsa neutralidade de Salazar.

Em consequência da falta de géneros alimentares, que iam para a Alemanha, a situação do povo português é desesperada. As lutas começam a surgir e a desenvolver-se: contra a saída de géneros do país, por aumentos de salários, pela melhoria do abastecimento. Em Julho e Agosto de 1943 assiste-se ao maior surto grevista desde o advento do fascismo.

O Avante, órgão central do PCP, é o único a informar livremente sobre o curso da guerra.

Desenvolve-se e reforça-se a unidade antifascista. Em Janeiro de 1944 cria-se na clandestinidade o MUNAF (Movimento de Unidade Nacional Anti-fascista) de que fazem parte os comunistas, católicos, socialistas, republicanos, anarquistas, liberais. Em Maio do mesmo ano têm lugar importantes lutas e greves na zona de Lisboa. Com o impetuoso avanço do Exército Vermelho, é claro para o povo português que a possível derrota do nazismo poderia abrir condições favoráveis para o derrubamento do fascismo em Portugal.

A vitória sobre o nazi-fascismo é comemorada nas ruas pelo povo português. Dezenas de manifestações têm lugar no país. Exige-se a democracia.

Serão os EUA e o Reino Unido a salvar o fascismo, a «recuperar» Salazar. Portugal torna-se, pela mão anglo-americana, membro fundador da NATO em 1949. É com as armas da NATO que irá reprimir o povo português e irá conduzir 13 anos de Guerra Colonial. Será com o apoio político, económico e diplomático dos países da NATO que o fascismo resistirá mais 29 anos. Será a luta dos trabalhadores e do povo português que levará à derrota do fascismo a 25 de Abril de 1974.

Mitos e mentiras sobre o Pacto Germano-Soviético

A classe operária tomou a dianteira na Resistência anti-fascista. Os comunistas foram os primeiros a serem enviados para os campos de concentração e, juntamente com muitos outros anti-fascistas, a pagar com a vida o seu amor à liberdade.

1933

O Partido Comunista da União Soviética e o Governo soviético propuseram a criação de um sistema de segurança colectiva na Europa

1935

São assinados os tratados soviético-checoslovaco e soviético-francês destinados a prevenir a ameaça de agressão nazi.

1936

A URSS disponibiliza-se para ajudar a França após a invasão nazi das zonas desmilitarizadas do Reno. A França recusa a ajuda.

1936-1939

Enquanto o nazismo alemão e fascismo italiano apoiam os fascistas espanhóis e as potências ocidentais declaram uma «política de não intervenção», a URSS apoia o legítimo governo da República Espanhola.

28 de Setembro de 1937

«A manutenção da independência da Áustria exige acções rápidas e unidas de todos os países interessados em garantir a paz na Europa. Só essas acções podem deter o agressor e prevenir a criação de um novo foco de guerra.»

Pravda

12 de Março de 1938

Com a cumplicidade do Reino Unido e da França a Alemanha nazi anexa a Áustria. A URSS foi o único país que condenou a invasão e anexação da Áustria.

17 de Março de 1938

«Amanhã pode já ser tarde, mas hoje ainda estamos a tempo disso, se todos os Estados, particularmente as grandes potências, assumirem uma posição firme e inequívoca relativamente ao problema da defesa colectiva da paz.»

Declaração oficial do governo soviético condenando a anexação da Áustria pela Alemanha nazi.

18 de Março de 1938

A URSS propõe a realização de uma conferência em que participem representantes seus, do Reino Unido, França, Polónia, Roménia e Turquia.

16 de Abril de 1938

A URSS propôs ao Reino Unido a realização de um Pacto de Assistência Mútua entre a URSS, o Reino Unido e a França. Esse Pacto deveria ser reforçado por uma convenção militar entre os três Estados, que garantisse o auxílio a todos os Estados da Europa Central e Oriental que se sentissem ameaçados pela Alemanha nazi. Esta proposta da URSS não teve nenhuma resposta concreta.

25 de Outubro de 1938

A URSS manteve até 25 de Outubro de 1938 tropas nas suas fronteiras ocidentais prontas a defender a Checoslováquia, cumprindo com o tratado soviético-checoslovaco de 16 de Maio de 1935. A capitulação do governo checoslovaco perante a Alemanha nazi retirou qualquer sentido à disponibilidade de ajuda da União Soviética.

15 de Março de 1939

Após o Acordo de Munique (Setembro 1938) – com o qual os governos do Reino Unido e da França incitaram Hitler à guerra contra a URSS – o nazi-fascismo invade e ocupa a Checoslováquia. A ocupação dura 6 anos.

Setembro de 1939

Na sequência da invasão da Polónia pelas forças nazis e após a declaração de guerra à Alemanha pela França e o Reino Unido, em Setembro de 1939, foram 9 os meses sem que houvesse qualquer acção militar por parte destes dois países contra as forças nazis.

Setembro de 1939 a Abril de 1940

160

foi o número de conversações que a França e o Reino Unido mantiveram com a Alemanha nazi, de Setembro de 1939 a Abril de 1940, com o intuito de alcançarem um acordo. Os EUA, que se haviam declarado neutrais, apelavam a Hitler para dar provas de humanidade.

