Vivemos tempos de profunda ofensiva ideológica, em que se semeia o isolamento e o individualismo, em que se fomenta a dependência do mundo virtual e das redes sociais, em que se alimenta o medo e o desalento.
Privilegiam-se os contactos à distância, em detrimento de um contacto mais próximo e direto.
Mas a necessidade de nos relacionarmos, garantindo contactos entre pares, é intrínseca à nossa condição humana.
Não duvidamos que os meios de comunicação, a internet e as redes sociais podem contribuir para o desenvolvimento. Nem somos indiferentes à importância cada vez maior que assumem. Se alguém acha que não é influenciado pelo que está nos media, engana-se.
A presença, comprovadamente desequilibrada, das diferentes forças políticas na comunicação social, evidente pelo silenciamento da CDU, procura garantir que a alternativa que propomos não chega às pessoas.
O que não faltam por aí são comentadores a tentar convencer-nos de que não há alternativas que não as que passem pelos mesmo do costume. Que estamos fartos de saber não são solução para os problemas dos trabalhadores e do país.
Para dar combate a esta ofensiva e para avançar com o reforço da CDU o caminho é claro: saltar para a rua.
É junto das pessoas, no contacto direto, “olhos nos olhos” que devemos continuar a trilhar o nosso caminho, explicando que: “Para uma vida melhor, é hora de mudar de política.” Que quando a CDU avança a nossa vida avança. Que mais CDU é igual a vida melhor.
É na rua, nas empresas e locais de trabalho, nos bairros, junto de hospitais e centros de saúde, das escolas, em todo lado, que devemos estar. E estivemos, estamos e estaremos!
É “cara a cara” que se afirmam as propostas da CDU.
Não ficar pelo mais fácil e habitual, mas percorrer o que for necessário para levar a nossa mensagem patriótica e de esquerda, a toda a gente! Não deixar ninguém de fora. Avançar com audácia e confiança!
É isto que defendemos - falar, ouvir e esclarecer.
Falando, mas também ouvindo, numa permanente valorização da liberdade de pensamento, do sentido crítico de cada um. Incorporando as propostas e ideias válidas que nos chegam.
Disponíveis para ouvir desabafos, até disparates, para que a conversa se dê, o esclarecimento aconteça e o desalento se transforme em esperança e acção. E dia 10 de Março em votos na CDU!
É preciso explicar, a cada um, numa ação abrangente, exigente, mas que está ao nosso ao alcance levar a cabo. Razões para o descontentamento sobram e temos propostas para resolver os problemas de quem trabalha, das populações e do país.
E, camaradas e amigos, nisso ninguém nos bate.
Caminhamos firmes, junto das pessoas e sentimos, como elas, as injustiças. É de mãos dadas com estas pessoas, empaticamente, que iremos, mais uma vez, honrar a nossa bandeira. É por elas que aqui estamos.
Quando estamos a celebrar os 50 anos do 25 de Abril, saibamos ter sempre uma palavra de esperança, que defenda a dignidade do nosso semelhante, e que seja capaz de lhe devolver a confiança no futuro.
Que o façamos sempre de cravo ao peito.
Viva o PCP!
Viva a CDU!