Apresentamos hoje o conjunto das candidaturas da CDU aos órgãos autárquicos do Distrito de Beja.
Um momento mais neste percurso de afirmação da CDU nesta região onde é inegável o nosso trabalho e a intervenção ao longo de mandatos.
Um momento com este significado maior de dar expressão a um projecto colectivo, construído pelo trabalho de todos e de cada um, em que a imprescindível contribuição, o conhecimento e a experiência individual ganham, na acção colectiva, a expressão e força decisiva que o distinguem.
Aqui estamos a apresentar candidatos para um renovado mandato, com a confiança que o trabalho realizado nos confere.
Um trabalho que, em mandatos sucessivos, soube recolher o apoio e o reconhecimento devidos. Em maioria pelo que representa de valor distintivo na resposta aos problemas das populações, de prioridades e critérios de defesa do interesse colectivo e de gestão pública, pela dimensão democrática e participada, pela contribuição para o desenvolvimento local e a melhoria das condições de vida. E em todas as outras situações, pela voz dada aos interesses populares, pela proposta e soluções que defendemos, pela fiscalização e denúncia que fazemos de decisões erradas e contrárias ao interesse público.
Em qualquer circunstância conduzidos pelo rigor, disponibilidade e entrega aos serviço das populações, fazendo prova de que o justo reconhecimento do percurso de trabalho, honestidade e competência que nos é reconhecido não é um slogan, não caiu do céu, é sobretudo resultado de uma presença nas autarquias que mostra que não são todos iguais, que exercemos os nossos mandatos para servir as populações e não para nos servir do poder.
Os candidatos que hoje apresentamos são garantia dessa acção ao serviço das populações, dessa acção marcada pelo trabalho, a honestidade e competência.
Uma garantia tão maior quanto o seu trabalho se insere no quadro do projecto autárquico da CDU, da acção colectiva do conjunto de eleitos que no plano municipal e das freguesias lhe dão expressão, do envolvimento e participação que a gestão democrática da CDU promove, e da contribuição que associa a partir das organizações e associações locais, a partir da população e das suas lutas, e da contribuição indispensável que os trabalhadores da autarquia asseguram.
Aqui estamos no limiar de um novo mandato prontos a responder ao trabalho e a dar resposta a novos problemas, prontos a construir esse futuro melhor pelo qual lutamos e trabalhamos.
Prontos a prosseguir uma obra que se projecta no futuro para prosseguir e desenvolver em mais um mandato, olhando para o trabalho realizado, com o sentido do dever cumprido.
Não para sobre ele descansarmos mas para nele buscarmos as referências que lhe darão continuidade e projecção.
Aqui estamos a dizer presente, atentos ao que nos rodeia, valorizando e reconhecendo o papel do movimento associativo popular e de outras instituições socais que dão vida colectiva aos nossos concelho e região.
E garantindo sempre uma particular atenção aos direitos dos trabalhadores, e em particular pelo papel directo que nos compete à valorização dos trabalhadores das autarquias. Creio estar certo em poder afirmar que os trabalhadores das autarquias desta região conhecem bem a diferença entre a CDU e as outras forças políticas. Na atenção dada às suas condições de trabalho, instalações e equipamentos. No apoio e solidariedade activa com todas as suas lutas por melhores salários e valorização das carreiras e progressões. Na intransigente defesa que fizemos prova das 35 horas de trabalho semanais quando a troika e o governo PSD/CDS quiseram impor as 40 horas. E como agora uma vez mais se comprova com a aplicação do suplemento de penosidade e insalubridade que conhece aqui na região, e no País, uma aplicação contrastante com o que se passa nas autarquias de outras forças políticas. Enquanto nas autarquias da CDU a aplicação desse direito pelo qual os trabalhadores lutaram é geral e regra, nos concelhos do PS e PSD contam-se pelos dedos, no País, as autarquias que consagraram esse direito.
Na CDU respeitamos os compromissos assumidos e a palavra dada, prestamos contas do trabalho que fazemos.
Na CDU não fazemos das eleições um leilão de promessas, nem fazemos como outros, a começar pelo PS e o próprio Governo como por aí se vê, que mil vezes prometem de novo o que mil vezes antes, tendo prometido, não executaram.
