Intervenção de Isabel Gomes, Comissão Nacional para a acção junto dos Reformados, XXII Congresso do PCP

A Luta dos Reformados e Pensionistas

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Camaradas,

Um quarto da população tem 65 ou mais anos, sendo que a maioria são reformados, pensionistas e/ou idosos que se confrontam com o agravamento das condições de vida, com a desvalorização das reformas e pensões, num quadro de aumento do custo de vida, das despesas com a saúde, o que explica a pobreza e o empobrecimento que os atinge.

Um grupo heterogéneo em que é fundamental ampliar a consciência social e política de que, tem denominadores comuns na sua luta por um envelhecimento com qualidade de vida, bem-estar físico e psicológico, adequada proteção social na doença e dependência. É essencial a organização e a unidade na luta a partir do seu movimento associativo na exigência de políticas que assegurem o direito à reforma e a uma pensão digna e de funções sociais do Estado que concretize os seus direitos e respodam às suas necessidades específicas.

Camaradas  
Tem sido fundamental a luta dos reformados, pensionistas e idosos, que em condições adversas têm denunciado os seus problemas e mobilizado milhares de homens e mulheres em torno da ação do MURPI – Confederação Nacional dos Reformados, Pensionistas e Idosos. Uma importante ação de valorização do papel das associações de reformados, pensionistas e idosos, na exigência de melhores pensões, mais saúde, por uma rede de equipamentos e serviços de apoio que permita aos idosos viver em sua casa, a par da criação de uma Rede Pública de Lares. Uma ação e luta que é fundamental prosseguir e ampliar!

Destaca-se a ação da INTER-REFORMADOS que, enquanto organização específica da CGTP-IN, desenvolve aos vários níveis da estrutura, com as suas comissões, uma importante ação e luta por valores e direitos inerentes a um sindicalismo de classe assente na solidariedade intergeracional, entre trabalhadores no ativo e na reforma na luta pelo aumento dos salários e das pensões, contra o aumento da idade de reforma e pela sua reposição nos 65 anos, pelo direito à reforma sem penalizações com 40 anos de descontos, por serviços públicos de qualidade.

Camaradas,
O PCP tem dado voz às reivindicações que estão no centro da luta desta camada  na Assembleia da República e fora dela.

As iniciativas que dão centralidade à urgência de reforçar a Rede de Equipamentos e Serviços de Apoio aos Idosos, incluindo a criação de uma Rede Pública de Lares e de valorização das
associações de reformados, pensionistas e idosos tem sido rejeitadas, mas não desistimos!

Foi rejeitada a proposta do PCP de aumento de 70 euros nas pensões mais baixas e de 5% para as restantes. Valores que fazem toda a diferença relativamente ao acréscimo de 1.25 do PS, que se traduz em  6 euros e 20 cêntimos numa pensão de 500 euros. Em janeiro, se a Lei for cumprida, com os valores encontrados à data de hoje, não ultrapassará os 19 euros. Não desistimos, porque é deste modo que se combate a pobreza entre idosos e se valorizam as reformas.

O PSD e o CDS limitam-se a cumprir a lei de atualização das pensões da autoria do governo do PS e a dar bónus em casos que beneficiem a sua imagem, mas que em nenhum dos casos garante a reposição do nosso poder de compra.

Precisamos de ir mais longe na denúncia das consequências nas suas vidas da política de direita em que convergem PSD, CDS, PS e IL.  
 
Não tem de ser assim, é fundamental a rutura com esta política!

É preciso reforçar o Partido no plano local com mais camaradas, mulheres e homens, evoluindo no trabalho dirigido aos reformados, pensionistas e idosos, conhecendo os seus problemas, valorizando as propostas do Partido e o valor da Política Patriótica e de Esquerda para uma vida melhor.

Um caminho que não dispensa, antes exige o papel dos comunistas no prosseguimento da luta dos reformados, pensionistas e idosos a partir do seu movimento associativo.

Viva o XXII Congresso do PCP!
Viva o PCP!
A luta continua!

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