Visita à 38.ª edição da OVIBEJA

Visita à 38.ª edição da OVIBEJA

Uma delegação do PCP, que incluiu o Secretário-Geral, Jerónimo de Sousa, visitou hoje a Ovibeja, numa reafirmação da importância que o PCP atribui à produção nacional, à produção agrícola e, neste quadro, à soberania alimentar.

Nas declarações proferidas, Jerónimo de Sousa afirmou que, “como é público, o PCP tem vindo a colocar no centro das suas preocupações a dependência externa do País, particularmente no plano agro-alimentar, que se expressa numa balança com um saldo negativo sempre acima dos 3 mil milhões de euros, e, particularmente na dependência de carne de bovino, de batatas e de cereais.

Nesta feira queremos, uma vez mais, sinalizar a extrema gravidade da dependência de Portugal no que aos cereais diz respeito, em que o Trigo, que é a base da alimentação nacional, tem uma expressão dramática. Uma dependência de 95%.

Ora, se isto é sabido há muito e se tem havido muitos planos e programas, a verdade é que a situação tem piorado a cada ano que passa e não encontra, face à especulação com os preços dos factores de produção, às consequências das sanções por causa da Guerra e à própria guerra, uma resposta imediata e eficaz do Governo.

Andamos há 4 meses a ouvir anúncios de medidas e, mesmo sabendo que elas são insuficientes, pode-se dizer que não há uma que esteja já no terreno e tenha chegado aos agricultores. Apenas para dar um exemplo, a Electricidade Verde, aprovada por proposta do PCP, e que devia estar em concretização desde Janeiro, ainda não entrou em vigor porque falta um despacho do Ministério das finanças.

Neste quadro, ontem mesmo foram debatidas propostas do PCP na AR que visavam um apoio directo aos agricultores, designadamente ao nível do gasóleo agrícola, com um apoio que garantisse que os agricultores pagariam o mesmo pelo gasóleo que pagavam em Janeiro de 2021 e que visavam o controlo dos preços dos factores de produção.

Propostas que foram chumbadas por PS, com o apoio ora do PSD, do Chega, do Iniciativa Liberal e do PAN.

Mas como temos dito muitas vezes, é preciso planeamento, assegurando que as melhores terras, beneficiadas por investimentos públicos, são colocadas não ao serviço do lucro de uns poucos, mas ao serviço da alimentação do povo português, apoios ligados à produção, mecanismos de escoamento e aprovisionamento da produção e reforço do Ministério da Agricultura para dar apoio à pequena e média agricultura”.

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