Camaradas e Amigos,
A Guarda é um distrito muito marcado pelo envelhecimento, despovoamento, encerramento e descaracterização dos serviços públicos, destruição da produção nacional, aumento do desemprego e da emigração e aumento das dificuldades de mobilidade. Estas são as marcas da política de direita no distrito. Perante as opções dos sucessivos Governos, que sempre insistem que sejam os trabalhadores a pagar a factura da especulação do mercado que tudo quer e tudo arrecada, o PCP agiu no sentido de unir trabalhadores, reformados, comerciantes, pequenos empresários e produtores na luta contra a política de direita.
Desde o último Congresso realizou-se X Assembleia da Organização Regional da Guarda (AORG) Sob o lema “Mais força ao PCP - em luta por um distrito com futuro” que sublinhou o importante papel do PCP no distrito na denúncia e combate à exploração e à precariedade laboral; na reivindicação de medidas de apoio à produção industrial; na exigência de apoios à floresta e agricultura familiar; no alerta para as consequências para o comércio tradicional da abertura de grandes superfícies comerciais; na luta pela valorização do SNS e da ULS da Guarda, contra o encerramento, privatização e destruição de serviços públicos, hospitais, maternidades, centros de saúde, escolas e estações de correio; pela valorização da escola pública, pela reivindicação de serviços de cuidados continuados no SNS, na reivindicação persistente de transportes públicos acessíveis a todos, em defesa da Linha da Beira Baixa, da Linha do Douro e da melhoria das acessibilidades, da abolição das portagens na A23 e A25, com a marca do PCP. Por uma efectiva política de descentralização indissociável de um processo de regionalização e de reforço de investimento público.
O PCP no distrito da Guarda tem desempenhado o seu papel na reivindicação de um plano de emergência e de valorização para a Serra da Estrela, na sequência dos grandes incêndios. No alerta da destruição da agricultura familiar e concentração da propriedade fundiária potenciando o aparecimento de monoculturas, com consequências económicas, sociais e ambientais. Assim como na defesa de uma política de defesa do património e da cultura.
Conscientes de que é, e será, nas empresas e nos locais de trabalho que se decidirá da defesa da contratação colectiva o partido tem desenvolvido actividade constante junto dos trabalhadores das empresas do distrito. Na MB2 ou na Ara, em que o Salário Mínimo Nacional é regra. À porta da Lusolã , em Seia, ou da Mey Têxtil, em Celorico, onde valor do subsídio de alimentação de 2,50€ roça a indignidade. Na COFICAB, na Guarda, pelo aumento salarial. Na Sodecia, na Guarda, ou no Centro de Contacto da EDP, em Seia, contra a precariedade. Junto dos trabalhadores das Câmaras Municipais e serviços públicos contra o SIADAP e a pressão negativa que tem na valorização dos salários e das carreiras. Nos centros comerciais e grandes superfícies, reivindicando o fecho aos domingos. Junto dos pequenos comerciantes em Celorico da Beira, na Guarda ou no Sabugal, a necessidade de aumentar salários e pensões de forma a recuperar o poder de compra foi identificada como fundamental para poder revitalizar o pequeno comércio e a necessidade de valorizar os apoios aos pequenos e médios produtores, valorizar os preços pagos à produção, tomar medidas concretas para valorizar os mercados e feiras, face à proliferação desenfreada de grandes superfícies comerciais.
Na acção nacional “aumentar salários e pensões. Por uma vida melhor” já se recolheram mais de 500 assinaturas o que revela o empenho no contacto com os trabalhadores e pensionistas do distrito da Guarda e a justeza e necessidade da reivindicação. .
Viva o XXII Congresso!
Viva o PCP!