A resolução sobre Hong Kong aprovada no Parlamento Europeu insere-se na estratégia de ingerência e de confrontação promovida pelos EUA contra a República Popular da China, à qual o PE se associa. A resolução utiliza, sem qualquer pejo, e deturpa os factos ocorridos em Hong Kong e põe em causa as competências soberanas da República Popular da China sobre o seu território, de que as Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e de Macau fazem parte, desde 1997 e 1999, respectivamente, libertando-se de um passado de ocupação colonialista. Reiteramos que a UE e os seus Estados-Membros se devem abster de promover ou de se associar a políticas que visam a confrontação, a ingerência, a desestabilização, a agressão contra países e povos, nomeadamente contra a República Popular da China e o povo chinês; e que as suas relações com este país se devem basear no respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, incluindo o respeito pela soberania, independência e integridade territorial da República Popular da China. Reafirmamos, ainda, a defesa da Constituição da República Portuguesa e a sua rejeição da ingerência nos assuntos internos dos Estados. Por isso os deputados do PCP no PE votaram contra.