A discussão em curso sobre uma eventual reintrodução do Serviço Militar Obrigatório (SMO) surge agora, pela mão dos que foram responsáveis pelo seu fim, associada à guerra, quando o que se impõe é pugnar pelos esforços de Paz e contrariar a deriva militarista a que querem associar o nosso País. O que se impõe são umas Forças Armadas ao serviço da Paz e no quadro das suas missões constitucionais, o que exige a total rejeição da sua subordinação às estratégias belicistas da NATO ou de projectos de militarização da União Europeia.
O PCP sempre defendeu o SMO numa lógica inserida nos desígnios constitucionais – de Paz, cooperação, de mais valia para a capacitação do País e afirmação soberana, aspectos que são contrários à lógica da discussão em curso. Neste contexto, o PCP recusa qualquer iniciativa, como a que se desenha a partir de vários sectores, movida por interesses que não os nacionais.
Mais do que a discussão nas actuais circunstâncias e motivações sobre o SMO, o que é preciso é responder ao estado a que as opções de sucessivos governos do PS, PSD e CDS – opções que contaram sempre com o apoio dos que são hoje dirigentes do Chega e IL – conduziram as Forças Armadas, designadamente no plano dos salários, das carreiras, da dignificação social, e da modernização do material.