Debate «Produzir mais, para dever menos»

9 de Abril, Porto

Inserido na Campanha Nacional do PCP «Por uma Política Alternativa, Patriótica e de Esquerda», realizou-se o debate «Produzir mais para dever menos», no Porto. Participaram, entre outros, Alexandre Abreu, Eugénio Rosa, Pedro Carvalho, Vasco Cardoso e Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.

Intervenção de Jerónimo de Sousa

Secretário-Geral

Qualquer intenção séria, qualquer opção sólida pela produção nacional, pela renovação, requalificação e densificação do tecido produtivo português teria que começar por recusar o Pacto de Agressão da Troika, e as suas gravosas e humilhantes imposições, e não assumir o papel do mais diligente e entusiástico executor.

Intervenção de Vasco Cardoso

Membro da Comissão Política do Comité Central

Como consequência desse endividamento, da cumplicidade e papel da União Europeia e do quadro decorrente da natureza e funcionamento do capitalismo, Portugal encontra-se hoje perante um insuportável e ilegítimo processo de extorsão dos seus recursos nacionais ao mesmo tempo que está, não só mergulhado numa profunda expiral recessiva, mas também, confrontado com uma política de comprometimento do seu futuro.

Intervenção de Eugénio Rosa

Economista

A razão da nossa desindustrialização e destruição da agricultura é o facto dos sectores fundamentais estratégicos estarem dominados por meia dúzia de grupos económicos.

Intervenção de Pedro Carvalho

Economista e vereador da CDU na CM Porto

Um país que produz menos, aumenta a sua dependência e deve mais, também não consegue consolidar as contas públicas. O défice e a dívida pública tornam-se alibis para justificar a estratégia de intensificação da exploração do trabalho e de entrega dos mercados públicos a lógicas de rentabilização privada.

Intervenção de Alexandre Abreu

Economista

Estamos perante uma ofensiva de classe de uma violência sem precedentes, cuja força advém de uma conjugação de factores particularmente desfavoráveis, por um lado, um Presidente, uma maioria e um Governo de direita, por outro, o apoio do capital financeiro internacional e das instâncias supranacionais que o representam e finalmente uma crise mal compreendida e mal explicada como pretexto ideal.

  • Campanha "Por uma política alternativa, patriótica e de esquerda"