Intervenção de João Dias Coelho, membro do Comité Central, XVII Congresso do PCP

A Festa do «Avante!»

Falar da Festa do «Avante!» não é fácil.

Ela é um dos momentos maiores da vitalidade do trabalho colectivo do Partido e forte expressão das suas raízes na classe operária, nos trabalhadores, nos intelectuais e jovens em suma no nosso povo.

Obra colectiva dos comunistas portugueses, concebida, construída e realizada por milhares de homens, mulheres e jovens muitos dos quais amigos do Partido e da festa, que, tendo experiências e conhecimentos diferentes, partilham o mesmo ideal libertador, expressando a sua capacidade edificadora e criativa ao materializar na festa os valores e ideais de uma nova sociedade.

Só a força da convicção e da militancia, alicerçada na justeza da orientação baseada no Marxismo-Leninismo, na luta, e no trabalho, na profunda ligação á classe operária, aos trabalhadores e ás massas populares, foi é, e será capaz de assegurar, que a maior realização de massas do Partido, que se realiza há 28 anos, continue.

Constituindo, um grande acontecimento político-cultural de massas, único no nosso País, onde a presença e envolvimento da juventude é cada vez maior, ela é um grande espaço de convívio, fraternidade e solidariedade internacionalista, e mais um momento, de combate á política de direita e de esperança, afirmação e luta de que é possível, com o socialismo, um mundo e um País melhores.

Porque somos um Partido que recusa ser igual aos outros, que luta contra a maré, que continua fiel aos seus princípios identidários, à sua natureza de classe, que luta contra os interesses instalados do grande capital e pela transformação da sociedade.

O poder do grande capital, faz convergir forças e interesses diversos, tentando através de leis antidemocráticas e anticonstitucionais, atacar o Partido e condicionar a realização da Festa do «Avante!».

Aos inimigos da democracia e da liberdade respondemos desta tribuna, desenganem-se, este Partido tem 83 anos de história de luta, pela liberdade e a democracia, está profundamente enraizado nos trabalhadores e no povo, no qual a Festa do «Avante!» que em 2006 comemora o seu 30º aniversário é uma forte expressão.

Continuaremos o nosso combate, fazendo da nossa festa cada vez mais, um importante momento de contacto popular, de estreitamento do relacionamento das organizações e militantes do partido com os trabalhadores e o povo, na, organização da sua acção e intervenção contra a política de direita e na divulgação do projecto transformador do PCP.

Continuaremos a fazer da nossa festa, um importante momento de debate e esclarecimento, espaço de cultura e de solidariedade internacionalista entre os povos.

Porque a Festa é, e será sempre! um importante momento de demonstração do sonho pelo qual lutam os comunistas portugueses – uma sociedade mais justa e mais fraterna – e esse sonho tem partido. O Partido Comunista Português.

A Festa é um sonho feito realidade durante 3 dias, porque durante muitos meses, os construtores do futuro erguem com o seu trabalho militante, generoso e livre a cidade da amizade, da solidariedade, da cultura, da democracia e liberdade.

Que se desenganem pois todos aqueles que assumindo-se como “modernos” são efectivos protagonistas do passado e tentam impedir o futuro.

O futuro de solidariedade e amizade entre os povos, o futuro de liberdade, progresso e justiça social, está em marcha e vencerá e a Festa do «Avante!» é disso expressão de luta pelo futuro socialista de Portugal.

Porque o futuro se constrói hoje a próxima Festa do «Avante!» está já em preparação. Fieis às suas características, mas abertos à vida é preciso dar corpo á criatividade de forma a que a festa corresponda cada vez mais às exigências do nosso tempo. É necessário agora que em cada organização do Partido, se debata ideias recolham sugestões e se organize, para que a próxima festa continue a ser expressão da vontade colectiva de fazer futuro.

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