A CDU, acrescentou o dirigente do PCP, está em condições de assumir «todas as responsabilidades, incluindo governativas». A condição é que tal aconteça quando o povo lhe der a força de que necessita e nunca por «favores» do PS ou de qualquer outra força. Assim, mais do que perguntar ao PCP e à CDU por que razão não se une ao PS, a pergunta devia ser feita a este partido que sempre mas sempre (mesmo quando teve maioria absoluta) optou por prosseguir e intensificar a política de direita.
Fazendo jus ao novo cartaz da coligação PCP-PEV, que tem como lema «Gente Séria», Jerónimo de Sousa garantiu que o voto na CDU é respeitado pois, ao contrário do que sucede com outras forças, os candidatos e eleitos da coligação que une comunistas, ecologistas e democratas sem partido cumpre os compromissos assumidos com os eleitores e, nos órgãos de poder, diz precisamente o mesmo que disse aos eleitores durante as campanhas eleitorais.
Antes, interveio Francisco Lopes, primeiro candidato da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal, que lembrou a degradação da situação social no Litoral Alentejano, particularmente nos campos da saúde e das acessibilidades. O abandono da construção do IP 8, acrescentou, é um retrato perfeito do que significa na região a política de direita. O candidato garantiu que a CDU se baterá pela reabertura de todos os serviços da rede de cuidados de saúde primários que foram encerrados nos últimos anos, pelos governos do PS e PSD/CDS. Heloísa Apolónia, do PEV, apelou aos candidatos e activistas da CDU para que desenvolvam um intenso trabalho de esclarecimento e informação em torno do «grande projecto» da CDU.