Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Faleceu Carlos Costa

Faleceu Carlos Costa

O Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português cumpre o dever de informar o falecimento de Carlos Costa e transmite à sua companheira Margarida Tengarrinha e à restante família as suas sentidas condolências.

Carlos Costa, nascido em 1928, aderiu ao PCP em 1943, ainda muito jovem e destacou-se como militante e dirigente comunista, tendo exercido as mais diversas tarefas e responsabilidades e consagrado o essencial da sua vida à luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, contra o fascismo, pela liberdade e a democracia, pelo socialismo.

Em 1946 foi um dos fundadores do MUD Juvenil, tendo sido membro da sua Comissão Central. Em 1948, quando era membro do Comité Local de Fafe, com 20 anos de idade, foi preso pela primeira vez. Saído da prisão em 1949, foi em 1950 funcionário do MUD Juvenil. Em 1951 entrou na clandestinidade como funcionário do PCP. Nessa condição desempenhou diversas responsabilidades em várias organizações tais como a Organização Regional do Algarve, responsável pelas organizações juvenis do Partido e da Organização Regional de Lisboa, entre outras.

Novamente preso em Junho de 1953, foge da Prisão de Peniche em 3 de Janeiro de 1960, juntamente com outros camaradas, entre os quais Álvaro Cunhal, e volta à clandestinidade. Nesse ano de 1960 é eleito para o Comité Central do PCP. Em Dezembro de 1961 é preso novamente pela PIDE, saindo em "liberdade" condicional em Agosto de 1969. Passa novamente à clandestinidade em Março de 1970 e assume a responsabilidade da Organização Regional do Norte.

Depois do 25 de Abril de 1974 foi sucessivamente eleito deputado à Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral do Porto, nas eleições de 1979 a 1987.

Foi membro da Comissão Política do Comité Central do PCP de 1974 a 1988 e do Secretariado do Comité Central de 1975 a 1990, tendo sido responsável pela Comissão de Actividades Económicas de 1975 a 1988 e pela Frente de Trabalho de Autarquias de 1976 a 1988. Exerceu também responsabilidades no âmbito da Comissão Administrativa e Financeira até 2012.

Carlos Costa deixa-nos recordações da sua dedicação e entrega na resistência ao fascismo, pela democracia e o socialismo.

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