A invasão da Polónia foi para o comando nazi alemão «uma dança sobre um barril de pólvora com o rastilho já ligado. Se as forças de que a França e a Inglaterra dispunham a Ocidente, em grande superioridade, se tivessem movimentado, a guerra teria terminado inevitavelmente. Na Polónia ter-se-iam interrompido as acções de combate. No máximo dentro de uma semana estariam perdidas as minas do Sarre e a região do Rur.»

Vormann, membro do Estado-Maior de Hitler no fim da guerra

«Se nós não fomos derrotados na Polónia em 1939 isso deveu-se apenas a que no Ocidente, no período da campanha polaca, 110 divisões francesas e inglesas se opunham em completa inacção a 25 divisões alemãs.»

A.Jodl, chefe do Estado-Maior das forças armadas nazis no Julgamento em Nuremberga (Novembro de 1945 – Outubro de 1946)

Os comunistas na vanguarda da resistência

A classe operária tomou a dianteira na Resistência anti-fascista. Os comunistas foram os primeiros a serem enviados para os campos de concentração e, juntamente com muitos outros anti-fascistas, a pagar com a vida o seu amor à liberdade.

Os comunistas estiveram em todas as frentes na vanguarda da luta contra o nazi-fascismo.

Foram os comunistas os primeiros a serem enviados para os campos de concentração. Milhões de comunistas e de outros anti-fascistas pagaram com a vida o seu amor à liberdade.

Enfrentaram de cabeça erguida os pelotões de fuzilamento, aí no derradeiro momento das suas vidas, com a confiança nos milhões que continuavam o combate. Homens e mulheres que deram a vida por uma pátria livre e um mundo liberto do horror nazi-fascista.

Organizaram e protagonizaram o combate de guerrilha, resistindo à ocupação de numerosos países pelas tropas nazis e seus aliados.

A classe operária, com os comunistas, desempenhou um papel determinante na unidade das forças anti-fascistas. Foi ela a principal protagonista da Resistência à ocupação enquanto a classe dominante traía.

Por mais que os representantes dos mesmos interesses reaccionários de outrora queiram esconder, os comunistas estiveram, estão e estarão na primeira linha da luta contra o fascismo, pela liberdade, pela soberania, pela democracia, pela emancipação dos povos.

Itália

Na resistência contra o fascismo participam 350000 italianos, do quais 210000 italianos são membros do Partido Comunista Italiano. Dos 71 000 guerrilheiros, 41 000 são das Brigadas Garibaldi (dirigidas por comunistas).

França

Os comunistas franceses têm um papel-chave e de vanguarda na resistência armada contra o invasor nazi. Convocam greves sucessivas e dirigem acções de guerrilha. Os comunistas figuram à cabeça das vítimas dos tribunais especiais do governo colaboracionista de Vichy e da Gestapo.

Jugoslávia

Em 1941 inicia-se a resistência popular na Jugoslávia dirigida pelo Partido Comunista Jugoslavo. O movimento guerrilheiro jugoslavo com as suas acções inflige aos nazis duras derrotas. Em Outubro de 1944, com o Exército Soviético, libertam Belgrado. Os comunistas têm um papel destacado na libertação da Jugoslávia.

Grécia

O Exército de Libertação desencadeia em 1944 constantes acções armadas contra os nazis. Após a retirada destes, o povo grego realiza um levantamento nacional. Com a intervenção das tropas do Reino Unido esse levantamento é reprimido. Manifestantes em Atenas e no Pireu são alvejados a tiro pelos soldados britânicos (Dezembro de 1944).

Bulgária

Os comunistas búlgaros, sob a direcção de Dimitrov, contribuíram decisivamente para o movimento insurreccional através do Exército de Libertação Popular (18000 efectivos e mais de 200000 activistas)

Cartas de Fuzilados

7 de Março de 1942 - Pierre Sémard

Aguardo a morte com calma(...). Morro com a certeza da libertação. Digam aos meus amigos ferroviários que não façam nada que possa ajudar os nazis. Eles vão compreender-me(...). Está próxima a hora de morrer. Mas eu sei que os nazis que vão fuzilar-me já estão vencidos...

in Cartas de Fuzilados, Campo das Letras, 1995

Missak Manouchian

Tinha-me alistado no Exército de Libertação como soldado voluntário e morro a dois passos da vitória e da meta a atingir. Felizes aqueles que vão sobreviver e apreciar a doçura da Liberdade e da Paz do futuro. Estou certo de que o povo Francês e todos os combatentes da Liberdade saberão honrar dignamente a nossa memória. Na hora de morrer, afirmo que não sinto nenhum ódio pelo povo alemão nem por quem quer que seja, cada um terá o que merece como castigo e como recompensa. O povo alemão e todos os outros povos viverão em paz e fraternidade depois Da guerra que já não durará muito.

in Cartas de Fuzilados, Campo das Letras, 1995

Francine Fromond

É graças ao nosso Partido que eu vivo esta alegria. Que o teu pequeno Claude a experimente quando tiver idade para o entender. É por ele e pelos da sua geração que eu morro. Será assim, estou bem certa. Que os meus camaradas pensem, não em mim, mas na dedicação que eu tinha pelo nosso grande Partido, e que isso os encoraje a resistir nos dias difíceis.

