João Oliveira visita áreas ardidas em Coimbra e ouve população em Figueira da Foz quanto à possibilidade de exploração minéria

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O Deputado do PCP no Parlamento Europeu, João Oliveira, acompanhado por delegações do PCP, deslocou-se ao distrito de Coimbra tendo visitado áreas ardidas na Freguesia de Torres do Mondego (Coimbra), onde contactou com afectados pelos incêndios e encontrou-se com o Movimento Cívico Popular em Vila Verde (Figueira da Foz) a propósito de um pedido de prospecção de Caulino na zona.

Em Torres do Mondego pode verificar os efeitos do flagelo dos incêndios que ciclicamente afectam a zona e a falta de medidas eficazes de ordenamento florestal. A delegação do PCP pode constatar, contrariamente ao prometido nos discursos do governo PSD/CDS, a ausência de medidas que colocassem as estruturas públicas no terreno e permitissem o contacto directo com os afectados. As autarquias locais também não fizeram esforços para os organizar e apoiar. A ausência de trabalho de extensão rural para contabilização dos prejuízos, a burocracia e os prazos apertados estreitaram a hipótese de candidatura a apoios e potenciarão o abandono das actividades agrícolas e florestais. O deputado do PCP, que já visitou outras áreas afectadas, defendeu a simplificação de acesso aos apoios para reposição da capacidade produtiva, intervenção no preço da madeira, para permitir uma gestão activa da floresta, e garantias de apoios à pequena e média agricultura para combater o abandono da actividade.

Em Vila Verde, o Deputado do PCP, ouviu as preocupações das populações quanto à possibilidade de exploração mineral na freguesia. Os elementos do Movimento Cívico Popular alertaram para o facto de, na área de exploração de caulino pretendida, existirem importantes linhas de água da freguesia, o que suscita preocupações com fenómenos de erosão e de poluição das águas, com possíveis efeitos na actividade agrícola, em particular na produção de arroz e na actividade das salinas existentes na freguesia. Sublinharam os efeitos que a exploração poderá ter na qualidade do ar, na saúde pública e também os efeitos do aumento do tráfego de pesados nas vias de comunicação da zona. Reivindicam que a prospecção de caulino não avance tendo em conta o seu impacto ambiental, cuja análise tem que incluir os efeitos cumulativos desta exploração com outros projectos industriais já existentes e previstos para a freguesia. Na freguesia existe a Central Eléctrica de Lares, está em implementação uma unidade de produção de biocombustíveis, existe ainda uma fábrica de vidro e estão previstos projectos de produção de energia fotovoltaica. A delegação do PCP reafirmou preocupações com as consequências ambientais da submissão das políticas nacionais e da UE aos interesses dos grupos económicos. Sublinhou a necessidade de uma viragem na política ambiental que salvaguarde o equilíbrio ambiental e comprometeu-se a dar expressão ao problema nos órgãos locais, nacionais e da UE.

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