O Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português cumpre o doloroso dever de informar o falecimento de Sisaltina Santos e transmitir ao seu companheiro, o camarada Américo Leal e à restante família as suas sentidas condolências.
Sisaltina Santos foi uma dedicada e corajosa militante comunista, que desde muito jovem, ao longo de 70 anos, se entregou à luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, contra o fascismo, pela liberdade e a democracia, pelo socialismo e o comunismo.
Costureira de profissão, filha de pai pescador e pequeno comerciante e mãe doméstica, foi com 21 anos de idade, em 1947, que ingressou na vida clandestina com o seu companheiro de sempre, o camarada Américo Leal e com o seu filho mais velho.
Durante 25 anos assumiu tarefas de grande responsabilidade, dando suporte à instalação e manutenção de casas e tipografias clandestinas do PCP em praticamente todas as regiões do País.
Foi presa pela PIDE, que assaltou a casa clandestina, na Covilhã, em Dezembro de 1958, com o filho mais novo, que na altura tinha 2 anos, tendo estado ambos presos, durante 1 ano em Caxias.
O Avante! de Abril de 1959, escreve o nome de Sisaltina entre as mulheres presas pelo fascismo “que se negaram a abdicar a sua qualidade de mulheres honradas e fiéis ao seu povo e à luta contra Salazar”.
Em 1960 voltou à vida clandestina até à liberdade em Abril de 1974.
Assumiu depois, sempre como funcionária, tarefas político-administrativas na Organização regional de Setúbal. Desempenhou sempre as suas tarefas com grande dedicação e sentido de responsabilidade e também de respeito e solidariedade para com todos os camaradas e com especial carinho no tratamento com as gerações mais jovens.
A vida da camarada Sisaltina Santos constitui uma referência e um exemplo de mulher comunista que dedicou a vida à causa revolucionária do seu Partido de sempre, ao seu ideal e projecto, pela democracia, pelo socialismo e o comunismo.
O corpo de Sisaltina Santos estará em câmara ardente, a partir das 10h30 de hoje (segunda-feira) na Casa Mortuária do Cemitério de Sines, e o funeral realiza-se hoje (segunda-feira), às 19h00, no Cemitério de Sines.