Uma delegação do PCP com Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Francisco Lopes e Jorge Pires, membros dos organismos executivos do Comité Central, reuniram com uma delegação da CGTP, na sede da maior central sindical do país. Em discussão esteve a aplicação do Pacto de Agressão, por parte do governo, resultante do memorando da troika.

No final do encontro, Jerónimo de Sousa referiu que todas as alterações resultantes do novo Código do Trabalho têm como objectivo o agravamento da exploração e um retrocesso de muitas décadas dos direitos e salários dos trabalhadores portugueses. No momento em que a lei está nas mãos do Presidente da República será o tempo de Cavaco Silva "clarificar se cumpre ou não o seu juramento de defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República".

Para o Secretário-geral do PCP, o Presidente da República terá de clarificar a sua posição, certo de que "este é um processo que não vai terminar em Belém" e de que os trabalhadores irão “com certeza reagir à tentativa de aplicação” deste ataque aos seus direitos mais básicos, considerando ainda que esta nova legislação merece “uma resistência e uma luta muito forte” e os trabalhadores irão, já este sábado, manifestar a seu descontentamento na manifestação convocada pela CGTP, em Lisboa.