A farmacovigilância tem vindo a ser revista desde Dezembro de 2010, tendo em vista a sua aplicação a partir deste ano, com o intuito de melhorar a segurança dos medicamentos ao nível da UE, reforçando o papel da Agência Europeia de Medicamentos (AEM) na avaliação, detecção e prevenção das reacções adversas aos medicamentos, assim como ao aumento da cooperação entre os EstadosMembros.
Como afirmámos em relatórios anteriores sobre este mesmo âmbito, há aspectos das alterações em curso que poderão melhorar o funcionamento deste mecanismo de avaliação, detecção e prevenção das reacções adversas aos medicamentos.
Esta necessidade de melhoria foi tornada patente com o desfecho trágico do caso Mediator, medicamento para diabetes que terá provocado a morte entre 500 a duas mil pessoas. Sem dúvida que a farmacovigilância se reveste de uma importância inquestionável, principalmente quando as reacções adversas a medicamentos são a quinta principal causa de morte hospitalar, estimando-se em cerca de 197 000 o número de mortes anuais na UE.
Insistimos no papel preponderante que os Estados-Membros devem continuar a desempenhar no sistema de farmacovigilância comunitário. As autoridades competentes dos Estados-Membros devem continuar a funcionar como centro de triagem para todas as notificações espontâneas de reacções adversas a medicamentos.