Somos solidários com os povos árabes em luta pela liberdade, pela democracia e pelo progresso social na Tunísia, no Egipto e na Líbia, reconhecendo as especificidades de cada país.
Mas não podemos esquecer o apoio dos governos e dos responsáveis da União Europeia aos ditadores, a quem venderam as armas que agora servem para matar o seu povo.
De igual modo, não podemos aceitar que, agora, haja qualquer intervenção militar estrangeira ou ingerência nas lutas que os povos destes países estão a desenvolver. Sabemos como começam as ingerências estrangeiras, mas nunca sabemos como acabam, como os exemplos do Iraque, do Afeganistão e outros, já demonstraram.
É preciso respeitar as escolhas dos povos destes países no plano político, económico e social e, no imediato, dar-lhes toda a ajuda humanitária que for solicitada, mas sem condições prévias ou qualquer ingerência.