Intervenção de Marco Almeida, Célula do BNP Paribas , XXII Congresso do PCP

A Célula de Trabalhadores do BNP Paribas

Camaradas delegados,
Camaradas e amigos convidados,

Em nome da Célula de Trabalhadores do BNP Paribas, uma calorosa saudação, que estendemos a todo o nosso grande coletivo.
 
Camaradas,

Somos uma célula jovem do ponto de vista dos mais de 100 anos do nosso partido. No último congresso foi definida a formação de novas 100 células de empresa e como do céu só cai a chuva, avançou-se para o trabalho e formou-se a Célula de Trabalhadores do BNP Paribas, começou com quatro camaradas e hoje já conta com 15 camaradas que estão integrados na estrutura sindical e na comissão de trabalhadores , mas o trabalho não está feito e vamos continuar a crescer através do recrutamento.

Quando se fala do BNP fala-se da banca não tradicional e dos desafios desta nova banca, mas camaradas, não se deixem enganar por esta nova forma de organização bancária, porque pode ser nova banca, mas os problemas são os mesmos da “velha” banca. No BNP não passamos de bancários para banqueiros, como alguns pensam,  passamos antes para técnicos bancários e com isso não temos nenhuma das vantagens do Acordo Coletivo de Trabalho da banca tradicional. Trabalho igual para salário igual está longe de acontecer quando no Luxemburgo o BNP paga em média 78.000€ por ano em portugal a média é 20.000€ o que é revelador da exploração desenfreada.

Olhando para este cenário e pelas dificuldades levantadas na discussão e ações de luta no banco devido ao teletrabalho, nós comunistas organizados, não baixámos os braços e fomos à luta. Passámos a distribuir mais vezes propaganda no BNP, criámos um boletim de célula, cuja primeira edição  distribuímos este ano no aniversário do partido e no mês passado a segunda edição que foi muito bem recebida pelos trabalhadores e que tem resultado  numa discussão mais profunda com os mesmos. Através da agitação dos trabalhadores nos mais variados organismos, temos conseguido aumentar e intensificar a nossa luta. Prova disso é o aumento de apoiantes no decorrer das últimas eleições. Sempre que a reação tenta impedir o crescimento da célula através de ações diretas ou indiretas por parte da direção do banco, nós comunistas não arredamos nem iremos arredar  pé.

Dos comunistas que estão no BNP podem esperar novas formas de luta, para responder às novas formas de exploração. Iremos continuar a discussão e aprofundar o contacto com os nossos colegas e aplicar a resolução política deste congresso de forma a alargarmos e ajudar também os outros sectores da banca a enfrentar os novos desafios que nos esperam.

Um bom trabalho, camaradas!

Viva o XXII Congresso do PCP

Viva a Juventude Comunista Portuguesa

Viva ao Partido Comunista Português

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