Não nos limitamos, o que por si é muito e decisivo, a fazer o trabalho que nos compete. Juntamos a isso a nossa intervenção para dar voz à defesa intransigente dos interesses dos concelhos e da sua população em defesa do direito à saúde, aos transportes, à educação, à cultura, à habitação, à segurança pública.
Bem se pode dizer que fazemos o que compete à autarquia e ainda se tem de fazer o que ao Governo compete e este não faz na resposta no plano da saúde, da segurança pública, da conservação do património, da educação ou da habitação.
A população conhece bem a CDU, os seus eleitos, a garantia de uma gestão séria e competente, tendo como objectivo central servir as populações, responder aos seus problemas.
É essa a razão para que a CDU se apresente à população de rosto erguido, com consciência do trabalho feito.
É por isso que aqui estamos a afirmar o nosso projecto e o nosso programa, com a nossa própria sigla e símbolo com o que transportam de trabalho, honestidade e competência.
Aqui estamos dando expressão à dimensão unitária e de convergência democrática que a CDU constitui, afirmando-a como um espaço de realização que, para lá dos militantes e activistas dos partidos que a constituem, inclui milhares de homens e mulheres sem filiação partidária.
Não nos escondemos como outros fazem, aqui e um pouco por todo o País, em falsas listas de independentes que mais não são do que instrumento para projectos pessoais ou de grupo.
Neste distrito damos expressão à CDU como força de dimensão e expressão nacional testemunhada pelo conjunto das candidaturas apresentadas.
Candidaturas municipais a 305 dos 308 concelhos, 1639 listas em freguesias, cerca de 40 mil candidatos são prova dessa presença que faz da CDU, esta força de Abril, a grande força de esquerda no Poder Local.
Enfrentámos um mandato com particulares exigências que a epidemia acrescentou mas que encontrou resposta à altura dos nossos eleitos e da gestão da CDU.
Uma resposta que não deixou confinar a vida, que lhe respondeu tendo presente os riscos e exigências de protecção de saúde pública que reclamava, que garantiu simultaneamente a resposta a competências e funções essenciais que a vida dos concelhos não podia prescindir.
Contando com o imprescindível trabalho de centenas de trabalhadores das autarquias que nunca se esconderam e que daqui saudamos.
Garantindo, como sempre fazemos em todas as condições, a presença dos eleitos onde e com quem deviam estar – junto das populações, ao lado dos seus trabalhadores, próximo das instituições.
Assumindo as suas responsabilidades e em muitas circunstâncias a tapar os buracos e a falta de resposta que cabia ao Governo dar.
E fizemo-lo nas autarquias da CDU, movidos pelo nosso objectivo de sempre de atender a problemas fugindo à tentação demagógica, como muitos outros fizeram, de explorar a epidemia para fins eleitorais e sobretudo para tentar esconder a obra e o trabalho que não fazem.
Respondemos e continuamos a responder à doença com toda a atenção, mas não perdendo de vista que há vida para lá da covid e que é esse futuro que estamos a construir no trabalho das autarquias.
Futuro de confiança – é esta a ideia central que queremos transmitir nestes tempos estranhos que alguns, a pretexto da epidemia, querem aproveitar para aumentar a exploração e limitar direitos.
Um futuro que saberemos construir no plano local exercendo as competências que cabem às autarquias.
Mas o futuro a que temos direito exige que, para lá do Poder Local, se construa a partir de uma outra política nacional.
Um futuro que tem de ser construído denunciando as opções do PS de submissão à União Europeia e aos interesses do grande capital que impedem a resposta aos problemas nacionais, e combatendo os projectos reaccionários de PSD, CDS e seus sucedâneos.
São muitos os problemas, novos e acumulados, com que o País se confronta.
Problemas que não se resolvem porque o PS continua amarrado às opções da política de direita que estão na sua origem.
É isso que justifica que o PS continue a não querer garantir os direitos dos trabalhadores, que se oponha a eliminação das normas gravosas do código do trabalho, que continue a assistir aos despedimentos coletivos, ou que carimbe sem pestanejar encerramentos de empresas como a Refinaria de Matosinhos e processos que ameaçam o futuro de outras como a TAP ou a Groundforce.
