Intervenção de Miguel Viegas no Parlamento Europeu

Uma nova estratégia para o bem-estar dos animais relativa ao período de 2016-2020

Os atentados ao bem-estar animal são uma consequência de uma agricultura cada vez mais submetida à lógica do lucro num mercado global cada vez mais competitivo.
Os níveis absurdos de intensidade produtiva que temos na União Europeia, seja ao nível das poedeiras, ou na produção intensiva de porcos aves ou coelhos, não resultam de qualquer capricho por parte dos nossos agricultores. Trata-se de uma contingência que os obriga a maximizar a produtividade animal, sob pena de pura e simplesmente não conseguirem garantir a rentabilidade das suas explorações.
É esta contradição que está por resolver. Uma contradição entre uma PAC cada vez mais liberal, orientada para os mercados e que empurra os agricultores para modelos produtivistas onde o lucro de sobrepõe ao bem-estar animal e também, e todas as evidências científicas que nos alertam todos os dias para a necessidade de parar com esta loucura. Parar em nome do bem-estar animal, da biodiversidade e da saúde pública.
Importa por isso alargar a nossa equação agrícola a outras variáveis sociais e ambientais em nome da sobrevivência do nosso planeta. 

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