in Cartas de Fuzilados, Campo das Letras, 1995

DANIELLE CASANOVA

[...] Somos 231 mulheres, jovens, velhas, adoentadas e mesmo enfermas. O moral de todas é magnífico e a nossa bela Marselhesa soou mais de uma vez. [...] Acabamos de ler o comunicado, eles reconheceram a derrota de Stalinegrado, ontem reconheciam a de Véliki, amanhã reconhecerão a de Rostov. A vitória avança. Sentimo-nos orgulhosas de ser Francesas e comunistas. Nunca baixaremos a cabeça. Apenas vivemos para lutar. [...] A nossa bela França será livre o nosso ideal triunfará…

10 de Maio de 1943, in Cartas de Fuzilados, Campo das Letras, 1995

JULIEN HAPIOT

[...] Sim, sinto-me orgulhoso quando olho para trás, por ter seguido o caminho traçado pelo nosso glorioso Partido. E é este passado que os torcionários da polícia de Vichy e os carrascos da Gestapo me propuseram trair, como se a morte não fosse muito mais doce do que a traição. [...] os comunistas são os seus principais inimigos, as torturas que me infligiram não fizeram mais que reforçar a minha convicção de que os comunistas são os campeões da luta libertadora.

10 de Maio de 1943, in Cartas de Fuzilados, Campo das Letras, 1995

JULIEN HAPIOT

Se não tenho a alegria de ver a vitória final que é certa, tenho pelo menos a satisfação de assistir aos brilhantes sucessos do Exército Vermelho... Todos os patriotas presos se interrogam porque é que os Anglo-Americanos não criaram ainda uma verdadeira segunda frente europeia, mas todos têm a certeza de que o hitlerismo não sobreviverá muito tempo [...] Por mim, reafirmo a minha admiração pelos combatentes e pelos povos da União Soviética...

10 de Maio de 1943, in Cartas de Fuzilados, Campo das Letras, 1995

França

75000

O Partido Comunista Francês com cerca de 75 000 dos seus membros mortos pelo nazi-fascismo, ganhou o heróico título de «o partido dos fuzilados»

França

50000000

O «L’Humanité», órgão central do PCF, continuou, durante a ocupação nazi-fascista, a circular e a incitar à luta libertadora. O «L’Humanité» clandestino terá difundido até à libertação de Paris mais de 50 milhões de exemplares.

Alemanha

Prisões de anti-fascistas efectuadas na Alemanha

80000
70000
60000
50000
40000
30000
42580
45044
46302
52939
56830
66991
Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Mai.
Jun.

Buchenwald

Em Abril de 1945 tem lugar a revolta dos presos no campo de concentração de Buchenwald em que participam activamente os comunistas alemães. À data da libertação do campo, o núcleo clandestino do Partido Comunista Alemão era constituído por 629 prisioneiros.

O fascismo no poder é (…) a aberta ditadura terrorista dos elementos mais reaccionários, mais chauvinistas e mais imperialistas do capital financeiro.

Georgi Dimitrov

A variante mais reaccionária do fascismo é o fascismo do tipo alemão; intitula-se impudentemente nacional-socialismo, sem nada ter de comum com o socialismo alemão. O fascismo alemão não é apenas um nacionalismo burguês, é um chauvinismo brutal. Trata-se de um sistema governamental de banditismo político, um sistema de provocação e de tortura destinado à classe operária, aos elementos revolucionários do campesinato, à pequena burguesia e aos intelectuais. É a barbárie medieval e a selvajaria. É uma agressão desenfreada aos outros povos e a outros países

Georgi Dimitrov

O fascismo alemão surge como a tropa de choque da contra-revolução internacional, como o principal fomentador da guerra imperialista, como instigador da cruzada contra a União Soviética, a grande pátria dos trabalhadores do mundo inteiro.

Georgi Dimitrov

O mundo reconhece o papel dos comunistas

Noruega

«O povo norueguês jamais se esquecerá da contribuição do povo soviético na Segunda Guerra Mundial e, designadamente, da sua participação na libertação da Noruega.»

Einar Gerhardsen, primeiro-ministro da Noruega, em visita à URSS, 10 de Novembro de 1955.

França

«… A França escapou à supressão definitiva graças à União Soviética, cujo mérito residia em ter ela desempenhado o papel central na derrocada do fascismo germânico».

L’ Humanité, 10 de Dezembro de 1954

Polónia

«O exército Soviético libertou o nosso país da canga da ocupação hitleriana, criando condições para se reorganizar a estrutura do nosso país no espírito de justiça social.»

Josef Cyrankiewicz, Presidente do Conselho de Ministros da Polónia, 7 de Novembro de 1948

Roménia

«O governo romeno e o povo romeno agradecem ao Exército Vermelho libertador.»

Petru Groza, Presidente do Conselho de Ministros da Roménia, em mensagem enviada a José Estáline, 16 de Maio de 1945.

Bulgária

«Nesta hora solene, o nosso pensamento volta-se para o vitorioso Exército Vermelho que, ao preço dos sacrifícios incontáveis e com um heroísmo ímpar, sustentou esta luta gigantesca contra a tirania, conquistando, merecidamente, a vitória definitiva.»

Conselho de Regência da Bulgária em carta a José Estáline após a libertação da Bulgária da escravidão fascista.

