Intervenção de Inês Guerreiro, Secretariado e Comissão Política da Direcção Nacional da JCP, XXII Congresso do PCP

A luta da Juventude e da JCP

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Tomar iniciativa com a juventude. Esta é a tarefa a que a JCP se propõe todos os dias, nas milhares de conversas feitas, nos contactos recolhidos, na marcação do dia e da hora da luta, na sindicalização de cada jovem trabalhador, quando convidamos um amigo para construir a Festa do Avante! ou lhe propomos aderir à JCP e tomar Partido, no partido do futuro e da juventude: o Partido Comunista Português!

Contra a política de direita, unidos pelos valores e conquistas de Abril, chamamos os jovens do nosso país a tomar iniciativa.

Os estudantes enfrentam os ataques ao direito de associação e reunião, lutam pela valorização da Escola Pública e conquistam obras nas escolas; no ensino profissional conquistam o pagamento dos subsídios em atraso e avançam na criação das suas Associações de Estudantes.

Foi a iniciativa dos estudantes do Ensino Superior, que, no início deste ano lectivo, derrotou o projecto de aumento das propinas pelo Governo PSD/CDS. E daqui dizemos para toda a gente nos ouvir: que será com a luta e a iniciativa dos estudantes que poremos fim às propinas e que conquistaremos a Escola e o Ensino Superior de Abril.

É com iniciativa que os jovens trabalhadores rejeitam uma vida de instabilidade e incerteza, conquistam direitos, contratos de trabalho efectivos e o aumento dos salários.

A juventude toma iniciativa na luta contra a guerra, pela paz e o desarmamento, luta a que a JCP dá expressão na afirmação da Federação Mundial da Juventude Democrática, espaço determinante de unidade e solidariedade internacionalista.

Enquanto alguns nos tentam isolar e imobilizar, de cabeça erguida, com criatividade, compreensão e alegria, vamos para a rua, para as escolas e os locais de trabalho, vamos ao embate, desconstruímos preconceitos, mostramos o que significa ser um jovem comunista.

Assim tomamos consciência que, apesar dos ataques aos valores de Abril, da mentira e deturpação, da promoção do anticomunismo, do individualismo, da divisão e do medo, face às crescentes desigualdades e injustiças e à intervenção da JCP e do PCP, persistem valores de solidariedade e vontade de mudança, e grandes potencialidades de unidade e luta.

O capital investe numa crescente ofensiva, em particular junto da juventude. Fá-lo porque tem medo que sejam cada vez mais os milhares de jovens que, ano após ano celebram o Dia Nacional do Estudante e o Dia Nacional da Juventude. Têm medo da força com que encheram as ruas do nosso país nas comemorações populares da Revolução de Abril, porque sabem daquilo que a juventude é capaz quando está unida e consciente. Têm medo, porque esses milhares de jovens exigem o aumento dos salários, o fim da precariedade e tempo para viver. Exigem mais investimento na Escola Pública, o fim dos Exames Nacionais, das propinas e restantes barreiras de acesso ao Ensino Superior, como alojamento público para todos os estudantes deslocados. Exigem um ensino diferente, que fomente o sentido crítico e a formação integral do indivíduo. Exigem habitação para todos, o direito ao desporto, à cultura e a transportes públicos acessíveis, o direito a serem felizes no seu país, num país soberano e desenvolvido. Têm medo quando os jovens se levantam contra as discriminações e preconceitos ou afirmam que o capitalismo não é verde e que no capitalismo nunca seremos plenamente livres. Eles têm medo porque o fazem unidos, independentemente da cor da sua pele, da identidade e orientação sexual ou do seu país de origem.

Com a certeza de que quanto mais forte for a JCP, maior o caudal da luta da juventude, é com orgulho que anunciamos: está convocado para os dias 17 e 18 de Maio de 2025, em Oeiras, o 13º Congresso da JCP com o lema “Nas nossas mãos o mundo novo! Organizar. Unir. Lutar”. Um Congresso de onde queremos sair mais fortes, que já está a ser construído nas escolas e locais de trabalho, com o objectivo de 350 novos recrutamentos e 50 novos colectivos até ao Congresso, com o reforço do carácter de massas, da ligação ao movimento juvenil, da capacidade de acção e iniciativa da JCP.

Vivemos um tempo de incerteza e sabemos que o caminho não será fácil, mas somos a organização revolucionária da juventude, herdeira de um património centenário de resistência, presente em cada luta, desde a revolta à conquista, que contrapõe ao conformismo e à competição, a unidade, o trabalho colectivo e a confiança numa vida melhor, onde cada jovem se torna mais forte, capaz de transformar o mundo. Organizamos, unimos e lutamos pela alternativa, pelos valores de Abril no futuro de Portugal, afirmamos, enquanto expressão das reais aspirações da juventude, o projecto e o ideal comunistas, da superação revolucionária do capitalismo, pela Democracia Avançada, o Socialismo e o Comunismo.

Viva a luta da juventude!
Viva a Juventude Comunista Portuguesa!
Viva o Partido Comunista Português!

 

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