Intervenção de José Capucho, Membro do Secretariado do Comité Central do PCP, XX Congresso do PCP

A política de quadros

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Desde o XIX Congresso, particulares exigências, novas tarefas e desafios, intensa actividade que não teria sido possível sem o empenhamento, esforço e dedicação de milhares de quadros do Partido.

E aprovámos um conjunto de orientações para desenvolver, aperfeiçoar, corrigir deficiências e elevar a outro nível a política de quadros do Partido. As Resoluções do Comité Central, a Campanha «Mais organização, mais intervenção, maior influência – Um PCP mais forte» e a acção de contactos com os membros do Partido foram decisivas para avançar, ultrapassar debilidades, para a afirmação do Partido e da sua luta, para o reforço da organização e da sua identidade.

Da justa e acertada política de quadros depende em larga medida o êxito da actividade do Partido, decorrendo naturalmente da sua identidade e seus objectivos políticos e programáticos, o que exige de todos os responsáveis e organismos a procura permanente, o conhecimento, a atribuição de responsabilidades, a integração no trabalho colectivo, o controlo de execução, a atenção a eventuais problemas que a vida pessoal e a actividade partidária colocam aos militantes procurando resolução adequada e célere, o apoio à preparação, formação e desenvolvimento dos quadros face às necessidades do Partido.

É justo destacar os funcionários do Partido, quadros firmes política e ideologicamente, com grande disponibilidade, que no âmbito das suas tarefas são exemplo de dedicação, esforço, trabalho e entrega à causa dos trabalhadores e do povo. Integrados no trabalho colectivo com direitos e deveres iguais a todos os militantes, os funcionários do Partido assumem papel indispensável na dinamização e direcção da organização e em toda a actividade do Partido. Atenção particular deve ser dada à vinda aos quadros funcionários, operários e trabalhadores, particularmente jovens e mulheres. Aos funcionários deve ser estimulada e proporcionada a preparação política, ideológica, cultural e técnica.

Entre as direcções principais para o reforço do Partido inclui-se a responsabilização de novos quadros, com a principal preocupação de responsabilizar e atribuir tarefas aos que mais se destacam nos locais de trabalho e na luta, pelo seu espírito de classe, coragem, combatividade, honestidade, modéstia e capacidades.

Trabalho para assegurar as numerosas frentes de trabalho e consolidar um sólido e alargado núcleo dirigente e dinamizador de todo o Partido e da luta dos trabalhadores e das populações.

– Responsabilizar mais quadros implica chegar mais longe, redistribuir tarefas, criar novos organismos, descentralizar, aproximar mais os organismos de direcção, quer ao nível regional, local ou sectorial, e organizações de base. Proporcionar o contacto, a ligação mais directa e eficaz às organizações e aos militantes para alargar e envolver todo o colectivo partidário na concretização das orientações.

Conhecer cada vez melhor os milhares de quadros do Partido. Valorizar o seu empenho e dedicação, mesmo nas tarefas que possam parecer mais «simples», como sejam o contacto regular com outros camaradas, a venda do Avante! e de O Militante, a cobrança de quotas, mas que necessitam de persistência, firmeza, disciplina e consciência política e ideológica.

O conhecimento e acompanhamento constante dos quadros, a atenção aos seus problemas e opiniões, a correcta distribuição de tarefas, o desenvolvimento do trabalho de cursos e acções de formação política e ideológica e outras formas de preparação devem continuar a ser preocupação no trabalho do Partido.
Aliar à experiência prática a formação permanente e a preparação teórica, o estímulo à leitura e ao estudo dos documentos do Partido, do Avante! e de O Militante são uma linha indispensável que devemos continuar a promover.

Desde o XIX Congresso realizaram-se na Escola do Partido 31 cursos e acções de formação política e ideológica, em que participaram cerca de 620 camaradas. E nas Organizações Regionais realizaram-se 139 cursos e acções de formação política e ideológica, envolvendo 2057 camaradas.

A intensidade, a diversidade da luta e da acção e iniciativa política do Partido, revelando novos quadros, colocam cada vez maiores exigências na preparação política, ideológica e especialização. Alargar e aprofundar a preparação teórica dos quadros para a batalha ideológica e para as batalhas políticas na actualidade, potenciando todos os meios à nossa disposição, reforçando a programação, divulgação e participação nos cursos e acções de formação política e ideológica e promovendo o estudo de documentos fundamentais do Partido, o seu Programa, os Estatutos, as Resoluções de Congresso, os clássicos de marxismo-leninismo, a obra de Álvaro Cunhal, a História do Partido e da Revolução Portuguesa.

Continuar e aprofundar a importância à política de quadros com os respectivos recursos asseguraremos com maior solidez o futuro do nosso Partido.
A proposta de Resolução Política aponta um conjunto de direcções prioritárias para o desenvolvimento do nosso trabalho relativo à política de quadros. São orientações que devem merecer a reflexão de todo o colectivo partidário e a adopção de medidas concretas que nos permitam avançar.

A grande força e o sucesso do Partido provêm da sua linha política, da sua vinculação aos interesses da classe operária e de todos os trabalhadores e aos interesses nacionais, da sua ideologia – o marxismo-leninismo – do internacionalismo proletário da justa associação do centralismo democrático, respondendo às novas situações e enriquecidas com a experiência, visam assegurar simultaneamente uma profunda democracia interna, uma única orientação geral e uma única direcção central, da elaboração colectiva das orientações e tarefas, da ampla e fraterna convivência solidária e revolucionária.

E, acima de tudo, termos milhares de militantes profundamente dedicados à causa do Partido, aos interesses do nosso povo, à causa das liberdades, da democracia e do socialismo.

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