Checoslováquia

«O resultado da vitória sobre a Alemanha hitleriana é a consumação da grande causa de salvamento da nação. Esta insigne vitória militar foi alcançada sobretudo graças aos feitos heróicos e ímpares do Exército Vermelho e da União Soviética»

Zdenek Fierlinger, primeiro-ministro da República da Checoslováquia, mensagem enviada a José Estáline, por ocasião da vitória sobre a Alemanha fascista

Jugoslávia

«Neste momento, o mais grandioso da vitória sobre a Alemanha hitleriana, o povo da Jugoslávia envia felicitações calorosas e manifesta um profundo e fraternal reconhecimento ao Exército Vermelho e ao povo da União Soviética por todos os imensos sacrifícios e esforços que eles fizeram para salvar toda a humanidade e assegurar-lhe um futuro melhor.»

Josip Broz Tito em telegrama endereçado a dirigentes soviéticos a 9 de Maio de 1945

Hungria

«A Hungria foi libertada da opressão hitleriana pela União Soviética ao preço de sacrifícios sangrentos que, pelo seu peso, ultrapassaram os sacrifícios feitos na luta contra outros aliados da Alemanha fascista.»

decreto do Presidium da Assembleia Popular da República Popular da Hungria

Áustria

«Agradecemos ao Estado Russo (…) a libertação e ajuda generosa que nos salvou nos tempos de duras provações, e juramos, em nosso nome e em nome das gerações futuras: tão firme como o granito deste monumento, será a nossa confiança e a nossa gratidão inabalável ao Exército Vermelho»

Karl Renner, chefe do governo provisório da Áustria, durante a inauguração do monumento aos soldados soviéticos que tombaram nos combates pela libertação da Áustria, no Verão de 1945, em Viena

Dinamarca

«Todos os povos agradecem, hoje, à União Soviética a sua colossal contribuição para a causa da derrota do inimigo mais terrível de toda a humanidade.»

A Christmas Meller, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca

Itália

«Na hora da grande vitória, a Itália saúda os povos das Repúblicas Soviéticas que derramaram rios de sangue para acabar com o perigo do fascismo e do nazismo no mundo»

Ivanoe Bonomi, presidente do Conselho de Ministros em mensagem datada de 16 de Maio de 1945

Bélgica

«Acredito que toda a gente, na Europa, de dá conta da gigantesca contribuição da União Soviética para a guerra contra o hitlerismo, se dá conta de que foi este o seu factor determinante»

Paul Henri Spaak, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Bélgica em entrevista ao jornal «Izvestia», 8 de Maio 1965.

Mito da excepção de Hiroshima

O ataque à população como arma de guerra foi uma prática recorrente das forças militares anglo-americanas na Segunda Guerra Mundial. Os bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasáqui não foram excepções. As populações de Hamburgo, Marselha, Dresden ou Tóquio, foram alvo de massivos bombardeamentos anglo-americanos.

A conduta na guerra evidenciou a natureza dos beligerantes envolvidos na Segunda Guerra Mundial. A barbárie nazi-fascista é bem conhecida. A aniquilação atómica de duas cidades japonesas pelos EUA é outro crime maior da História. Mas não foi caso único. O ataque a populações como arma de guerra pelas forças militares anglo-americanas está bem documentado.

A 25 Setembro de 1941, o Chefe da Força Aérea britânica, numa apresentação a Churchill, referia que o ponto fraco da Alemanha era o moral da população e em particular dos operários da indústria. Tratava-se de criar a perturbação da indústria e da vida social, apontando que seria nas cidades densamente povoadas que o ‘efeito moral’ dos bombardeamentos se poderia fazer sentir com mais força.

Churchill defendeu o uso de armas químicas (que usara contra a Rússia Soviética em 1919) contra populações.

Os bombardeamentos anglo-americanos atingiram proporções dramáticas em Hamburgo (Julho de 1943, 35 mil mortos), Dresden (Fevereiro de 1945, 100 mil mortos) ou Tóquio (Março de 1945, 100 mil mortos).

O elemento de classe esteve presente na forma como, ainda antes do final da Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido e os EUA viraram armas contra a resistência dos povos que se tinham lançado no combate anti-fascista, para impedir que a libertação fosse também social. A resistência grega da EAM-ELAS (com forte influência comunista) foi aniquilada pela violência, sob direcção anglo-americana, no que inadequadamente se convencionou chamar ‘Guerra Civil’. E a 27 de Maio de 1944, a Marselha ocupada em greve geral é bombardeada por aviões americanos. Os bairros operários são os primeiros a ser atingidos. Balanço: mais de 10 mil casas são atingidas, e 5 mil vítimas ficam sob os escombros. Nenhum alvo inimigo foi atingido!

A 6 e 9 de Agosto de 1945, os Estados Unidos da América lançaram bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasáqui. O injustificável horror lançado sobre as populações destas duas cidades japonesas provocou 250 mil mortes e muitos outros milhares de vítimas, deixando terríveis sequelas que perduram setenta anos depois. Trata-se de um dos maiores crimes jamais cometido que não pode, nem deve ser esquecido.

