As declarações do patrão da Ryanair constituem mais uma provocação e um acto de guerrilha mediática que merecem repúdio e indignação e não a subserviência a que voltamos a assistir. Este novo ataque à TAP e à soberania nacional ao exigir apoderar-se das slots, das posições que a TAP detém no Aeroporto de Lisboa, é mais um exemplo do que é a prática das multinacionais: aproveitar a crise pandémica para tentar obter novas vantagens e lucros.
A TAP faz falta ao país e precisa de retomar funções estratégicas, na ligação às regiões autónomas, às comunidades portuguesas entre outras cruciais missões. A solução para aviação civil nacional não é desmantelar a companhia aérea de bandeira nem atacar emprego e direitos.
Mas seguramente também não é a submissão ao poder económico de quem tem sido reiteradamente condenado nos tribunais por sistemáticas violações da lei portuguesa. Repressão e exploração enquanto essa mesma multinacional recebe milhões em subsídios ao longo de anos. A nossa solidariedade é para com os trabalhadores da Ryanair e para com todos os trabalhadores do sector aéreo e a exigência do país é de que se acabe com este privilégio e impunidade de quem se julga acima da lei.
É preciso defender o desenvolvimento, a soberania e o interesse nacional. Para isso podem contar com o PCP.