A Diretiva que aqui discutimos avança no sentido do combate ao tráfico de seres humanos. Para além da exploração sexual, inclui outras situações como a gestação de substituição, o casamento forçado ou a adoção ilegal, cujas práticas engrossam o número de vítimas de tráfico. Valorizamos igualmente a abordagem sobre a situação específica das crianças bem como das pessoas com deficiência.
Salientamos que é fundamental que os Estados-Membros tenham os recursos adequados (humanos, técnicos e logísticos) para que o combate seja efetivo e as vítimas sejam protegidas.
Esta proposta contrasta com o recentemente aprovado Pacote de Migração e Asilo que, com a militarização de externalização de fronteiras, pode ter impactos no aumento da migração clandestina e, logo, no aumento do tráfico de seres humanos.
Urge combater as causas do tráfico de seres humanos, o desemprego, a marginalização e a pobreza e dar prioridade ao reforço dos direitos sociais e laborais, ao emprego com direitos, a serviços públicos de qualidade e ao progresso económico e social.