Sr. Presidente,

Aqui estamos perante mais um discurso que apontando à guerra, sem apontar soluções para lhe por fim, aí procura o bode expiatório de todos os males.

E, no entanto, aos problemas concretos com que os povos se confrontam, agravados pelas políticas de sanções, de liberalização de sectores, de concentração da produção, da precariedade e baixos salários que a União Europeia promove, continuam a faltar soluções!

Onde estão as medidas para inverter o aumento da pobreza e interromper a indecente concentração da riqueza?

Onde estão as medidas para conter a perda de poder de compra e o aumento brutal do custo de vida?

Quais as medidas para pôr fim aos aproveitamentos e especulação dos grandes grupos económicos e financeiros e os seus lucros obscenos?

Que iniciativas para investir nos serviços públicos e defender a Segurança Social universal e solidária?

Quais as propostas para terminar o assalto a direitos laborais, aumento da exploração, da precariedade, da desregulação do horário de trabalho?

Os povos querem paz, querem o que lhes está a ser negado.

Em Portugal, como um pouco por toda a Europa, intensifica-se a mobilização das populações, dos trabalhadores!

Multiplicam-se as acções reivindicativas pelo direito a uma vida digna, a trabalho com direitos ao aumento de salários!

Pelo fim da especulação e aproveitamentos, pela intervenção nos mercados e pela fixação de preços máximos na energia, em bens essenciais.

Pelo direito à saúde, à educação, à habitação.

Pela Paz!

É esta a voz que vos falta escutar!