Os bombardeamentos nucleares sobre Hiroshima e Nagasáqui realizaram-se num momento em que o Japão se encontrava derrotado e se haviam dado passos no sentido da sua rendição. Acima de tudo, o lançamento da bomba atómica pelos EUA contra as populações japonesas constitui uma fria e premeditada demonstração do seu poderio militar no final da Segunda Guerra Mundial, que marca o início da sua ameaça e chantagem nuclear ao mundo e, antes de mais, à União Soviética, para afirmar os EUA como potência hegemónica no plano mundial.

Aqueles que hoje procuram falsificar o passado, são os mesmos que encobrem que há quem na actualidade prepare novas guerras e sofrimentos aos povos do mundo.

«Podemos encharcar as cidades do Rhur e muitas outras na Alemanha de tal forma que a maioria da população necessite de cuidados médicos permanentes»

Churchill citado em Clive Ponting, Churchill, Sinclair-Stevenson, 1994, p. 237

Bombardeamento anglo-americano de Dresden

35000

Mortos

«Podemos encharcar as cidades do Rhur e muitas outras na Alemanha de tal forma que a maioria da população necessite de cuidados médicos permanentes»

Churchill citado em Clive Ponting, Churchill, Sinclair-Stevenson, 1994, p. 237

Bombardeamento anglo-americano de Dresden

100000

Mortos

Mito do Dia D

Ao Desembarque na Normandia, correntemente conhecido como Dia D, é atribuído pela ideologia dominante um papel de crucial relevo no desfecho da Segunda Guerra Mundial, desvalorizando e diminuindo o contributo da URSS e do Exército Vermelho para a derrota do nazi-fascismo

Muitos mitos se constroem em torno do Dia D, para eles muito contribuí uma poderosa máquina de propaganda – presente em livros, filmes, documentários – que procura atribuir ao desembarque na Normandia um carácter que não teve, o de ter sido determinante para a derrota do nazi-fascismo.

Não foi o Dia D que determinou a derrota do nazi-fascismo. Para demonstrar tal evidência bastaria olhar para o calendário: o desembarque foi em Junho de 1944.

Em Junho de 1944 já o Exército Soviético havia travado três das maiores batalhas da Segunda Grande Guerra. Essas sim, determinantes para o desenlace da guerra. Aí foi destroçado o grosso das forças militares nazi-fascistas.

Em Junho de 1944 já o Exército Soviético libertara quase toda a URSS e preparava-se para levar a libertação até Berlim.

Foi apenas em Junho de 1944 que os anglo-americanos, depois de inúmeros apelos da URSS para abrir uma segunda frente, que há dois anos adiavam, se decidiram pelo Dia D.

Foram a URSS, o povo soviético, o seu Exército Vermelho os grandes obreiros da derrota do nazi-fascismo. Para essa derrota contribuíram também as outras forças Aliadas e a Resistência popular armada de numerosos países (da China à França), onde os comunistas assumiram um papel fundamental.

Na Frente Leste foram capturadas, derrotadas ou esmagadas 607 divisões nazi-fascistas Mais do triplo das perdas nazi-fascistas nas frentes do Norte de África, Itália e Europa Ocidental, todas juntas.

«Pode-se dizer, sem exagero que a Frente Leste sugava com persistência toda a força viva combativa e o material de guerra dos exércitos alemães que se encontravam no Ocidente. Devido a isso, com as acções tácticas e organizativas realizadas no Ocidente, não fazíamos mais que tapar buracos»

Bodo Zimmerman, chefe da secção operacional das tropas nazis da Frente Ocidental

«Desde 1943 que a base da Frente Ocidental era composta de velhos, munidos de armamentos obsoletos. Nem os efectivos nem os armamentos estavam de acordo com os requisitos dos duros combates que se avizinhavam.»

Bodo Zimmerman, chefe da secção operacional das tropas nazis da Frente Ocidental

«Quando os aliados ocidentais empreenderam, no Verão de 1944, a ofensiva contra a fortaleza da Europa, o desfecho da Segunda Guerra Mundial já fora praticamente determinado pela derrota da Alemanha na Rússia.

Heinrich Rieker, historiador alemão

«A Alemanha perdera a Segunda Guerra Mundial antes da invasão do Ocidente: o exército alemão estava tão debilitado em consequência da árdua luta travada durante três anos na Europa Oriental, que já não podia oferecer às tropas americanas e inglesas que desembarcaram na Normandia uma resistência firme.»

Heinrich Rieker, historiador alemão

«Ao homem da rua deve parecer que a Rússia está a ganhar a guerra. Mas se essa impressão perdurar, qual será a nossa situação na arena internacional depois da guerra, em comparação com a da Rússia? A nossa situação na arena internacional poderá mudar facilmente, e a Rússia transformar-se-á em dona diplomática do mundo»

Smuts, ex-primeiro-ministro da então União Sul-Africana, em mensagem enviada a Churchill, 31 de Agosto de 1943

«Comparar os esforços anglo-americanos, tendo em conta todos os nossos vastos recursos, com os esforços envidados pela Rússia durante o mesmo período, é tocar em questões melindrosas que vêm inevitavelmente à mente de muitas pessoas.»

Smuts, ex-primeiro-ministro da então União Sul-Africana, em mensagem enviada a Churchill, 31 de Agosto de 1943

«No Leste a cortina de ferro avança constantemente para ocidente e, por detrás dela, consuma-se a obra de destruição vedada aos olhos do mundo.»

