O PCP realiza esta quinta-feira e sexta-feira, por todo o País, várias acções de esclarecimento e reafirmação da sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo gregos, que resistem e lutam contra os ditames e as imposições da UE e do FMI, e de denúncia da posição de subserviência do Governo Português. Das várias iniciativas a realizar, destacamos o Acto de Solidariedade com o povo grego na Marcha contra as privatizações dos transportes amanhã, às 18h30, em Lisboa.
O que está em causa é a comprovação de que naquele País, como em qualquer outro – como os portugueses amargamente conhecem –, valores como os da democracia ou o direito de um povo decidir soberanamente do seu destino, perante o desastre a que o querem condenar, são letra morta perante os interesses dos chamados credores.
O que a União Europeia quer impor, por cima da soberania, dos interesses e das aspirações do povos, é a eternização da exploração e o empobrecimento dos trabalhadores.
Posição condenável e que envergonha o País, foi a tomada pelo Governo PSD/CDS e pelo Presidente da República, que se colocaram na primeira linha do processo de ingerência e chantagem contra o povo grego, assumindo uma inadmissível atitude que é contrária aos interesses do povo português e de Portugal.
É o caminho da resistência e não o da submissão e subordinação, que defenda os interesses do povo e do País, demonstrado pela situação da Grécia, que o Governo PSD/CDS e o Presidente da República temem. Temem que os trabalhadores e os povos, pela sua resistência e luta, rompam com os condicionalismos e imposições da União Europeia e do Euro e abram caminho a uma política alternativa, soberana, de justiça e progresso económico e social, designadamente em Portugal.
A recente evolução na União Europeia e, nomeadamente, a sua postura face à Grécia, vem reafirmar a necessidade da ruptura com a política de direita e de uma alternativa patriótica e de esquerda, como o PCP propõe.
Uma alternativa patriótica e de esquerda que ponha fim ao rumo de exploração e empobrecimento que conduziu Portugal à situação de dependência, declínio económico e retrocesso social – rumo que PS, PSD e CDS se preparam para continuar. Uma alternativa patriótica e de esquerda que confronte e rompa com os constrangimentos e condicionalismos da União Europeia e do Euro que comprometem o direito de Portugal a um desenvolvimento soberano.
Alternativa patriótica e de esquerda optando claramente pelos direitos dos trabalhadores e do povo português, pelo progresso social, pela soberania e independência, pela afirmação dos valores e princípios que a Constituição da República consagra.