Intervenção de Albino Pereira, membro da Organização Regional de Beja, XXII Congresso do PCP

A Célula da SOMINCOR

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Camaradas,

Camaradas, estou aqui em nome da Célula dos comunistas na empresa Somincor, empresa de exploração mineira, do Grupo Canadiano Lundin Mining, em processo de venda à empresa Sueca New Boliden.

Em nome de todos os camaradas da Célula saúdo todos os delegados e convidados ao XXII Congresso do PCP.

Nesta empresa com sede em Neves Corvo, distrito de Beja, encontra-se a maior concentração operária com cerca de 2.000 trabalhadores entre os com vínculo à Somincor e os das empresas subcontratadas.

A célula do Partido conta já com uma grande história, actualmente com 37 militantes, tem sido chamada a uma exigente resposta aos múltiplos problemas que ao longo dos tempos se têm colocado ao desenvolvimento da luta dos trabalhadores.

Porém, as dificuldades de funcionamento da célula são muitas e de diversas razões:

A dispersão dos camaradas por diversos sectores dentro da empresa o que dificulta o contacto entre eles.

A dispersão por viverem em várias localidades e muito distantes entre si.

A dificuldade de transportes na sua deslocação para casa.

A dispersão por diversos turnos e com horários muitos diferenciados.

Estes são factores que dificultam muito a participação dos camaradas nas reuniões da célula e condicionam muito a discussão mais colectiva.

Há quase dois anos, a célula voltou a ter papel determinante no encontrar soluções para a construção de uma lista unitária para a direcção do sindicato Mineiro, o STIM, comprometida com os princípios orientadores da CGTP que vencendo as eleições tem desenvolvido uma grande e qualificada intervenção, mormente as múltiplas formas que a empresa usa para condicionar a unidade e luta dos trabalhadores

Lutas com recurso à greve, por respostas satisfatórias a cadernos reivindicativos por melhores salários e outras compensações, por melhores horários, por melhores condições de trabalho, por medidas efectivas de segurança no trabalho (continua-se a morrer a trabalhar na mina).

Apesar das dificuldades do funcionamento da célula o Partido por intervenção da coordenadora regional de empresas e sectores, tem um contacto regular com os trabalhadores e intervém sobre os seus problemas concretos e as suas reivindicações.

Acções do Partido que a administração da empresa várias vezes tem tentado impedir, com intervenção das forças de segurança / GNR, pressionando, identificando e ameaçando dirigentes do Partido.

A essas tentativas por parte da administração não nos  temos deixado intimidar , temos resistido e vamos continuar a resistir enquanto existirem problemas por resolver e até serem respeitadas as condições de trabalho e os direitos dos trabalhadores.

É com confiança que encaramos os tempos que aí vêm, prosseguir o trabalho de informação junto dos trabalhadores, abordar com vista ao recrutamento os trabalhadores que se destacam na defesa dos direitos dos trabalhadores, encontrar mais soluções que assegurem a regularidade de reunião do colectivo partidário na empresa para, melhor dar-mos resposta aos desafios que a confrontação de classes permanentemente nos coloca.

Viva o XXII Congresso do PCP!
Viva o Partido Comunista Português!

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