Von Krosigk, último ministro dos Negócios Estrangeiros nazi num último apelo ao Reino Unido e aos EUA, 3 de Maio de 1945.

Colonialismo entra em colapso

Com a Vitória sobre o nazi-fascismo, o prestígio alcançado pela URSS, pelo socialismo, o fortalecimento do movimento operário e dos partidos comunistas, o avanço das forças da paz e do progresso social, a conquista da independência nacional por numerosos povos na Ásia e em África, teve um enorme impacto na correlação de forças ao nível mundial.

Na Segunda Guerra Mundial participaram sessenta e um Estados, a que nesse momento correspondia cerca de 80% da população mundial.

Nas forças Aliadas houve uma participação significativa dos povos de África e da Ásia. Na Índia foram mobilizados mais de 2,5 milhões de homens para o exército britânico. Um milhão de africanos combateram nas fileiras dos Aliados, 300 mil argelinos integravam as forças que lutavam pela França antes da libertação de Paris.

Os povos da China, da Coreia, do Vietname, da Birmânia, da Indonésia, das Filipinas, da Malásia e de outros países do Leste e Sudeste asiático, desempenharam um papel importante na derrota do militarismo japonês. Os povos de África também, por exemplo no combate à Itália fascista.

Estes povos perderam milhões de pessoas nos campos de batalha, durante os bombardeamentos, nos massacres, prisões e campos de concentração do invasor. As perdas estão cifradas em cerca de 10 milhões de pessoas na China, 2 milhões na Indonésia, 1 milhão nas Filipinas, 800 mil na Etiópia.

As economias destes países sofreram prejuízos colossais.

Mas o sofrimento não terminou com o fim da guerra. Para estes povos, que contribuíram para a derrota do nazi-fascismo, o fim da Segunda Guerra Mundial não significou, no imediato, a sua libertação, a sua independência. À Segunda Guerra Mundial seguiu-se uma dura luta contra outro inimigo, o colonialismo.

Em resultado da derrota do nazi-fascismo, do grande prestígio alcançado pela União Soviética e pelos ideais do socialismo, do fortalecimento do movimento operário e dos partidos comunistas, do avanço das forças da paz e do progresso social, foi criada uma nova situação no plano mundial, pondo em recuo o imperialismo

Alargou-se na Europa e na Ásia o campo dos países socialistas. Em vários países da Europa os partidos comunistas entraram para o governo e os trabalhadores alcançaram importantes conquistas económicas, sociais e políticas.

Em África e na Ásia o movimento de libertação nacional avança e reforça-se e conduz à independência de numerosos países sujeitos ao domínio colonial.

Com a Carta e a Organização das Nações Unidas, foi instaurada uma nova ordem mundial fundamentalmente democrática e anti-fascista.

Trata-se de extraordinários e históricos avanços libertadores que devem ser valorizados e não ser deturpados ou esquecidos.

Ásia

Ásia

Emirados Árabes Unidos

Potência colonial: Reino Unido

China

Os comunistas chineses desempenharam um papel histórico no combate aos invasores japoneses na II Guerra Mundial e na libertação do país da sua situação de semi-colónia resultante dos «tratados desiguais» impostos ao poder imperial chinês pelas potências imperialistas, a Grã-Bretanha, França e Estados Unidos.

Vietname

Potência colonial: Japão/França

Os comunistas do Vietname estiveram na linha da frente no combate pela liberdade e a independência do País, declarada a 2 de Setembro de Setembro de 1945. Durante a II Guerra Mundial lutaram contra o ocupante japonês, depois de 1946 até 1954 contra o colonialismo francês, e por fim de 1955 até 1975 contra o imperialismo norte-americano. dência da Itália a 10 de Fevereiro de 1947.

Sri Lanka

Potência colonial: Reino Unido

Birmânia

Potência colonial: Reino Unido

Cambodja

Potência colonial: França

República Popular e Democrática da Coreia

Potência colonial: Japão

Índia

Potência colonial: Reino Unido

A Índia declara a independência do Reino Unido a 15 de Agosto de 1947 após uma luta social que foi marcada pela extensão da resistência não violenta.

Bahrein

Potência colonial: Reino Unido

Síria

Potência colonial: França

Indonésia

Potência colonial: Holanda

Qatar

Potência colonial: Reino Unido

Laos

Potência colonial: França

Brunei

Potência colonial: Reino Unido

Kuwait

Potência colonial: Reino Unido

Jordânia

Potência colonial: Reino Unido

Maldivas

Potência colonial: Reino Unido

Iémen

Potência colonial: Reino Unido

«Depois da luta armada contra os colonialistas [britânicos], sob a direcção do nosso partido, a nossa independência foi conquistada em 1967, depois de 129 anos de colonialismo. Herdámos uma pesada herança […] Obtivemos desde então muitos êxitos no campo económico, político e social, com muitos sacrifícios do nosso povo, graças à ajuda fraternal dos países socialistas e principalmente da União Soviética».
Discurso do representante da Organização Política Unida – Frente Nacional do Iémen na Tribuna do VIII Congresso do PCP em 1976

Malásia

Potência colonial: Reino Unido

Europa

Europa

Chipre

Potência colonial: Reino Unido

Os comunistas cipriotas desempenharam – nos campos de batalha, nas lutas populares – um papel destacado na luta pela independência nacional, pelo fim do colonialismo britânico e pela unidade da República de Chipre. O dia da independência de Chipre é assinalado desde 1960 a 1 de Outubro.

