Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

União da Energia

Em primeiro lugar, queremos lamentar o facto de no momento em que discutimos este relatório, o mesmo não estar ainda disponível em todas as línguas oficiais da União Europeia, mas apenas e só em alemão, inglês e francês.

O senhor Comissário nos dirá porque razão isto acontece. Mas talvez seja esta a melhor evidência dos interesses que inspiram o Mercado Comum da Energia e a chamada União da Energia, um projecto à medida dos grandes monopólios europeus do sector. No fundo, estes relatórios não são senão o seu caderno de encargos.

São eles a ditar as regras, seja ao nível do desenvolvimento das infra-estruturas, seja ao nível da ambicionada integração dos mercados.

Sucede que a resposta a questões candentes como a melhoria da eficiência energética, a diversificação de fontes, a progressão ao nível das renováveis, o aproveitamento sustentável do potencial endógeno de cada país, a segurança do aprovisionamento, entre outras, exige o planeamento e controlo público, democrático, do sector energético, da produção e da distribuição de energia.

É esta a primeira e grande mudança necessária!

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