Declaração de Paulo Raimundo, Secretário-Geral

Visita à ACM - Associação Cristã da Mocidade

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Estamos aqui a meio desta visita ao ACM e é com enorme gosto que aqui estamos, numa casa que conheci muito bem e é com uma certa emoção que aqui estamos, que aqui estou.

Uma casa que me traz um conjunto de recordações de trabalho que tive, de emoções que aqui se travaram. 

Mas o mais importante é ver a instituição que aqui está hoje, a enorme polivalência que tem, o enorme esforço de envolvimento e dinâmica da comunidade no contributo para a formação das crianças e dos jovens. 

Contributo também para a formação de perspectivas de futuro para o conjunto daqueles que aqui participam. É portanto, um enorme gosto de estarmos aqui. Conhecemos bem a instituição que conta com um apoio muito grande por parte da Câmara Municipal, por parte da Junta de Freguesia, um apoio que vale a pena, que é mais que justificado, tendo em conta também este esforço que aqui é desenvolvido. 

Os problemas são muitos, as carências são muitas, mas esta força de vontade também ajudará a resolver os problemas e, portanto, é com muito gosto, aqui estamos e esperamos poder cá voltar. Talvez um dia com mais tempo.

Eu trabalhei aqui muitos anos, conheci realidades muito diversas e problemas complexos, mas as crianças eram crianças: gostavam de brincar, gostavam de desenhar, gostavam de fazer birras, gostavam de fazer tudo o que as crianças fazem. Todas diferentes mas todas com grande potencial e quando nós trabalhamos com crianças, pelo menos na experiência que tive, nós sentimo-nos pequeninos, mais pequenos que elas, porque que nós percebemos que dominamos pouco. Portanto essa ideia de puxar o que cada uma tem para dar, naquilo que gosta mais de fazer, no que se sente mais realizado, é o ensinamento para a vida, é um contributo para a criança em si e é um ensinamento para a vida.

Estamos confrontados com défice demográfico que é reconhecido e a única forma de resolver esse problema desse défice demográfico é desde logo haver uma resposta que garanta, aos pais e às crianças, direitos. Não é possível pensar ter um projecto futuro para ter filhos se não houver condições para poder pensar nisso. E para além do problema dos salários, dos direitos, da estabilidade e dos horários que permitam a convivência com a família, há a resposta pública, nomeadamente uma rede de creches, porque não há nenhuma razão para que não haja uma rede pública de creches generalizada a todas as crianças.

Nós não temos a pretensão de que é possível fazer essa rede amanhã, mas o problema é perceber qual é o caminho que se abre amanhã. E, portanto se a primeira coisa a fazer é garantir hoje que todas as crianças têm acesso a creche, a segunda coisa a fazer é abrir um caminho que permita que o Estado assuma esse papel, que tem que assumir.

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