Malta

Potência colonial: Reino Unido

África

Ásia

Benin

Potência colonial: França

Camarões

Potência colonial: França

Sudão

Potência colonial: Reino Unido/Egipto

Burundi

Potência colonial: Bélgica

Ruanda

Potência colonial: Bélgica

Somália

Potência colonial: Itália/Reino Unido

Nigéria

Potência colonial: Reino Unido

Marrocos

Potência colonial: França

Guiné

Potência colonial: França

Niger

Potência colonial: França

Senegal

Potência colonial: França

Lesoto

Potência colonial: Reino Unido

Burkina-Faso

Potência colonial: França

Argélia

Potência colonial: França

A Argélia conquista a independência da França a 5 de Julho de 1962, depois de uma guerra onde assumiu papel destacado a Frente de Libertação Nacional.

Cabo Verde

Potência colonial: Portugal

Cabo Verde conquista a independência de Portugal a 5 de Julho de 1975.

Comores

Potência colonial: França

Malawi

Potência colonial: Reino Unido

Gana

Potência colonial: Reino Unido

Suazilândia

Potência colonial: Reino Unido

Costa do Marfim

Potência colonial: França

Uganda

Potência colonial: Reino Unido

Chade

Potência colonial: França

Angola

Potência colonial: Portugal

Angola conquista a independência de Portugal a 11 de Novembro de 1975 após guerra iniciada em 1961 contra o regime fascista português.

Quénia

Potência colonial: Reino Unido

São Tomé e Príncipe

Potência colonial: Portugal

S. Tomé e Príncipe conquista a independência a Portugal a 12 de Julho de 1975.

Maurícia

Potência colonial: França

Guiné Equitorial

Potência colonial: Espanha

República Centro Africana

Potência colonial: França

Congo

Potência colonial: França

Gabão

Potência colonial: França

Zimbabué

Potência colonial: Reino Unido

O Zimbabué conquista a independência a 18 de Abril de 1980 depois de 15 anos de luta armada para libertar o país do colonialismo britânico.

Gâmbia

Potência colonial: Reino Unido

Tunísia

Potência colonial: França

Namibia

Potência colonial: África do Sul

A Namíbia conquista a independência a 21 de Março de 1990 depois de décadas de luta armada contra o estado racista da África do Sul.

Mali

Potência colonial: França

Líbia

Potência colonial: Itália

Zâmbia

Potência colonial: Reino Unido

Guiné-Bissau

Potência colonial: Portugal

A Guiné-Bissau declara a independência de Portugal a 24 de Setembro de 1973 após guerra iniciada em 1963 contra o regime fascista português. A independência é reconhecida em 1974

Moçambique

Potência colonial: Portugal

Moçambique conquista a independência de Portugal a 25 de junho de 1975 após guerra iniciada em 1964 contra o regime fascista português.

Tanzânia

Potência colonial: Reino Unido

Madagáscar

Potência colonial: França

Serra Leoa

Potência colonial: Reino Unido

Togo

Potência colonial: França

Djibouti

Potência colonial: França

Mauritânia

Potência colonial: França

Seicheles

Potência colonial: Reino Unido

República Democrática do Congo

Potência colonial: Bélgica

O Movimento Nacional Congolês (MNC) e a luta pela independência teve início nos anos 50 sob liderança de Patrice Lumumba. Em 30 de junho de 1960, o Congo conquistou a independência da Bélgica com o nome de República do Congo, posteriormente designado República Democrática do Congo.

Botswana

Potência colonial: Reino Unido

Caribe

Caribe

Granada

Potência colonial: Reino Unido

Barbados

Potência colonial: Reino Unido

Antígua e Barbuda

Potência colonial: Reino Unido

Dominica

Potência colonial: Reino Unido

Jamaica

Potência colonial: Reino Unido

Bahamas

Potência colonial: Reino Unido

Belize

Potência colonial: Reino Unido

Trinidad e Tobago

Potência colonial: Reino Unido

Oceania

oceania

Tuvalu

Potência colonial: Reino Unido

Micronésia

Potência colonial: Estados Unidos da América

Fiji

Potência colonial: Reino Unido

Quiribati

Potência colonial: Reino Unido

Vanuatu

Potência colonial: Reino Unido/França

América do Sul

América do Sul

Suriname

Potência colonial: Holanda

Guiana

Potência colonial: Reino Unido

Comemorações anteriores

200560º Aniversário

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201065º Aniversário

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201570º Aniversário

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Bibliografia

Dezassete Instantes de Uma Primavera

Iulian Semionov

Nos últimos meses da guerra, um agente de informação soviético, introduzido na desumana máquina nazi, faz-se colaborador destacado das tropas SS e penetra no segredo das tentativas hitlerianas para continuar a guerra contra a URRS e os povos da Europa.

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Nu Entre Lobos

Bruno Apitz

Em Abril de 1945, quando as tropas nazis já estão perto da sua derrota, é introduzida clandestinamente no Campo de Concentração de Buchenwald uma criança de três anos. Para salvar a vida da criança, os presos formam à sua volta um muro de solidariedade.

