A política de ocupação, colonização e repressão de Israel constitui uma flagrante violação dos direitos do povo palestiniano e do direito internacional.
Uma criminosa política que se insere na estratégia do imperialismo no Médio Oriente e que conta com o activo apoio dos EUA, cuja nova Administração, presidida por Joe Biden, reafirmou a decisão ilegal de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, assumindo como seu o nefasto e provocatório legado da Administração Trump.
O PCP denuncia a conivência e cumplicidade da União Europeia que, afirmando o apoio à solução de dois Estados, contribui, pela sua acção e omissão, para o agravamento da política israelita de ocupação e colonização que visa impedir a concretização dos inalienáveis direitos nacionais do povo palestiniano.
O PCP insta o Governo português a empreender uma política clara e coerente de defesa dos direitos do povo palestiniano, no respeito pelos imperativos constitucionais e pelas pertinentes resoluções da ONU que os consagram. Nesse sentido urge do Governo português uma inequívoca condenação da política de ocupação israelita e dos seus crimes e o reconhecimento do Estado da Palestina, com Jerusalém-Leste como capital.
Nesta ocasião, o PCP expressa a exigência da libertação dos milhares de presos políticos palestinianos encarcerados nas prisões israelitas, incluindo crianças, dirigentes políticos e deputados eleitos do Conselho Legislativo Palestino, nomeadamente Khalida Jarrar, cuja prisão foi recentemente prorrogada, e que se encontram, em muitos casos, em detenção administrativa e submetidos a toda a série de violências e privações, incluindo a tortura.
O PCP reafirma a sua solidariedade ao povo palestiniano e à sua luta heróica contra a ocupação e pela concretização dos seus direitos nacionais, designadamente com a constituição de um Estado da Palestina soberano, viável e independente nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Leste como capital, e a solução da questão dos refugiados de acordo com as resoluções da ONU.