Não vale a pena o secretário-geral do PS vir lamuriar-se sobre a precariedade dos jovens quando é autor de legislação como a do período experimental.
Não vale a pena encherem-se páginas sobre Odemira, e as muitas odemiras deste País, despertos pelo surto da epidemia quando há muito o PCP denuncia o que aí se passa em ternos de relações de trabalho e de sobre-exploração perante o fechar de olhos do Governo, da falta de fiscalização da ACT.
O PS teve toda a oportunidade para encetar uma política alternativa. Não o fez porque são outros os seus compromissos.
Mesmo quando pela intervenção do PCP foi obrigado a dar passos e resposta a alguns problemas fá-lo contrariado, a arrastar os pés no caminho da sua solução dos problemas.
Veja-se o que sucede, passado meio ano desde a sua entrada em vigor, com o Orçamento do Estado.
É inegável o impacto positivo na vida de milhões de portugueses das medidas de aplicação directa inscritas no Orçamento por proposta e iniciativa do PCP e do PEV.
Quando outros faltaram, o PCP não faltou com a sua intervenção e persistência para garantir neste ano de 2021 respostas que a gravidade da situação exigia.
Sim, foi pela acção do PCP que um milhão e novecentos mil pensionistas com aumentos de pensões; que cerca de 300 mil trabalhadores em lay-off viram os seus salários repostos sem o corte a que estavam sujeitos; que há 200 mil pessoas abrangidas pelos apoios dirigidos aos trabalhadores independentes e outras pessoas sem proteção social; que são já mais 50 mil os trabalhadores desempregados que viram os seu subsidio de desemprego prolongado; que temos cerca de 20 mil crianças abrangidas pela gratuitidade das creches, continuando o PCP a bater-se por esse objectivo central de assegurar creche gratuita a todas as crianças.
Quando tanto se fala agora de censos, populações e natalidade, esta medida, como as da valorização dos salários ou o combate à desregulação de horários, são a resposta que é preciso dar.
O que se alcançou com a nossa determinação contrasta com os atrasos e as limitações que o Governo tem colocado para entravar a concretização de um conjunto significativo de outras medidas inscritas no Orçamento do Estado.
Ou seja, o que era automático e o Governo não podia empatar entrou em vigor.
Em quase tudo o resto é o que se vê. Atrasos, desculpas, fingir que faz mas não faz.
Não faltarão nas próximas semanas o agitar de novas promessas, o acenar dos milhares de milhões, a tentativa do PS de condicionar e chantagear os eleitores com esses investimentos.
Se há dinheiro, e há, então que se o coloque ao serviço dos problemas dos trabalhadores e do povo e que se o integre numa estratégia que assegure o desenvolvimento soberano do País.
E sobretudo que não se use esse dinheiro como cenoura para transferir novos encargos para cima das autarquias locais, reduzindo de facto no plano nacional o financiamento e o investimento público que cabe ao Estado assegurar.
Daqui até à eleições é tempo de esclarecer, mobilizar e convencer.
Vencendo as falsificações dos costume, sabendo que não vamos ter as graças da comunicação social, que vamos enfrentar as mentiras do costume.
Mas nestas eleições locais temos uma vantagem imensa.
Podem dizer o que quiserem mas nada apaga uma realidade.
As pessoas conhecem-nos e sabem o que representamos, sabem que aqui na CDU é gente séria, empenhada em servir as populações sem nada a esperar que não seja a satisfação do dever cumprido.
De que cada hora que dedicamos ao interesse comum é avanço nas condições de vida de todos.
É isso que motiva e realiza cada um de vós, cada um dos candidatos e apoiantes.
E é também isso que leva muitos eleitores, que tendo outras opções políticas e partidárias, reconheçam no nosso trabalho nas autarquias razão para nos confiarem o seu apoio e o seu voto.
Partimos para estas eleições afirmando o valor do Poder Local Democrático enquanto conquista de Abril, pelo trabalho que realizamos, pelo testemunho e prova que esse trabalho faz de demonstração de que na política não são todos iguais.
Sim, somos força de Abril a construir o futuro.