Nos milhares de contactos que temos feito em Portugal, é evidente o agravamento das condições de vida das pessoas. É o dinheiro que não estica para pagar a prestação da casa, a renda da luz, a conta do supermercado.
Em Junho, o comissário Schmit disse aqui que se estima que a pobreza e privação social tenha aumentado em 5 pontos percentuais por conta da inflação.
Simultaneamente, os grandes grupos económicos aproveitam a inflação para aumentar lucros e ainda beneficiam de regimes de isenção fiscal ou de benesses sobre esses lucros.
A UE contribui para essas políticas que agravam a injustiça e falta de progressividade fiscal, ao mesmo tempo que insiste na subida das subidas das taxas de juro, ditadas pelo BCE, que atacam ainda mais o rendimento dos trabalhadores e do povo, criando dificuldades ao financiamento das micro, pequenas e médias empresas e de Estados e favorecendo o grande capital financeiro.
O que se impõe é travar e reverter a subida das taxas de juro, a par de uma política fiscal mais justa, progressiva, que entre outros tribute menos o trabalho e uma efectiva tributação dos lucros realizados pondo fim a isenções e benefícios fiscais ao capital financeiro.