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Nenhum Homem É Estrangeiro

Joseph North

Nenhum Homem É Estrangeiro é um apaixonante livro de memórias que faz reviver factos, acontecimentos e figuras determinantes de um período decisivo da História do mundo: desde o crash da Bolsa em 1929 até à vitória sobre o nazi-fascismo em 1945.

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Inês Vai Morrer

Renata Viganò

Baseado em pessoas e factos reais que a autora conheceu e viveu, é simultaneamente um romance sóbrio e comovente e um documento precioso para compreender o que foi a luta armada dos partigiani italianos contra o fascismo e os ocupantes nazis.

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Os Plátanos de Barcelona

Víctor Mora

Barcelona, 1947: cinzenta, triste, sob a «ordem» dos vencedores, sob a miséria e o terror, sob a moral e os bons costumes impostos a golpes de tesoura e lápis azul. Todos os povos de Espanha perderam a guerra. Os catalães perderam-na um pouco mais.

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Dossier Segunda Guerra Mundial

Este Dossier procura dar um contributo para a divulgação da verdade histórica sobre os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, bem como intervir em defesa da paz mundial, estabelecendo a relação entre a vitória e a luta que hoje se trava em defesa da paz

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O Processo de Leipzig

O julgamento de Leipzig deu um forte impulso à formação de uma larga frente antifascista internacional. O valoroso exemplo de Gueorgui Dimitrov permanece ainda hoje actual na luta dos povos contra o imperialismo, o capital monopolista e o neofascismo.

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Para Que Nunca Mais Aconteça Fascismo

Desenvolvem-se grandes operações de revisão e falsificação da História e de branqueamento do fascismo. É necessário reter o que tornou possível os crimes do nazismo e do fascismo. É necessário que se conheça e se lembre. Para que nunca mais aconteça!

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Princípios Elementares da Propaganda de Guerra – Utilizáveis em caso de guerra fria, quente ou morna

Anne Morelli

Os princípios elementares da propaganda de guerra, reunidos em dez «mandamentos», aplicados em vários conflitos desde a Primeira Guerra Mundial.

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Hitler: Ascensão Irresistível?

Kurt Gossweiler

Um livro essencial para a percepção das circunstâncias em que surgiu o fascismo e das razões por que ele conseguiu enganar um tão grande número de seguidores na Alemanha.

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Álvaro Cunhal – Obras Escolhidas – Tomo I (1935-1947)

Álvaro Cunhal

Num volume com textos que atravessam toda a Segunda Guerra Mundial, mas também os anos anteriores, marcados pela fascização do Estado em Portugal e pela Guerra de Espanha, podemos ver um retrato de Portugal e do Mundo através dos olhos de Álvaro Cunhal nesse período.

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Reportagem sob a Forca

Julius Fucik

Julius Fučik, militante comunista na clandestinidade depois da entrega da Checoslováquia a Hitler, escreveu este livro em segredo na prisão da Gestapo de Praga, descrevendo os acontecimentos na sua vida prisional cheio de esperança num futuro melhor.

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Os Meus Sete Filhos

Alcide Cervi, Renato Nicolai

Largaram o arado para se baterem pela liberdade e a justiça contra o privilégio e a opressão. Encarnam todos os heróis da luta dos povos. Os Meus Sete Filhos é a justo título considerada uma das mais elevadas expressões literárias da Resistência italiana.

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Um Dia e Uma Noite

Jean Sanitas

Um Dia e Uma Noite é um testemunho romanceado da vida dos Franceses durante a ocupação nazi, que submergiu a França de 1939 a 1944, dos métodos da Gestapo e da coragem e tenacidade dos resistentes que nunca se deixaram vencer.

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Sem Tréguas

Giovanni Pesce

Giovanni Pesce conta neste livro a história empolgante e comovente dos GAP – Grupos de Acção Patriótica – que, de armas na mão, foram um dos pontos mais altos da resistência ao ocupante nazi e aos traidores fascistas nas cidades do Norte da Itália.

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Ascensão

Vassil Bikov

Dois guerrilheiros soviéticos, que combatem na retaguarda das tropas alemãs na Segunda Guerra Mundial, são presos pelos nazis e torturados, colocando-se-lhes a alternativa: tentar salvar a vida traindo ou assumir inteiramente as responsabilidades da sua luta.

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Arco-Íris

Wanda Wassilewska

Quando a Alemanha nazi atacou a União Soviética, Wanda Wassilewska acompanhou os exércitos soviéticos como correspondente de guerra. Do que viu e sentiu nasceu Arco-Íris.

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Os Porta-Bandeiras

Oles Gontchar

Foi a partir da sua experiência da guerra que Oles Gontchar se baseou para escrever Os Porta-Bandeiras, trilogia publicada em 1946-1948, cujo verdadeiro herói é o povo soviético em luta contra o fascismo.

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Olga

Fernando Morais

A história de Olga Benario, judia e comunista, companheira de Luís Carlos Prestes. Grávida, foi entregue pelo governo de Getúlio Vargas à polícia secreta alemã e acabou assassinada nos campos de concentração nazis.

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  • Orçamento do Estado 2020